A Cura escrita por Lady Romanoff


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

bom gareraaa, nesse quase fim de feriado, vim postar mais um capítulo. E devo dizer que estou voltando a me sentir desanimada pra continuar a fic, pois tem vários acessos e 1 comment (obrigada Nat Oliver sua lindaa sz)
vcs que escrevem sabem a importância que o comentário faz. E os que não escrevem, o comentário motiva bastante!!!
Então vamos se esforçar e dar um apoio para esta autora aqui
e vamoos ao capítulo



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          Alicia caminha apressadamente em direção à sua mesa sem dizer uma palavra. Coloca sua bolsa no chão ao se sentar e liga o computador. Seus dedos estão rígidos e seus olhos estão fixos na tela do computador. Está me evitando. Isso me causa uma boa sensação. Não sei explicar a razão, mas me fazia sentir bem. Aproveito que estou em pé e caminho até ela. Aproximo-me suficiente a ponto de escutar sua respiração.

            -O quê está fazendo? – ela pergunta, olhando para mim. Não digo nada, apenas escrevo um conjunto de palavras e letras.

            -Você precisa trabalhar, e para trabalhar, precisa do computador. – falo me afastando de seu corpo. - E para usar o computador, precisa da senha. Então, de nada.

            Faço um gesto com as mãos, como de agradecimento. Tudo ironia.

              -Então, você colocou a senha.

            -E você conseguiu pensar nisso sozinha?- meu olhar bate com o dela, e posso jurar ter visto chamas de fogo em seus olhos negros. Apesar de já estar sentado, ainda consigo ver perfeitamente sua silhueta.

            -E você irá colocar a senha todo dia no computador? Não seria mais fácil simplesmente me dizer? – seu tom de voz estava um pouco exaltado agora. Incrível como eu tenho facilidade em irritá-la.

              -Não sei se posso.

              -E por que não?

           -Não se devo confiar em você. – o ato de digitar sem olhá-la parece a enfurecer, pois ela levanta subitamente da cadeira e me encara.

            -Então por que me contratou? – sua expressão é pura raiva e isso me satisfaz.

            -Apenas volte ao trabalho senhorita Stewart. Temos muito que fazer. – continuo digitando, e Alicia, apesar de relutante, se senta.

                                                ***

             Na hora do almoço, Alicia vai ao refeitório e me deixa sozinho. O que é bom, pois meu amigo e parceiro de negócios irá me encontrar. Katrina abre a porta e deixa meu almoço na sala e sai sem fazer ruído algum. Após comer, continuo focado no trabalho, até que a entrada súbita de meu amigo tira minha concentração.

            -Eu estou tão feliz em ver que você está sozinho. Pelo menos dessa vez. Você sabe o quanto foi constrangedor foi ter entrado na sua sala e ver uma garota te chupando?

            -Pelo o amor de Deus, cala a boca.

            Meu amigo Eden, herdeiro e mais novo vice-presidente da Clark Industries, adentra a sala como um tornado, sempre deixando conseqüências, especialmente do que fala. Ao que parece, as conseqüências vai ser dor de cabeça, como sempre.

            -O que foi? Preocupado com o que a Katrina vai escutar? Como se ela não soubesse. – ele se joga no sofá de couro perto da porta. – Como se Nova York inteira não soubesse. – ele ri, e sua risada ecoa por toda a sala.

            -Posso ser um tremendo mulherengo, mas pelo menos sei quando for profissional. Achei que isso fosse uma reunião de negócios. – meu comentário faz o parar de rir e ele se endireita no sofá.

            -Tem razão. – tira uns papéis da sua pasta e me entrega. –O que você pediu. Todas as informações do setor financeiro da empresa. – ele passa as mãos no cabelo e junta seus dedos na nuca. – Os dados estão confusos. Parecem ter sido alterados.

            A cara de meu amigo era pura preocupação. Semana passada Eden veio me procurar para uma possível parceria de negócios. Após seu pai tirar férias, a Clark Industries ficou aos seus cuidados. Mas além de uma conversa de parceria, Eden queria ajuda com uns dados do setor financeiro da empresa.

            -Realmente parecem ter sido alterados. E por alguém que sabia o que estava fazendo. As mudanças são quase imperceptíveis. – falo analisando a papelada em minhas mãos. – Alguém muito inteligente fez isso. Por sorte, seu amigo é mais.

            -Então você vai me ajudar? – ele me encara esperando uma resposta.

            -Antes de responder sua pergunta, preciso que responda a minha. – olho para ele que já sabe o que quero saber. Ele suspira fortemente e diz:

            -Sabe que preciso da aprovação do meu pai. Ele é o presidente. Até ele voltar da viagem, fica uma questão em aberto.

            -Sinto muito então. – largo as papeladas no sofá e vou até minha mesa.

