Mais que bons amigos. escrita por Any Sciuto


Capítulo 3
White Horse.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/746305/chapter/3

Hotch chegou com Garcia na sede do FBI. A equipe inteira estava esperando pelos dois. Morgan estava mais ansioso. Reid embora não gostasse de abraços abraçou Garcia.

— Desculpe. – Disse quando a amiga sentiu um desconforto no braço. – Tem certeza que está bem?

— Sim Reid. – Disse Garcia. – Estou bem.

Rossi ficou feliz pela amiga estar bem, embora na verdade ela ainda estivesse sendo caçada pelos terroristas. JJ e Prentiss haviam trazido algumas roupas do apartamento de Garcia. Ela não deveria voltar lá por alguns dias.

— Eu não tinha certeza do que trazer...  – Disse JJ passando algumas roupas para Garcia. – Então eu trouxe algumas mudas completas.

— Obrigado JJ. – Disse Garcia.

Ela não parecia nada bem.

— O que foi Baby Girl? – Perguntou Morgan quando Garcia quase caiu antes de sentar.

— Apenas uma tontura. – Disse Garcia.

— Você deveria voltar ao hospital. – Disse Emily.

— Deve ser só sono. – Disse Garcia.

— Você dormiu algumas horas no hospital. – Disse Morgan. – Então não. Não é sono.

Morgan pegou Garcia e a levou para a sala dele.

— Lá tem um sofá macio para você dormir. – Ele a pegou pela mão e a ajudou a caminhar. – E alguém para vigiar e matar qualquer um que venha atrás de você.

Garcia não conseguiu discutir. Estava cansada com tudo aquilo. O caso da semana afetou seu sono e ela precisava descansar bastante.

Morgan a ajudou a deitar no sofá e colocou uma coberta que guardava em um armário. Ela dormia no primeiro "baby Girl" que ele deu para desejar boa noite.

Hotchner apareceu na sala para ver como tudo estava e encontrou Morgan em sua cadeira dormindo.

— Acho que é melhor você ir para casa Morgan. – Disse Hotchner para Morgan.

— Eu tenho que cuidar da Penelope. – Disse Morgan.

— Não vai conseguir se não dormir. – Disse Hotchner.

— Que horas são? – Perguntou Morgan com muito sono.

— Quatro e meia da manhã. – Disse Hotchner. – Vá para casa e durma um pouco. Eu fico com ela.

— Mas Hotch....  – Morgan tentou dizer algo, mas o bocejo o impediu. – Ok. Eu vou para casa. – Morgan se levantou e pegou suas chaves. – Me ligue se algo acontecer. – Morgan deu um beijo em Garcia que continuou dormindo e saiu.

Hotchner se sentou no lugar de Morgan na mesa enquanto Garcia dormia.

Garcia acordou algumas horas depois e Hotchner havia ido pegar café para tomar. Ele passou o que sobrou da noite fazendo os relatórios sobre o acidente e cuidando de Penelope.

— Ei. – Disse Hotchner quando entrou e viu Penelope acordada. – Bom dia. – Ele deu a ela um dos copos de café. – Como se sente hoje?

— Toda dolorida. – Disse Garcia. – Quanto tempo vou ter que ficar aqui?

— Até conseguirmos pega-los. – Disse Hotchner. – Pedi ao Reid para buscar a malinha que você havia feito antes de sair.  Ele vai chegar logo e então começaremos a traçar um plano.

— Ótimo. – Disse Garcia. – Outra vez sobre custódia protetora.

— Dessa vez você não vai ficar aqui na B.A.U apesar de ser mais seguro eu prefiro que fique com algum agente armado. – Disse Hotchner. – Você quer que eu escolha?

— Tanto faz. – Disse Garcia. Ela parecia chateada e com alguma razão.

Da última vez em que ela ficou sob custódia protetora demorou meses para pegarem os bandidos.

— Pode ser comigo, com a JJ, com o Reid, com o Morgan até mesmo com o Rossi ou a Prentiss. – Disse Hotchner. – Menos na sua casa.

— Não pode piorar mais do que já aconteceu. – Disse Garcia irônica.

Hotchner não falou nada. Ela tinha passado por uma experiência ruim. Estava com dor e assustada com os últimos eventos que aconteceram.

