Mais que bons amigos. escrita por Any Sciuto
Notas iniciais do capítulo
"Alguém me disse que eu não posso sonhar com o amor, mas o amor não é um sonho. É um sentimento verdadeiro entre duas pessoas que se amam."
Rossi ligou para Hotch depois de o avião pousar no aeroporto e ele não estar entre os passageiros.
— Hotch. Estamos te esperando. – Disse Rossi, provavelmente com o correio de voz de Hotch. – Me ligue.
Rossi desligou e foi ao encontro da equipe.
— Ele vai vir? – Perguntou Emily ao ver Rossi chegando sozinho.
— Ele não atende o telefone. – Falou Rossi. – Ele não conseguiu embarcar ou aconteceu qualquer outra coisa.
Rossi ligou para Joy que estava com as meninas.
— Ei. - Falou Joy quando atendeu. – Ele chegou bem?
— Ele nem apareceu. – Respondeu Rossi.
Joy deu um sorriso para as meninas e saiu de perto.
— Ele desapareceu também? – Sussurrou Joy ao telefone.
— Eu não sei. – Disse Rossi. – Ligue para o FBI e mande alguém ir ao aeroporto. Diga que eu mandei e diga para eles agirem rápido.
Joy desligou e ligou para o FBI. Um agente foi verificar e encontrou Hotch dormindo no chão da sala de embarque.
— Diretor Hotchner. – Falou o agente.
Hotch acordou e sacou a arma. Ele a abaixou quando viu o homem do FBI a sua frente.
— Desculpa. – Falou Hotch. – O que aconteceu?
— O agente rossi está te procurando. – Respondeu o agente.
— Eu acabei pegando no sono. – Disse Hotch. – Eu deveria ter avisado.
— Não pegou o voo? – Perguntou o agente.
— Eles me impediram de embarcar com a arma. – Respondeu Hotchner.
— Mas você tem CCP, Diretor. – Respondeu o agente.
— Sinceramente a desculpa era muito absurda e eu queria dormir. – Disse Hotch.
— Acho melhor ligar para o agente Rossi e avisar que você está bem, senhor. – Falou o agente.
— É. – Respondeu Hotch. – Também.
Hotch desbloqueou a tela e viu o papel de parede com a foto que ele e Penelope tiraram antes de ela ir para o caso. Ele tentou não chorar.
— Rossi. – Falou David atendendo.
— Ei Dave. – Falou Hotch. – Sou eu.
— Santo deus Aaron. Íamos começar uma busca por você. – Respondeu Rossi.
— Acho que o meu certificado de porte foi revogado. – Hotch estava tentando não pensar no pior. – Eles não me deixaram levar a arma junto.
— Você é um diretor agora, Aaron. – Falou Rossi. – Pedirei um distintivo temporário para você.
— Eu quero voltar, Dave. – Falou Hotch.
— Voltar para onde? – Perguntou David.
— Para o campo. Para a vida de agente. – Hotch se sentou no banco. – Deus. Eu realmente odeio essa politicagem de diretor.
— Bem. Você é o diretor. – Disse Rossi. – Pode rebaixar a si mesmo e indicar um novo diretor e voltar para a BAU.
— E a Penelope pode voltar para as analises técnicas. – Falou Hotch.
— Ela é ótima em campo. – Falou Rossi. – Apesar de que aquele tiro que ela levou há algum tempo não foi exatamente a melhor posição dela em campo.
— Ela teve que fazer fisioterapia por causa disso. – Falou Hotch. – Não estou sendo machista, mas eu quero ela longe do campo. Quantas vezes mais ela vai ser sequestrada?
— Você vem quando? – Perguntou Rossi mudando o assunto.
— Não mude de assunto Dave. – Hotch estava irritado.
— Ela estava vulnerável, Aaron. – Disse Rossi. – Sabe que ela ainda não está acostumada com muitos corpos.
— Provavelmente não. – Falou Hotch.
— E quando a resgatarmos você vai fazer aquela pergunta derradeira: ou eu ou o trabalho. – Rossi falou com ironia.
— Não pretendo chegar a esse ponto de faze-la escolher. – Falou Hotch. – Eu nunca faria isso. Se for preciso faze-la se afastar do trabalho de campo e voltar para as análises técnicas vai ser sutil. Não sou tão babaca a esse ponto.
— Quando você vem? – Perguntou Rossi de novo.
— Se eu conseguir outro voo ainda hoje. – Falou Hotch.
— Você é o diretor. – Falou Rossi. – Use o jatinho.
— Ele está em San Diego. – Falou Hotch.
— Posso mandar o piloto te pegar em uma hora. – Disse Rossi. – Ou daqui a meia hora.
— Seria ótimo. – Disse Hotch. – Apesar de eu ser o diretor não tenho o número dele.
— Eu ligo de volta informando. – Disse Rossi.
— Agradeço. – Falou Hotch desligando.
Ele desligou e em seguida recebeu uma chamada de um número bloqueado.
— Diretor Hotchner. – Falou atendendo ao telefone.
— Que bom que atendeu. – Falou uma voz.
— Quem está falando? – Perguntou Hotch nervoso.
— Assim está me ofendendo. – Falou o homem.
— Desculpa não te reconhecer. – Disse Hotchner. – Eu não reconheço babacas.
— Eu sou o homem que está com sua tão amada Penelope. – Disse o homem.