            -Qual é Jonathan. Alguém pode estar roubando a empresa de meu pai e alterando os dados financeiros. Preciso da sua ajuda.

            -Devia pedir ao seu pai para vim aqui. Ele é o presidente. – digo sem olhar por um segundo para o rapaz.

            -A Silver Company é a maior empresa de contabilidade que existe em Nova York. Enquanto a Clark Industries é uma das maiores exportadora de produtos que existe no país e grande investidora e meu pai estão em Bahamas sem saber o que está acontecendo! – ele senta na minha frente, tentando fazer contato visual. – Eu prometo que se você consertar isso, eu conto ao meu pai do seu triunfo e garanto que vocês fechem a parceria. E então a Silver Company e Clark Industries estarão lado a lado.

            Seus olhos, seu corpo imploravam por ajuda. O desespero estava exalando dele. E apesar de meu trabalho estar acima de muita coisa, não estava acima da minha amizade com Eden. Ele foi à única pessoa que ficou do meu lado, mesmo que todos estivessem me abandonado. Aquele que permaneceu como uma rocha em meio às tempestades que passei. Depois de toda a sua ajuda, eu não poderia ignorar seu pedido.

            -Está bem. – ele respira profundamente, aliviado.  – O primeiro passo é identificar todas as alterações. Ficará para minha nova assistente esse trabalho fascinante.

            -Nova assistente? Katrina será despedida?

            -Não. É apenas um modo de chamar a nova garota que trabalhar para mim.

            -Garota, não é? Então quer dizer da próxima vez, é possível que eu entre na sala e essa nova garota esteja te chupando?

            Seu sorriso malicioso me faz revirar os olhos.

            -Apenas vá embora e observe a todos do setor financeiro. Precisa ter cuidado agora.

            -Obrigado Jon. – o sorriso dele é curto, mas sincero. A expressão dele demonstrava agradecimento. A luz do sol de fim de tarde bate no rosto dele e em seus cabelos loiros escuros e seus olhos cor de mel. Podia perceber sua inquietação, que apesar de estar menos nervoso, ainda estava preocupado com aquela situação. Iria ajudá-lo. Tudo pelo o meu amigo.

                                                      ***

               Aperto a campainha da casa e segundos depois a porta larga se abre. Matilde, a governanta da casa de meus pais é quem abre. A comprimento.

            -Chegou cedo querido. –minha mãe me abraça interpretando seu papel muito bem. Com certeza em sua cabeça ela devia ganhar o prêmio de mãe do ano após esse abraço.

            -Pelo visto não veio acompanhado de nenhuma prostituta desta vez.

            -Álvaro! – minha mãe o repreende. No último jantar de família – dois anos atrás- eu trouxe uma garota de programa. Tudo para irritar meu pai. Foi memorável ver a expressão do meu pai aquela noite.

            -Tudo bem mãe. Apenas vamos comer. – falo querendo encurtar aquele jantar. Não gostaria de passar a noite em um teatro domiciliar, pois tudo aquilo era uma cena.

            Todos caminharam juntos até a mesa. Os empregados logo trazem a entrada. Damascos secos com queijo brie e tomate seco. Comemos em silêncio. Até que minha mãe se manifesta.

            -Como está indo no setor administrativo querido?

            -Muito bem. Eden veio me visitar hoje. Nós conversamos sobre uma possível parceria. Está quase certo.  – comento dando uma mordida na comida.

            -Essa é uma decisão que não cabe a você tomá-la. Você não é o presidente da Silver Company.

            As palavras de meu pai dilaceram meu âmago. O encaro e ele está com sua expressão de sempre. Indiferença.

            -Eu deveria ser. –digo baixo encarando meu prato já vazio.

            -Para quê? – meu pai solta o talher no prato fazendo ressoar o barulho pela a sala de jantar. O barulho me assusta e me encolho na cadeira. – Destruir a empresa que tanto lutei para que crescesse? É para isso que quer ser presidente?

            -Álvaro, por favor, não crie um caso. – minha mãe tenta apaziguar a situação, mas tanto eu quanto meu pai ignoramos seu pedido.

            -As ações da empresa cresceram por minha causa. E se a Clark Industries fechar negócios conosco, será devido a mim também. – meus olhos encaram meu pai, tento lê-lo, mas ele está rígido como sempre.

         -Basta Jonathan. Você não será presidente até se mostrar responsável e capaz para isso. – os empregados adentram a sala de jantar com o prato principal, e meu pai, como sempre, com a palavra final: - Talvez daqui a vinte anos você assuma a empresa. Ou quando eu estiver morto para não ver um desastre acontecendo.


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Notas finais do capítulo

então vamos comentar????
me contem oq acharam
bjss e até a próxima
bjitoss de doce de leite szz ♥



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