Enquanto voava em direção ao DEO, todo tipo de pensamento passava pela cabeça de Kara. Não queria criar expectativas, mas era o primeiro rastro dele em um mês.Tentava mudar o foco para como tinha ficado feliz por Lena tê-la perdoado, mas o rosto de Mon El continuava retornando para sua mente.

Depois de alguns minutos, aterrissou no saguão e se posicionou ao lado Winn, que manipulava um computador:

—Kara! Ótimo! Olhe isso!— Ele apontava para a tela, mas Kara não conseguia entender.

—Winn, parecem apenas pontos para mim.

—Ah… Certo. Vou te explicar. É o seguinte, depois da nossa conversa de hoje, fiquei pensando em como era estranho não termos recebido nenhuma mensagem de Mon El.

—Sim, é isso que mais me preocupa.— Kara suspirou.

—Pois é. A primeiro momento pensei que isso só poderia significar uma coisa. Que ele tinha… você sabe... Mas lembrei de quando você e o Flash ficaram presos naquele “sonho” musical e isso me fez pensar. E se ele está preso em um lugar similar ou até mesmo em outra dimensão ?

—Como a Zona Fantasma?

—Exatamente! Por isso, busquei em nossos sistemas indícios de algo que pudesse ter se aberto e puxado o pod de Mon El.

—E…

—Acontece que tivemos um registro de uma força muito parecida com a da Zona Fantasma se abrindo no mesmo dia da partida dele.

—Então pode ser que Mon El esteja preso dentro dela?

—É a minha aposta. Isso explicaria porque ele não tentou se comunicar e porque não conseguimos mais localizar o pod.

Alex e J’onn se aproximaram:

—Aconteceu alguma coisa?—J’onn questionou.

Kara explicou as descobertas de Winn.

—E o que sabemos sobre essa Zona Fantasma? — Perguntou Alex.

—Bom, foi onde eu fiquei por 24 anos antes de chegar na Terra.— Kara começou.— Era a prisão de Krypton. O pai de Kal El descobriu como funcionava e passou a mandar os criminosos do nosso planeta para lá.

—Você tem ideia de como sair?

—Podemos esperar a própria Zona o “expulsar”, mas não dá para prever quanto tempo levaria.— Disse J’onn.— Pode demorar dias, meses…

—24 anos...Ou mais...— Completou Kara. — Precisamos resgatá-lo o quanto antes.

—Certo...Temos outras opções então?— Alex perguntou.

—Bem… Uma vez, Kal El me contou que tem um portal para a Zona na Fortaleza da Solidão.

—Ótimo!— Winn se animou.

—Mas tem um problema. Com o portal aberto, não teríamos controle de quem passaria por ele.

—Ou seja, podemos trazer Mon El de volta e mais um monte de problemas...— Completou Alex.

—Sim...— Suspirou Kara.—O ideal seria que alguém pudesse entrar e trazer Mon El de volta. Mas pela Fortaleza da Solidão só é possível sair.

— Será que seu primo não teria mais informações? Deve ter algo que consiga nos transportar até lá.— Disse Winn.

—Eu vou falar com ele. Posso ir até Metrópolis. Aproveito e conto do novo membro da família.— Ela sorriu e colocou a mão na barriga.

—Não podemos esquecer que a atmosfera da Terra ainda está com chumbo. Antes de trazê-lo precisamos resolver isso.— Ponderou Winn.

— Muito bem.— Disse J’onn.— Assim que descobrirmos um jeito de entrar e uma solução para o problema do chumbo,organizaremos uma missão de resgate.— Todos concordaram..

—Mas antes de você ir, senhorita.— Alex disse se dirigindo a Kara.— Preparei a sala de exames para fazermos um ultrassom. Quero saber como meu sobrinho está.

Kara sorriu:

—Mal posso esperar!

As duas se encaminharam para sala de exames. Kara deitou enquanto Alex preparava os utensílios:

—Como você está se sentindo com a possibilidade de acharmos Mon El, Kara?— Alex perguntou com cautela.

—Eu não sei, Alex… Não quero criar esperanças…Mas, faz tanto sentido ele estar preso lá.— Kara fechou os olhos.— O que eu sei no momento é que farei de tudo para salvá-lo.

Alex assentiu e começou o procedimento:

—Vamos lá. —Ela começou a manusear o aparelho pela barriga de Kara e de repente um som invadiu a sala:

—Isso é...— Kara perguntou com a voz embargada.

—Sim, é o coração.— Alex disse sorrindo.— E aqui está seu bebê.—Ela apontou para um pontinho na tela.

—Meu Deus, Alex!— As lágrimas escorriam pelo rosto seu rosto. Alex também emocionada, fazia as medições necessárias.

—Está tudo bem, Kara. Ele ou ela está no tamanho certo, tudo parece estar correndo bem. Mas vou mandar o vídeo para a mamãe, só para termos certeza.

—Eliza quase desmaiou quando contei a ela, mais cedo.—Disse Kara, rindo.

—Acho que ela não esperava ser avó agora.— Alex também riu.— Amanhã você vai para Metrópolis então?

—Vou. Espero que Kal El tenha algo para nos ajudar...