Mais que bons amigos. escrita por Any Sciuto


Capítulo 1
Mais que bons amigos


Notas iniciais do capítulo

Alguns vão me crucifixar por Shippar Garcia e Hotchner mas sempre gostei das cenas dos dois juntos. e fiquei imaginando um romance totalmente hipotético.
Perdoem as voltas que isso pode dar, mas quero escrever essa história. Mateo aparece na história porque ele vai ter papel fundamental nessa investigação que vai ser aos moldes do arco dos "Doze Sujos" da 11ª temporada



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Quantico, Virginia.

Sexta-feira, 18H45Min.

 O final de semana estava finalmente chegando. Todos os agentes já haviam ido para casa, apenas Hotchner estava no escritório. Por sorte nenhum caso novo foi passado para eles. Penelope já havia chegado em casa e resolveu ir dormir mais cedo. Aquela semana havia sido realmente infernal. Um caso pior que o outro e poucas horas de sono a deixaram mais cansada do que o normal. O celular ficou ligado para caso algo aparecesse assim ela acordaria rápido. Ela pegou no sono em minutos.

Hotchner estava já saindo quando Mateo o chamou na sua sala. Ele parecia muito mais preocupado que o normal. Hotchner percebeu a urgência e o acompanhou.

— Algo de errado Mateo? – Perguntou Hotchner preocupado.

— Tem muita coisa errada Aaron. – Disse Mateo. – Recebi esse email da Emily na Interpol. Uma célula terrorista se formou nos Estados Unidos.

— Não entendo o que temos a ver com isso. – Disse Hotchner. – Não cuidamos de células terroristas.

— Eles têm uma lista de alvos Aaron. – Disse Mateo. – Alvos que trabalham para o governo federal. – Mateo passou a lista para Hotchner.

— E qual o nosso problema? – Perguntou Hotchner. – A antiterrorismo pode cuidar disso.

Hotchner passou a lista de volta para Mateo.

— Um dos membros da BAU está nessa lista Aaron. – Disse Mateo.

Hotchner pegou a lista de volta. Ele olhou nome por nome até encontrar.

— Por que ela? – Perguntou Hotchner assustado.

— Ela é a pessoa da equipe que está mais em contato com o mundo virtual de todos nós. – Disse Mateo.  – Eles a consideram uma ameaça à segurança deles. Já que ela descobre qualquer coisa se ela precisar.

— O que quer fazer? – Perguntou Hotchner.

— Precisamos agir e protegê-la. – Disse Mateo.

Hotchner se desesperou.

— Eu a mandei para casa sozinha. – Disse Hotchner. – Precisamos ir até lá.

Mateo pegou uma arma e um colete.

— Onde pensa que vai? – Perguntou Hotchner.

— Não temos tempo para chamar a equipe toda. – Disse Mateo. – Se você for eu também irei.

— É arriscado Mateo. – Disse Hotchner. – Mas se formos lá vou chamar o Jack também. Três pessoas são melhores que duas.

Hotchner mandou uma mensagem para Jack encontra-los no elevador. Hotchner e Mateo foram para o elevador e encontram Jack Garrett os esperando.

— Para onde vamos, Hotch? – Perguntou Jack.

— Para a casa da Penelope. – Disse Hotch.

— Por qual motivo? – Perguntou Jack.

— Tem gente querendo machucar ela. – Disse Mateo se intrometendo na conversa. – Ligue para o resto da sua equipe agente Hotchner. Mande nos encontrar lá.

Hotchner, Mateo e Jack seguiram para o apartamento de Penelope.

Mesmo com o celular ligado Penelope não atendeu. Ela estava em um sono tão necessário que não ouvia o telefone tocando.

— Ela não atende o telefone. – Disse Hotchner.

— Tente de novo Hotchner. – Disse Mateo. – E depois tente outra vez.

Hotchner tentou mais duas vezes sem sucesso. