Sim para a Paixão escrita por Heloise_Yanki


Capítulo 26
Sensações.


Notas iniciais do capítulo

Vejo vocês lá em baixo, aproveitem o cap...



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Nem vi quanto tempo passou desde que o Sr. Coldy desapareceu com a minha melhor amiga no colo, mas eu já estava em prantos quando meus pai e o Jake chegaram.

 

-Nessie o que aconteceu? - Meu pai já estava comigo nos braços,a preocupação evidente em sua face.

 

-A Cris...ela...ela... - Eu não conseguia falar, olhei para o meu lobo que estava tão preocupado comigo quanto os meus pais. - O Seth... - Mas não saia nada eu só conseguia chorar.... meu pai então pegou algumas imagens em minha mente e pôde entender o que aconteceu.

 

-Jacob, a Cris morreu, acho melhor ir atrás do Seth. - O Jake pareceu não pensar em nada, apenas me deu um beijo no alto da cabeça e correu para a floresta, eu ...bom eu continuava em choque. Meus pais me levaram para o meu quarto, mas sem falar nada.

 

Não sei bem como mas depois de algum tempo senti que a dor da perda foi se amenizando, mas a cena que eu presenciei ainda era bem clara na minha cabeça, culpa da memória de vampiro. Já haviam se passado mais de três horas desde que aconteceu aquele encontro inesperado, enfim me senti capaz de fazer alguma coisa, tomei um banho, coloquei um vestido leve, penteie os cabelos e segui para a sala da minha casa, onde meus pais estava conversando.

 

-Filha como está? - Minha mãe, aparentemente estava mais preocupada que o meu pai, mas eu sei que era apenas aparência, meu pai não gostava de exprimir certas emoções.

 

-Me sinto meio perdida mãe, era a minha melhor amiga e depois de algumas palavras era um corpo no chão... .-Pelo jeito ainda ia demorar um pouco para que eu conseguisse falar do ocorrido.

 

-Isso é normal filha, os traumas são difíceis de serem superados, ainda mais sabendo que vocês duas era ligadas. - Meu pai veio me abraçar, já que eu não dava sinais que pretendia fazer algum movimento que fosse. Nesse momento o Jake entro no chalé.

 

-Jake encontrou o Seth? - Tinha também o Seth, devia ser uma coisa horrível perder o seu impriniting, ainda mais ali bem na sua frente sem que você possa fazer alguma coisa.

 

-Encontrei, ele tá mal, muito mal... - Meu pai percebeu que no momento os braços do Jake poderiam sem melhores do que os braços dele, então deu passagem para o Jake me abraçar e reconfortar.

 

-Onde ele está? - Minha mãe também se preocupava com o Seth, ela o tinha como um irmão.

 

-Deixei ele em casa, a Sue se desesperou ao ver a situação dele, tentei conversar mas não teve jeito. Ele se trancou no quarto. E você meu anjo, como está? - Ele estava me mantendo em seus braços bem apertado, mas se afastou um pouco para me olhar nos olhos.

 

-Em choque, foi tudo tão rápido. Acho que ela não sofreu, não daria tempo. - As lágrimas voltaram a sair descontroladamente de meus olhos. Já não podia falar mais nada.

 

-Jake você deve estar com fome, tem um lanche na cozinha. - Eu sabia que o lanche era mais para mim que para o Jake, mas mesmo assim não liguei.

 

-Vem Nessie, vamos comer? - Ele me pegou pela mão me levando em direção à cozinha, nunca estive tão agradecida pela presença do Jake em minha vida como nesse momento. Eu lembro da quase batalha contra os Volturi, quando eu ainda era um bebe, e que ele estava comigo, me lembro de todos os processos complicados do meu crescimento e que ele estava lá, me lembro de cada momento de minha vida e cada momento o Jake estava do meu lado, mas nenhum se compara a esse, nesse momento não era a minha vida que estava em risco, mas a minha sanidade, não era medo o que eu sentia era dor a dor da perda de uma pessoa querida.

 

-Jake você pode ficar com a Nessie por um momento, nós vamos à casa do Carlise? - É claro que nem precisaria pedir, duvido que o Jake me deixasse sozinha num momento desses, mas a educação fala mais alto nessa casa.

