Sim para a Paixão escrita por Heloise_Yanki


Capítulo 4
Em Meio ás Lágrimas


Notas iniciais do capítulo

Esse cap tenta explicar a dor de Nesse, espero ue gostem.



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Acordei com uma enorme dor de cabeça, minha mãe estava ao lado da cama, sentada no chão, provavelmente esperando eu acordar.

-Bom Dia querida, como está?

-Confusa mãe, não sei o que está acontecendo, o que estou sentindo, só sei que dói, e dói muito.

-Eu sei pequena, já passei por algo parecido.

-Então o que é, pois nada na minha vida foi parecido com o que aconteceu ontem.

-Filha você deve procurar as respostas dentro de você.

-Me sinto vazia por dentro.

-O que realmente aconteceu ontem??? – coloque minha mão em seu rosto e mostrei a cena pelo meu ponto de vista, desde a ligação até as lágrimas. Minha mãe apenas me abraçou forte, sem dizer mais nada, o que era bom de certa forma.

 Tomei uma banho longo e demorado, eu havia dormido muito cedo, e estava acabada por dentro mas por fora eu teria que parecer a velha Nesse de sempre.

-Não precisa não, você não pode esconder o que sente – é meu pai sempre presente em meus pensamentos. – Sem dúvidas minha pequena.

Me vesti e sai para um novo dia, sinceramente não queria encontrar com o Jack, ma seria inevitável, pois pelo cheiro ele já estava lá.

-olá – eu disse a todos sem o mínimo de animo.

-Nesse ta tudo bem?? – como eu iria falar pro Jack que estava se não estava, mas ao mesmo tempo eu não sabia o porque que não estava, gente eu estou confusa.

-Jack, ela está bem. Tente entender que escola, humanos, o forte cheiro,  é muita coisa para ela absorver em um único dia. – “Obrigada pai”  respondi em pensamento pela intervenção do meu pai, que deu um breve aceno com a cabeça pra mim.

Fui para o carro do meu pai, e minha mãe sentou-se no banco de traz comigo, ela não precisava dizer nada, eu sabia que o que ela estava fazendo era para que eu me sentisse melhor, e deu certo ela sentia isso, mas não pude evitar de tocar o seu rosto e mostrar como eu estava melhor. Vi meu pai sorrindo pelo espelho, mas também vi a cara de desconfiado do Jack.

Na escola, minha primeira aula era de biologia, um dos poucos horários que eu tinha com o Jack, ele sentou do meu lado e como o professor estava atrasado ele começou a conversar comigo.

-Nesse eu sei que está tudo diferente pra você, mas não é só isso que está te incomodando. Pode me falar...

-Jack, você me conhece desde que nasci – o interrompi – sempre esteve ao meu lado, desafiou meus pais e tios. Negou a te mesmo a sua origem convivendo com um bando de vampiros para estar comigo e por que isso? – soltei a pergunta que mais me intrigava em relação a ele, principalmente desde o telefonema.

-Nesse, meu anjinho, você não tem noção do que significa pra mim.

-Então me conte, você foi  minha babá, meu companheiro durante as caçadas, é o meu melhor amigo – espero que ele continue sendo, pelo menos eu teria ele do meu lado. Peraí, o que eu estava pensando,será que o Jack seria capaz de se afastar de mim, agora, depois de tantos anos do meu lado, só por causa de uma...de uma garota. eu estava me segurando para não derramar mais nenhuma lágrima, pelo menos não na frente dele, mas como ele demorou para me responder comecei sentir a onda de medo vindo novamente, sai em disparada para o banheiro pedindo para o meu pai mandar a mamãe até lá, eu precisava dela.

Entrei numa das cabines vazias, fechei a tampa do vaso e sentei, não podia mais evitar as lágrimas que pediam passagem pelos meus olhos, senti o cheiro da minha mãe se aproximando, junto vinha o cheiro dele. Do lado de fora do banheiro escutei a discussão entre os dois.

-Jack o que você fez com a minha filha.

-Não fiz nada Bells, o professor estava atrasado, então queria saber por ela o que estava acontecendo, eu passei quase o tempo todo nesses 10 anos ao lado dela e eu nunca tinha visto ele chorar. Fiquei preocupado.

-Todos nós ficamos Jack, mas e daí porque ela veio correndo para o banheiro?

