Mais que bons amigos. escrita por Any Sciuto


Capítulo 21
Shot.


Notas iniciais do capítulo

"Alguém me disse que eu não posso sonhar com o amor, mas o amor não é um sonho. É um sentimento verdadeiro entre duas pessoas que se amam."



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Rossi ligou para Hotch depois de o avião pousar no aeroporto e ele não estar entre os passageiros.

— Hotch. Estamos te esperando. – Disse Rossi, provavelmente com o correio de voz de Hotch.  – Me ligue.

Rossi desligou e foi ao encontro da equipe.

— Ele vai vir? – Perguntou Emily ao ver Rossi chegando sozinho.

— Ele não atende o telefone. – Falou Rossi. – Ele não conseguiu embarcar ou aconteceu qualquer outra coisa.

Rossi ligou para Joy que estava com as meninas.

— Ei. -  Falou Joy quando atendeu. – Ele chegou bem?

— Ele nem apareceu. – Respondeu Rossi.

Joy deu um sorriso para as meninas e saiu de perto.

— Ele desapareceu também? – Sussurrou Joy ao telefone.

— Eu não sei. – Disse Rossi. – Ligue para o FBI e mande alguém ir ao aeroporto. Diga que eu mandei e diga para eles agirem rápido.

Joy desligou e ligou para o FBI. Um agente foi verificar e encontrou Hotch dormindo no chão da sala de embarque.

— Diretor Hotchner. – Falou o agente.

Hotch acordou e sacou a arma. Ele a abaixou quando viu o homem do FBI a sua frente.

— Desculpa. – Falou Hotch. – O que aconteceu?

— O agente rossi está te procurando. – Respondeu o agente.

— Eu acabei pegando no sono. – Disse Hotch. – Eu deveria ter avisado.

— Não pegou o voo? – Perguntou o agente.

— Eles me impediram de embarcar com a arma. – Respondeu Hotchner.

— Mas você tem CCP, Diretor. – Respondeu o agente.

— Sinceramente a desculpa era muito absurda e eu queria dormir. – Disse Hotch.

— Acho melhor ligar para o agente Rossi e avisar que você está bem, senhor. – Falou o agente.

— É. – Respondeu Hotch. – Também.

Hotch desbloqueou a tela e viu o papel de parede com a foto que ele e Penelope tiraram antes de ela ir para o caso.  Ele tentou não chorar.

— Rossi. – Falou David atendendo.

— Ei Dave. – Falou Hotch. – Sou eu.

— Santo deus Aaron. Íamos começar uma busca por você. – Respondeu Rossi.

— Acho que o meu certificado de porte foi revogado. – Hotch estava tentando não pensar no pior. – Eles não me deixaram levar a arma junto.

— Você é um diretor agora, Aaron. – Falou Rossi. – Pedirei um distintivo temporário para você.

— Eu quero voltar, Dave. – Falou Hotch.

— Voltar para onde? – Perguntou David.

— Para o campo. Para a vida de agente. – Hotch se sentou no banco. – Deus. Eu realmente odeio essa politicagem de diretor.

— Bem. Você é o diretor. – Disse Rossi. – Pode rebaixar a si mesmo e indicar um novo diretor e voltar para a BAU.

— E a Penelope pode voltar para as analises técnicas. – Falou Hotch.

— Ela é ótima em campo. – Falou Rossi. – Apesar de que aquele tiro que ela levou há algum tempo não foi exatamente a melhor posição dela em campo.

— Ela teve que fazer fisioterapia por causa disso. – Falou Hotch. – Não estou sendo machista, mas eu quero ela longe do campo. Quantas vezes mais ela vai ser sequestrada?

— Você vem quando?  – Perguntou Rossi mudando o assunto.

— Não mude de assunto Dave. – Hotch estava irritado.

— Ela estava vulnerável, Aaron. – Disse Rossi. – Sabe que ela ainda não está acostumada com muitos corpos.

— Provavelmente não. – Falou Hotch.

— E quando a resgatarmos você vai fazer aquela pergunta derradeira: ou eu ou o trabalho. – Rossi falou com ironia.

— Não pretendo chegar a esse ponto de faze-la escolher. – Falou Hotch. – Eu nunca faria isso. Se for preciso faze-la se afastar do trabalho de campo e voltar para as análises técnicas vai ser sutil. Não sou tão babaca a esse ponto.

— Quando você vem? – Perguntou Rossi de novo.

— Se eu conseguir outro voo ainda hoje. – Falou Hotch.

— Você é o diretor. – Falou Rossi. – Use o jatinho.

— Ele está em San Diego. – Falou Hotch.

— Posso mandar o piloto te pegar em uma hora. – Disse Rossi. – Ou daqui a meia hora.

— Seria ótimo. – Disse Hotch. – Apesar de eu ser o diretor não tenho o número dele.

— Eu ligo de volta informando. – Disse Rossi.

— Agradeço. – Falou Hotch desligando.

Ele desligou e em seguida recebeu uma chamada de um número bloqueado.

— Diretor Hotchner. – Falou atendendo ao telefone.

— Que bom que atendeu. – Falou uma voz.

— Quem está falando? – Perguntou Hotch nervoso.

— Assim está me ofendendo. – Falou o homem.

— Desculpa não te reconhecer. – Disse Hotchner. – Eu não reconheço babacas.

— Eu sou o homem que está com sua tão amada Penelope. – Disse o homem.