 

-É claro que fico Bella, podem ir tranqüilos. - Meus pais saíram de casa, me deixando na cozinha com o Jake. Ele me olhou como se quisesse fazer um milhão de perguntas, mas se limitou a perguntar o que eu queria comer. Nem sei bem o que ele preparou para eu comer, apenas engoli o que ele me deu. Depois do lanche o Jake lavou a pouca louça que sujamos e me acompanhou até o meu quarto, tinha muitas coisas que ele queria saber, mas que eu não podia dizer, ou melhor não conseguia dizer nesse momento.

O Jake se sentou perto da cabeceira da minha cama, e indicou que eu deitasse com a cabeça no seu colo, eu prontamente obedeci. E ali ficamos, sem dizer nada, eu deitada em seu colo, ele acariciando a minha cabeça, até que eu adormeci. Quando eu acordei vi que ainda estava em seu colo, mas a lua já estava alta no céu da noite em Forks. Deveria ser mais de meia noite, meu lobinho ainda estava acordado, apenas sorriu para mim assim que percebeu que eu estava acordada. Não sei o que seria de mim sem ele.

 

-Se sente melhor meu anjo? - Como eu iria explicar a ele a importância dele na minha vida, ainda mais nesse momento de tanta agonia que eu sentia. Com ele do meu lado não tinha como não estar melhor.

 

-Um pouco, ainda não consegui processar o que realmente aconteceu. - Eu fui me levantando para sentar junto a ele e abraçá-lo. - Fico imaginando o que o Seth está passando nessa hora, para ele deve ser mil vezes pior.

 

-É difícil dizer...a ligação deles era muito intensa. Ele se sente culpado pela morte dela. - Aquelas palavras ecoaram pela minha cabeça, não tinha pensado dessa forma, ele não era culpado, o irmão dele era....

 

-Não Jake a culpa não foi dele, foi do Carlos...

 

-Eu sei Nessie, mas ele imagina que se não tivesse se revelado a ela, hoje ela ainda estaria em nosso meio.

 

-Jake... - Eu não tinha mais palavras para me expressar, apenas abracei o meu lobo com toda a minha vontade, e fui muito bem retribuída.

 

Logo adormeci novamente nos braços do homem da minha vida, nem queria pensar na reação do meu pai ao saber que o Jake dormiu novamente comigo, apesar que quem dormiu fui eu ele ficou ali pelo resto da noite velando o meu conturbado sono.

 

Quando acordei, o dia já havia raiado, mas o Jake continuava comigo, o que me fez dar um pequeno sorriso.

 

-Bom dia anjo. - disse quando me viu com os olhos abertos, me deu um beijo caliente que me fez perder os sentidos por um breve momento. Logo meu pai estava na porta do meu quarto acompanhado pela minha mãe.

 

-Que bom que acordou, já estava ficando preocupado. - Meu pai preferiu não comentar o tal beijo, o que foi surpreendente. - Está com fome?

 

-Não ...acho que o Jake se aproveitou de mim ontem e me fez comer demais. - Todos riram da minha carinha de inocente.

 

-Não exagere Nessie, você comeu apenas o que quis. - Sinceramente, eu nem vi o que comi, mas deixa para lá.

 

-Vem Jake, o café está pronto. - A minha mãe esta prestes a tirar o Jake a força do meu quarto, mas era evidente que isso era para que meu pai pudesse conversar comigo.

 

-Já volto meu anjo. - Ele se levantou me dando um selinho, e saiu do quarto acompanhado pela minha mãe.

 

-Então pai o que foi? - Ele não conseguia ser enigmático o tempo todo.

 

-Não tenho a pretensão de ser enigmático. - Obrigada por continuar respondendo os meus pensamentos. - As ordens.

 

-E então o que te trás ao meu quarto nesse momento?

 

-A preocupação de um pai. - Ele disse se sentando ao meu lado na cama. - Como você está querida?

 

-Acho que ainda vai demorar para superar, mas me sinto melhor que ontem. - Fui sincera.

 

-Isso é normal, mas … - Ele exitou por um momento. -E quanto as suas expectativas, como você pretende continuar?

 

-Não estou entendendo pai...