-Não sei, ela me perguntou porque eu encarava uma casa cheia de vampiros para ficar do lado dela, eu disse que ela não sabia o que significava na minha vida, ele perguntou porque, e quando eu pensava nas palavras certas ele saiu correndo, e eu fiquei com cara de tacho na frente de todos.

-Olha Jack, a Nesse está vivenciando sensações que nunca pensou em viver, ela não entende os próprios sentimentos, os hormônios estão começando a aflorar, você tem que ter paciência e mais que isso medir suas palavras e ações. Agora volte para a aula que eu vou ver como ela está, depois conversamos meu amigo.

Pelo jeito o Jack obedeceu ela.

-Nesse, querida estamos só você e eu aqui – disse ela vindo até a cabine que eu estava, sai da cabine e corri para os seus braços em prantos.

-Mãe eu quero ir embora, não sei o que está acontecendo comigo.

-Meu anjo, você está descobrindo novos sentimentos, e o Jack faz parte deles. – Nisso eu sinto uma forte pontada na barriga e algo escorrendo pelas minhas pernas. Na hora minha mãe percebeu o que estava acontecendo.

- Calma Nesse – disse ela vendo a minha cara de pânico – você está menstruando, é absolutamente normal, pelo menos para as humanas.

Decididamente eu não estava entendendo nada, primeiro o choro, depois o sangue. Minha mãe tirou o celular do bolso e ligou para a minha tia Alice.

-Alice venha até o banheiro feminino do segundo andar, e rápido. – sem esperar resposta ela desligou e olhou para mim.

-Mãe e agora o que eu faço?

-Calma, sua tia alice já está chegando e nós três iremos para casa, no caminho passaremos na farmácia. Depois veremos como as coisas vão ficar. – O celular dela tocou e pelo som era o meu pai, eu conhecia os toques de todos eles. Ele falou algo rápido para ela que não consegui entender e ela respondeu apenas um “eu te amo”.

Segundos depois minha tia já estava conosco. Ela me deu um olhar bem discreto, então se dirigiu a minha mãe.

-Vamos Bells.

Minha mãe me pegou no colo, na verdade eu não queria largar dela. Entramos na Mercedes do meu pai e seguimos rápido para casa, apenas uma para na farmácia. Em casa segui direto para o banho, depois tive uma aula de como usar o absorvente. A cólica não parava, e como não sabemos a reação do meu organismo aos remédios a solução foi colocar uma compressa quente no meu abdômen. Dormi não sei por quanto tempo, só sei que quando acordei  minha mãe e meu pai estavam ao lada da minha cama, esperando ansiosos.

-É claro que estamos ansiosos, você dormiu por 8 horas.

-Tudo isso? – Minha mãe concordou com a cabeça – Será que alguém pode me dizer o que está acontecendo comigo.

-Filha, no período pré menstrual as mulheres ficam mais sensíveis, junte isso ao fato de você ser a mulher mais diferente que existe, e estar se deparando com novas emoções e terá algumas respostas. – mas será que isso respondia o que eu estava sentindo em relação ao Jack

-Não filha, essa resposta você só vais encontra quando abrir o seu coração e olhar bem lá dentro sem receio do que poderá encontrar – Minha mãe pareceu entender do que estávamos falando, pois ao invés de perguntar alguma coisa ela apenas se sentou ao meu lado e me abraçou forte.

-Eu te amo – eu disse entre lágrimas, mas olhando para os dois

-Estaremos sempre aqui. – meu pai respondeu enquanto abraçava eu e minha mãe.

Senti o cheiro do Jack, realmente o cheiro dele era inconfundível.

-Você está amenizando as coisas- Só meu pai para me fazer rir – inconfundível é pouco para descrever. E eu acho que você tem uma conversa pendente – disse ele fazendo um sutil gesto para minha mãe que me largou e olhou séria pra mim.

-Tem certeza Ed?

-O que você acha princesa? – Eu não estava muito afim de conversa mas sabia que era importante terminar algo que estava incompleto, ainda mais quando isso me incomodava.

-Tudo bem, pode pedir para vir aqui, acho melhor eu ficar aqui deitadinha, to meio indisposta.

-Claro- Disse a minha mãe enquanto eles saiam do meu quarto, já na porta ela perou olhou novamente pra mim e sorriu, um sorriso que me acamou e me deu esperança de conseguir as respostas que eu precisava.


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Notas finais do capítulo

Logo você terão a conversa entre o Jack e a Nesse.

Aguardem...



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