The Guardians escrita por Sofia Di Angelo


Capítulo 2
Will


Notas iniciais do capítulo

Oiii pessoas. Voltei aqui com o segundo capitulo da historia. Prometo tentar postar um a cada semana para não dar um intervalo muito grande entre um e outro.
Enfim, espero que aproveitem a leitura. Vejo vocês la em baixo!



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Ooook. Como que eu descrevo o que aconteceu depois daquilo? Simplesmente como a melhor luta que eu já presenciei! A pessoa dona da voz masculina que vinha de trás de mim veio correndo rapidamente em nossa direção, deu um pulo e acertou a garota das sombras com um pedaço de chão. Sim, vocês escutaram bem, um pedaço de chão! De onde ele saiu? Não tenho ideia. Mas se uma garota de quinze anos pode controlar as sombras, eu acho que está valendo de tudo. A garota das sombras (ou Thea) foi arremessada longe. O garoto responsável pelo ataque me estendeu a mão e me ajudou a levantar:

— Você está bem? - Ele perguntou enquanto me puxava.

— Acho que sim! - Respondi, mas a verdade era que meu corpo todo estava completamente machucado. Não sentia minhas pernas ou braços, mas engoli a dor de qualquer forma. Acho que minha adrenalina estava muito alta para eu me importar com isso. Meu foco era somente sair dali com vida.

O garoto me devolveu um sorriso e disse:

— Ótimo. Então se me permite, tenho que trazer a luz de volta ao mundo. Uhuuuul! - Ele disse como se realmente gostasse do fato de ter que enfrentar uma garota controla-sombras. Ele ou é completamente louco ou se garante muito! E por falar na garota, ela tinha acabado de se levantar. E não parecia nada contente!

Ela grunhiu e fez mais uma mão de sombra (serio, aquele negócio já estava começando a me irritar). A mão de sombra foi lançada em direção ao menino, que levantou um pedaço do chão e o usou como escudo para impedir que a mão o atingisse. O que era isso? A menina controla sombras e o garoto controla o chão? Eu não entendia o que estava acontecendo. Nada mais fazia sentido. Mas isso não fazia muita diferença, já que o garoto sabia o que estava fazendo e lançou seu próximo ataque contra Thea. Ele levantou um pedaço do chão que estava bem abaixo dela, esmagando-a contra o teto.

— Uou - eu soltei sem querer - Isso foi incrível!

— Eu sei, eu sei. Eu sou demais! - O menino afirmou enquanto apontava para si mesmo com crendice. Pelo visto, a resposta é que ele se garante muito. E fez um ótimo trabalho por sinal. Eu me aproximei para agradece-lo pela ajuda, mas uma mão de sombra surgiu de trás dele e o arremessou no fim do corredor. O menino bateu de cabeça contra a parede.

— Oh raios - foi tudo o que eu consegui dizer. Essa garota não desiste! Sai correndo para ajudar o garoto a se levantar, já que ele parecia ser o único presente capaz de derrotar a menina maníaca.

— Ouch - o menino passava a mão na cabeça - pelo visto ela é mais forte do que eu pensava!

— O que? E agora? - Eu disse desesperado. Se ele não fosse capaz de se levantar e derrotar aquela menina, ESTAVAMOS TODOS PERDIDOS, CONDENADOS E POSSIVELMENTE, MORTOS!

— Relaxa rapaz! Eu vou dar um jeito nisso. Assim que acabar de morrer aqui. AUUU - ele dizia ainda acariciando a cabeça e tentando não cair inconsciente no chão. Como assim? Íamos morrer de verdade se ele não se levantasse AGORA e lutasse contra a mulherzinha do mal! Eu não sabia mais o que sequer pensar. Tinha vontade apenas de gritar. Por ajuda por respostas, raiva… qualquer coisa. Como isso tudo podia estar acontecendo? Nada fazia sentido. Eu tentava conectar o que havia acontecido até então, mas nada encaixava. Tudo aquilo era sobrenatural. Não podia estar acontecendo.

Eu tentava me acalmar e pensar em um jeito de nos salvar. Mas a única coisa que vinha a minha mente era a imagem de minha irmã sendo jogada pela janela.