— Desgraçado. – Falou Hotch ao telefone. – Se ousar tocar em um fio loiro dela você estará morto antes mesmo de cair no chão.

— Ela ficaria tão feliz em ouvir isso. – Falou John. – Pena que está dormindo.

Hotch sentiu o rosto umedecer de suor. Ele suava, mas de raiva daquele cretino.

— O que você quer? – Perguntou Hotchner.

— Que tal nos encontrarmos? – Perguntou John.

— Onde? – Hotch Perguntou Hotch.

— San Diego. – Respondeu o homem. – Soube que está vindo para cá. Não quero estragar seus planos de viagem.

— Eu estou indo com o jato do FBI. – Falou Hotch apesar de não ter certeza. – Não tenho como mudar a rota.

— Eu sei que virou diretor. – Falou John. – O que te da plena capacidade de mudar a rota do jato.

— Minha equipe, quer dizer...  Minha antiga equipe me espera. – Falou Hotch.

— Eu entro em contato quando chegar em San Diego e se reunir com sua antiga equipe. – Disse John desligando.

— Não. – Gritou Hotch antes de ouvir o click de desligando do telefone. – Filho da puta.

O telefone de Hotch voltou a tocar.

— Escute aqui. – Falou Hotch antes da pessoa falar algo. – Eu aceito o maldito acordo.

— Que acordo Aaron? – Perguntou Rossi.

— Desculpa Dave. – Respondeu Hotch. – Nada importante.

— Ele te ligou não foi? – Perguntou Rossi.

— Agora há pouco. – Respondeu Hotch. – Propôs que eu me encontrasse com ele.

— Em troca do que? – Perguntou Rossi.

— Não chegamos a essa parte. – Respondeu Hotch. – Se ele quer matar a Penelope porque queria se encontra comigo?

— Vai entender essa gente. – Respondeu Rossi. – Talvez queira matar vocês dois. Ou ter controle sobre você pegando a Penelope.

— Eu vou ter controle o suficiente para colocar uma bala na cabeça desse palhaço. – Falou Hotch.

— O jatinho está indo até você Aaron. – Falou Rossi. – Venha e traçaremos um plano.

— Sabe que eu quero liderar esse caso, não é Dave? – Perguntou Hotch.

— Você deveria ficar longe Aaron. – Respondeu Rossi. – Mas eu o quero nele. E vou passar a liderança para você

— Obrigada Dave. – Agradeceu Hotch. – Estarei aí assim que for possível.

Hotch desligou o telefone. Ele se sentou e aguardou o jatinho chegar. Ele buscaria por Penelope onde quer que ela estivesse.

O jatinho pousou 30 minutos depois. Havia parecido uma eternidade para Hotchner esperar tanto. Ele embarcou no jato e ele levantou voo.

— Eu venho por você, Penny. – Falou Hotch na janela.

Ele se lembrou do tempo em que viajava com a equipe e do quanto ele sentia falta daquilo. Não tanta falta quanto Penelope fazia.

San Diego...

 Rossi o esperava no aeroporto. Hotch desembarcou e toda a equipe estava por lá junto com Rossi.

— Me atualize. – Exigiu Hotch.

— Ele ligou há dez minutos. – Falou Rossi. – Pediu uma conexão com você e 200 mil dólares para libertar a Penelope.

— Quanto tempo nós temos? –Hotch virou para Rossi esperando uma resposta.

— 24 Horas. – Respondeu Rossi. – Nenhum minuto a mais, nenhum a menos.

— Vamos trabalhar. – Falou Hotch.

— Eu acho que não deveria aparecer na sede da polícia. – Falou Rossi.

— Porque? – Perguntou Hotchner.

— Achamos que ele tem um cumplice no departamento. – Respondeu Rossi.

— Quem? – Perguntou Hotch.

— Aqui não. – Falou Rossi. – No quarto de Hotel.

Hotch segui Rossi até o quarto do Agente.

— Seu telefone. – Falou Rossi.

Hotch deu para rossi que colocou em uma caixa de charutos.

— É a prova de radiofrequência. – Falou Rossi. – Penelope me deu ano passado de aniversário.

— Então podemos conversar agora? – Perguntou Hotch.

Rossi passou um arquivo para Hotch.

— Ele se chama James. É um policial já disciplinado por receber propina há alguns anos. – Informou Rossi.

Hotch se sentou à beira da cama.

— E porque diabos ele iria ajudar a sequestrar a Penelope? – Ele perguntou temendo a resposta.

— Porque John o tem nas mãos. – Rossi passou outro arquivo. - Ele foi processado pela ex mulher em maio. – Disse rossi. – Ela briga pela custódia do filho deles. O dinheiro que ele recebeu é bom o suficiente para comprar qualquer juiz a decidir a seu favor.

— Vadio. – Respondeu Hotchner. – Precisamos interroga-lo.

— Sabe tão bem quanto eu como é o sindicato dos policiais. – Falou Rossi.

— Não me importo com o sindicato. – Falou Hotch levantando da cadeira.

— Então vamos reunir a equipe e começar a traçar um plano. – Disse Rossi.

— E achar o dinheiro. – Respondeu Hotch.

— Vai pagar o resgate? – Perguntou Rossi.

— Só o suficiente para atrair esse cachorro para minha isca. – Falou Hotch. Ele pegou a arma e a preparou.

Hotch iria até o inferno se fosse preciso para salvar sua Penny.


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