— Desgraçado. – Falou Hotch ao telefone. – Se ousar tocar em um fio loiro dela você estará morto antes mesmo de cair no chão.
— Ela ficaria tão feliz em ouvir isso. – Falou John. – Pena que está dormindo.
Hotch sentiu o rosto umedecer de suor. Ele suava, mas de raiva daquele cretino.
— O que você quer? – Perguntou Hotchner.
— Que tal nos encontrarmos? – Perguntou John.
— Onde? – Hotch Perguntou Hotch.
— San Diego. – Respondeu o homem. – Soube que está vindo para cá. Não quero estragar seus planos de viagem.
— Eu estou indo com o jato do FBI. – Falou Hotch apesar de não ter certeza. – Não tenho como mudar a rota.
— Eu sei que virou diretor. – Falou John. – O que te da plena capacidade de mudar a rota do jato.
— Minha equipe, quer dizer... Minha antiga equipe me espera. – Falou Hotch.
— Eu entro em contato quando chegar em San Diego e se reunir com sua antiga equipe. – Disse John desligando.
— Não. – Gritou Hotch antes de ouvir o click de desligando do telefone. – Filho da puta.
O telefone de Hotch voltou a tocar.
— Escute aqui. – Falou Hotch antes da pessoa falar algo. – Eu aceito o maldito acordo.
— Que acordo Aaron? – Perguntou Rossi.
— Desculpa Dave. – Respondeu Hotch. – Nada importante.
— Ele te ligou não foi? – Perguntou Rossi.
— Agora há pouco. – Respondeu Hotch. – Propôs que eu me encontrasse com ele.
— Em troca do que? – Perguntou Rossi.
— Não chegamos a essa parte. – Respondeu Hotch. – Se ele quer matar a Penelope porque queria se encontra comigo?
— Vai entender essa gente. – Respondeu Rossi. – Talvez queira matar vocês dois. Ou ter controle sobre você pegando a Penelope.
— Eu vou ter controle o suficiente para colocar uma bala na cabeça desse palhaço. – Falou Hotch.
— O jatinho está indo até você Aaron. – Falou Rossi. – Venha e traçaremos um plano.
— Sabe que eu quero liderar esse caso, não é Dave? – Perguntou Hotch.
— Você deveria ficar longe Aaron. – Respondeu Rossi. – Mas eu o quero nele. E vou passar a liderança para você
— Obrigada Dave. – Agradeceu Hotch. – Estarei aí assim que for possível.
Hotch desligou o telefone. Ele se sentou e aguardou o jatinho chegar. Ele buscaria por Penelope onde quer que ela estivesse.
O jatinho pousou 30 minutos depois. Havia parecido uma eternidade para Hotchner esperar tanto. Ele embarcou no jato e ele levantou voo.
— Eu venho por você, Penny. – Falou Hotch na janela.
Ele se lembrou do tempo em que viajava com a equipe e do quanto ele sentia falta daquilo. Não tanta falta quanto Penelope fazia.
San Diego...
Rossi o esperava no aeroporto. Hotch desembarcou e toda a equipe estava por lá junto com Rossi.
— Me atualize. – Exigiu Hotch.
— Ele ligou há dez minutos. – Falou Rossi. – Pediu uma conexão com você e 200 mil dólares para libertar a Penelope.
— Quanto tempo nós temos? –Hotch virou para Rossi esperando uma resposta.
— 24 Horas. – Respondeu Rossi. – Nenhum minuto a mais, nenhum a menos.
— Vamos trabalhar. – Falou Hotch.
— Eu acho que não deveria aparecer na sede da polícia. – Falou Rossi.
— Porque? – Perguntou Hotchner.
— Achamos que ele tem um cumplice no departamento. – Respondeu Rossi.
— Quem? – Perguntou Hotch.
— Aqui não. – Falou Rossi. – No quarto de Hotel.
Hotch segui Rossi até o quarto do Agente.
— Seu telefone. – Falou Rossi.
Hotch deu para rossi que colocou em uma caixa de charutos.
— É a prova de radiofrequência. – Falou Rossi. – Penelope me deu ano passado de aniversário.
— Então podemos conversar agora? – Perguntou Hotch.
Rossi passou um arquivo para Hotch.
— Ele se chama James. É um policial já disciplinado por receber propina há alguns anos. – Informou Rossi.
Hotch se sentou à beira da cama.
— E porque diabos ele iria ajudar a sequestrar a Penelope? – Ele perguntou temendo a resposta.
— Porque John o tem nas mãos. – Rossi passou outro arquivo. - Ele foi processado pela ex mulher em maio. – Disse rossi. – Ela briga pela custódia do filho deles. O dinheiro que ele recebeu é bom o suficiente para comprar qualquer juiz a decidir a seu favor.
— Vadio. – Respondeu Hotchner. – Precisamos interroga-lo.
— Sabe tão bem quanto eu como é o sindicato dos policiais. – Falou Rossi.
— Não me importo com o sindicato. – Falou Hotch levantando da cadeira.
— Então vamos reunir a equipe e começar a traçar um plano. – Disse Rossi.
— E achar o dinheiro. – Respondeu Hotch.
— Vai pagar o resgate? – Perguntou Rossi.
— Só o suficiente para atrair esse cachorro para minha isca. – Falou Hotch. Ele pegou a arma e a preparou.
Hotch iria até o inferno se fosse preciso para salvar sua Penny.
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