Eu definitivamente estava irritado. Nada mais tinha explicação ou fazia sentido: eu estava sendo caçado e quase morto por uma menina que controla as sombras e que eu nunca tinha visto na vida e a única certeza que eu tinha era que ela queria me matar. Mesmo sem eu saber o motivo. Meu salvador era um convencido que controla o chão e que no momento, estava nocauteado no corredor sem qualquer chance de ação imediata. Ninguém do orfanato saia de seus quartos para ajudar, ou por que estão dormindo ou com medo de sair já que obviamente escutaram os sons de luta. E a única pessoa que saiu para me ajudar foi minha irmã. Que foi atirada pela janela e agora está morta!

Como as coisas começaram a dar tão errado? Quando o mundo ficou tão sem sentido? Eu não sei. Só sei que todos esses sentimentos aos quais eu tinha sido exposto durante esta noite estavam ardendo em meu peito. Uma raiva me consumiu completamente, misturada a tristeza de uma perda e ao medo de enfrentar alguém com poderes sobre-humanos.  Eu me levantei e comecei a correr em direção a garota. Eu não sabia o que estava fazendo, só tinha a certeza de que eu não ia deixar barato. Mesmo que eu provavelmente morra, NINGUEM MACHUCA A MINHA IRMÃ!

— Patético!

— Você é louco!

Eu escutei as vozes do menino e da menina ao fundo. Mas nada mais importava. A garota ia pagar pelo que fez! Ela começou a rir histericamente, o que só me deixou com mais ódio. Ela já havia tirado minha irmã de mim. Eu não tinha mais nada a perder.

— Ahhhh! - Eu gritei o mais alto que pude enquanto mirava meu soco em sua cara. Eu tinha certeza de que ia acertar. Mas foi aí que aconteceu. A coisa mais bizarra que eu já vira em toda a minha vida. Um raio saiu da minha mão e acertou a cara de Thea, jogando- a longe.

POW!

Eu fiquei paralisado no mesmo lugar em que a acertei. Exatamente com a mesma pose, e encarando minha mão direita pela qual o raio saiu. Como eu fiz aquilo?

— Rapaz! Isso foi o máximo! - O garoto se levantou e se aproximou de mim. - Como fez aquilo?

— E-eu não sei. - Como eu fiz aquilo? O que tinha acabado de acontecer aqui? Minha cabeça palpitava de tantas perguntas sem respostas que a rondavam. Mas meu tempo para tentar responde-las acabou assim que a garota se levantou de novo.

— Ah, você tem que estar brincando! - O menino ao meu lado disse revoltado - Quem é você garota?

— Eu? - A menina disse preparando seu próximo ataque - Sou seu pior pesadelo!

Ela provavelmente teria lançado mais uma de suas mãos de sombra se não fosse por um grito alto e agudo ecoou por todo o orfanato, interrompendo a frase de efeito de Thea.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

 AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

O grito era tão alto que quebrou todas (sem exageros) TODAS as janelas de vidro do corredor. O som era tão ensurdecedor que tornava difícil inclusive pensar. Minha cabeça doía tanto quanto meus tímpanos, que pareciam que iam explodir a qualquer minuto. Mas pelo visto, esse efeito parecia afetar também a garota.

Quando o grito parou, a garota das sombras se virou com espanto e viu a responsável pelo estrago. No fundo do corredor estava uma menina que aparentava ter a minha idade. Seus cabelos eram negros e seus olhos azul céu se destacavam na escuridão da noite.

— Cléo! - O garoto exclamou com alegria - Sempre pontual!

— Três? Três guardiões? - A garota das sombras grunhiu com ódio. Seu olhar virava enquanto ela decidia se olhava para a garota, Cléo, ou para mim e o menino - Nos encontraremos novamente seus... - ela ainda protestava quando entrou nas sombras e sumiu completamente da vista de todos.

Todas as portas dos dormitórios começaram a se abrir, acho que o pessoal ficou curioso para saber que grito foi aquele e o que estava acontecendo. Eu definitivamente vou fazer aulas de grito para pedidos de socorro com o responsável por aquele berro. Fala sério! Eu gritei a noite toda e nada, aí ela aparece e com um único grito quebra todas as janelas e ainda faz com que todos saiam dos seus quartos acordando todo mundo.  O garoto controlador de terra começou a rir vitorioso e saiu correndo em direção ao fim do corredor. Eu podia vê-lo com mais clareza agora, já que a luz da lua entrava por todas as janelas do orfanato graças a recente retirada dos vidros.