 

-Filha, você e a Cris ficavam quase o tempo todo juntas...Na escola, em casa, passeios. Todos os lugares vocês estava juntas. Você conseguirá continuar com a sua rotina sem ela? - Eu não tinha pensado nisso ainda. - É normal, deixar a dor nos dominar...mas mesmo quando a dor passa as lembranças ficam...

 

-Sinceramente não sei o que vai ser pai, tirando a nossa família e os lobos ela era a única pessoa que eu me socializava de verdade...

 

-É essa a nossa maior preocupação...a sua rotina não será mais a mesma. - Comecei chorar novamente, em todos os momentos que eu precisava de uma voz amiga, mesmo eu sabendo que a minha família estaria ali para me dizer algo, a Cris passou a ser essa voz...Meu pai apenas me abraçou, não era preciso dizer mais nada. Não sei como eu voltaria a escola, depois de tudo o que passei nesses últimos dias minha vida havia virado de cabeça para baixo. - Não se preocupe com a escola, quando você se sentir pronta você retorna à rotina. Agora a questão é você meu anjo.

 

-Obrigada pai...mas estou mais preocupada com o Seth do que comigo mesma.

 

-Característico de você...se preocupar com os outros. Eu falei com o Charlie, ele está na casa da Sue para ajudar no que fosse necessário. Segundo ele o Seth está em choque, não fala com ninguém, não está comendo, mas de ontem para hoje ele deu uma melhorada, parou de chorar, não está mais tão agitado quanto antes.

 

Depois de alguns dias, senti que talvez eu fosse capaz de conviver com a perda, e principalmente encarar melhor o mundo. Meu avô disse que o estado em que eu me encontrava não seria tão grave se eu não tivesse presenciado a cena, a qual continuava vivida em minha mente. Minha família permaneceu com a rotina quase intacta, escola, trabalho, projetos... Eu não estava indo à escola, assim como o Jake e o Seth, o Seth por que ainda não tinha ninguém que conseguisse tirar ele do quarto, o Jake só ficava ao meu lado...quando não estava na oficina ou dormindo é claro...

 

Tentei retomar algumas coisas do meu dia a dia, aos poucos fui me sentindo revigorada. Eu já conseguia olhar as fotos, pensar nas nosas brincadeiras sem que as lágrimas me invadissem. Hoje faria um mês que ela se fora. Minha vida estava aos poucos se normalizando, apesar de que eu não me sentia com a minima vontade de voltar para a escola. Acordei no meu horário normal, tomei café com a companhia dos meus pais, que logo saíram para a escola, me deixando sob os cuidados da minha avó.

Assim que meus pais e tios chegaram da escola vieram me ver, assim como faziam todos os dias. Eu permanecia a maior parte do tempo dentro do quarto, mas agora eu já estava saído um pouco, dando algumas voltas pela floresta mesmo sozinha. Depois do ocorrido fiquei quase duas semanas sem caçar.

 

-Ei monstrinha vamos caçar hoje?

 

-Não tio Emm, cacei ontem...não estou com vontade. - Ele fez uma carinha de dar dó, mas não me animou, Ri quando a tia rose lhe deu um belo tapa para parar de fazer chantagem comigo.

 

-Obrigada Tia. - Ela apenas sorrio em resposta.

 

As conversas eram limitadas, o meu silêncio era respeitado. Logo que eles chegaram eu me retirei novamente para o refugio do meu quarto. Mas o que eu ouvi em seguida era o único som que eu esperava nunca mais ter que ouvir novamente. O mesmo estalo que me avisou da chegada do pai e do irmão da Cris. Nem bem eu aceitei o que eu havia ouvido meu pai apareceu na porta do meu quarto.

 

-Nessie o Sr. Coldy gostaria de conversar contigo. - O olhar dele me dizia mais que isso, o olhar dele questionava a minha capacidade de lidar com a inesperada visita.

 

-Já estou indo, peça que ele aguarde. - Meu pai se limitou a se retira do meu quarto para que eu me preparasse para o que estava por vir.


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Notas finais do capítulo

Eentão o que será que o Sr. Coldy tem a dizer para a Nessie? Quem quiser saber favor comentar....
hahahahah - risada maléfica.
Bju
Helo



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