— Vamos providenciar um lugar para você. – Disse Hotchner. – Um lugar seguro até acabarmos com eles. Nem que eu tenha que cuidar de você pessoalmente.

— Eu vou ficar bem sozinha aqui mesmo. – Disse Garcia.

Ela se levantou com certa dificuldade e foi para seu escritório. Hotchner não queria chateá-la ainda mais então não a impediu. Ela estaria segura enquanto estivesse na sede do FBI.

Hotchner foi para sua sala. Ele precisava repassar todos os acontecimentos da noite anterior na casa de Garcia. Havia muitos documentos. Ele ficaria a tarde toda ocupado. Ele ligou para a sala de Garcia. Ela não atendeu nenhuma das ligações. Hotchner ficou preocupado com aquele silêncio e resolveu ir até a sala de Penelope ver o que estava acontecendo. Ele bateu na porta e abriu. A sala estava vazia. Garcia não estava lá. Hotchner saiu correndo até a sala da equipe.  

Reid e Rossi foram até a sala de Hotchner ver o que estava acontecendo.

— Hotch. – Disse Reid abrindo a porta. – Qual o problema?

— Não achei a Penelope na sala dela. – Disse Hotchner. – Ela sumiu.

— Sequestro na sede do FBI? – Disse Rossi. – Ousado demais.

— Depois daquele tiroteio na casa da Penelope não duvido de mais nada. – Disse Hotchner. – Oi. Sim. Eu preciso das gravações das câmeras de segurança do prédio começando de duas horas atrás. –Ele disse com alguém ao telefone. – Não. Não posso esperar. Preciso para agora.

Hotchner desligou o telefone e se sentou na mesa.

— Porque eu não fui atrás dela? – Perguntou Hotchner.

— Você não poderia prever. – Disse Rossi. – E nem sabemos se foi sequestro.

Hotchner olhou surpreso para Rossi.

— O que? – Perguntou Rossi ao ver como Hotchner o olhava. – Eu não tenho muita certeza sobre o que foi isso.

— Talvez ela tenha ido tomar um ar. – Disse Reid. – E tenha ido de volta para casa.

— E porque não avisar a gente? – Perguntou Hotchner. – Ela não é de fazer isso. Especialmente com essa ameaça sobre ela.

— Ela não aceitou muito bem. – Disse Reid. – Duas vezes ser alvo de mercenários. Acho que não é o mundo bonito que ela pensava. E ela carrega um notebook não uma arma.

— Um computador pode ser mais poderoso do que uma arma. – Observou Hotchner. – Especialmente nas mãos da Penelope. Ela já ajudou a colocar muita gente na cadeia. Só atrás de uma tela de computador.

— Não é como se um bandido entrasse aqui e levasse ela sem ninguém perceber. – Disse Rossi.

— Mas porque sair quando ela sabia que está correndo perigo? – Perguntou Hotchner.

— Talvez para acha-los. – Disse Reid.

Todos olharam para Reid.

— Talvez ela saiba onde eles estão? – Completou.

— Sem arma e sem reforços? – Perguntou Hotchner. – Ela levaria no mínimo o Morgan.

— Me levaria para onde? – Perguntou Morgan.

— Penelope não está com você? – Perguntou Hotchner. Ele ainda tinha esperanças dela estar com Morgan.

— Não a vejo desde que você me mandou para casa ontem, Hotch. – Respondeu Morgan.

— Santo Deus. – Hotchner se sentou em uma das mesas da sala.

— O que aconteceu? – Perguntou Morgan.

— A Penelope sumiu. – Disse Hotchner tomando coragem. – É minha culpa.

— Não Hotch. – Disse Morgan. – Não é culpa de ninguém.

—  então onde ela está? – Reid começou a ficar igualmente desesperado. – O que realmente aconteceu?

— A gente tem que descobrir Reid. – Disse Morgan. – Ou ela vai...  – Morgan não concluiu a frase com medo.

— Isso nunca vai acontecer. – Disse Hotchner. – Eu não vou deixar. 

Hotchner viu que não podia mais fingir o seu interesse por Penelope. Apenas teria que esconder da equipe.

— Eu vou achá-la onde quer que ela esteja. – Disse Hotchner. – Mateo. Precisamos conversar. – Disse Hotchner quando Mateo atendeu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

criticas são muito bem vindas.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mais que bons amigos." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.