Ele era um garoto negro, com olhos castanhos claro. O cabelo estava quase todo tapado por um boina verde que ele utilizava. Usava uma calca jeans e uma jaqueta verde combinando com a boina. Sua blusa era amarela e de botões e seu sapato era um tênis com estilo de botina da mesma cor. E em sua orelha esquerda havia um pequeno piercing de argola. Me pus a correr de trás dele até o final do corredor. Eu é que não ia ser o responsável por contar este acidente a dona do orfanato. Se eu contar o que aconteceu para a senhora Cavanaugh, é capaz de eu ser expulso em vez de transferido!

Chegando ao final do corredor, o garoto (que eu ainda não sabia o nome) deu um abraço em Cléo:

— Uhuuul! É assim que se faz! - Ele exclamava com alegria.

— É assim que eu faço cabeção. Você sempre esquece dos mínimos detalhes! - Ela respondeu meio grossa, e meio sarcástica.

A garota se virou e saiu da frente. De trás dela, saiu uma menina loira de olhos verde mel. Eu não acreditava nos meus olhos:

— Stacy? Como você? - As lagrimas correram pelo meu rosto. Ela correu em minha direção e me deu um forte abraço:

— Will! - Ela me abraçou com toda sua forca.

Mas isso era impossível: eu vi ela sendo jogada pela janela por uma das mãos de sombra daquela mulher. A garota Cléo deve te- lá salvado. Meu Deus, obrigado!

— Não precisa agradecer. O “top” aqui do lado sempre se esquece dos detalhes importantes- Cléo se aproximou falando com o controlador de terra.

Eu me levantei enxugando as lagrimas:

— Muito obrigado por terem nos salvado! - Eu disse aos dois.

— Sim, muito obrigada moça! - Stacy disse para a garota do grito.

— Não a de que - ela disse passando a mão na cabeça da minha irmã.

— Sim, eu tinha tudo sobre controle - o menino falou antes de levar um puxão de orelha da outra, que continuou:

— Você? Se não fosse por mim, a garota teria morrido e você e o....- ela desviou seu olhar para mim rapidamente - Qual seu nome mesmo?

— Will - eu respondi simplesmente.

— Isso - ela se voltou para o garoto novamente - e você e o Will teriam virado pó!

— Viu? Mas é por isso mesmo que nós formamos uma dupla perfeita! Você faz o trabalho e eu levo a fama! - O menino brincou com a menina fazendo um soquinho, ao qual ela simplesmente ignorou, deixando-o no vácuo - Humpf! Mal-educada!

— Enfim - a menina se virou para mim e minha irmã novamente - acho que nosso trabalho está cumprido aqui! Até a próxima! - Ela disse. E os dois se viraram de costas prontos para sair.

— Espera! - Eu gritei puxando seu braço - Alguém quer por favor me explicar O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI!? Uma garota maníaca com poderes vem, destrói o orfanato, quase mata minha irmã e a mim também! Eu não posso simplesmente ignorar esse fato! E-e-e além do mais, você - eu disse apontando para o garoto – Você arrancou pedaços de chão! Como isso é sequer possível? E ainda teve o lance do raio! Seres humanos não lançam raios! O que está acontecendo?

E essa foi minha bomba finalmente explodindo. Onde todas as perguntas que se formaram naquela noite saíram de uma única vez. Todos os outros olhavam para mim, inclusive Stacy. Mas acho que minhas dúvidas seriam finalmente esclarecidas:

— He! Acho que não tem jeito mais fácil de explicar isso - o garoto disse para Cléo - Vamos do começo. – Ele disse virando-se para mim novamente - Meu nome é Leonardo, mas pode me chamar de Leo, muito prazer! Eu sou o guardião do elemento terra.

— E eu sou Cléo. Guardiã do elemento ar. Os guardiões são responsáveis por manter a paz e o equilíbrio no mundo. Cada um de nós tem um domínio especifico, seja sobre algum elemento básico ou sobre organismos.

— E você Will - Leo esbanjou um sorriso de lado. E após uma breve pausa continuou- É um de nós!


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Notas finais do capítulo

Olá de novo.
Se vocês gostaram do capítulo, mandem algum sinal nos comentários. Até lá!



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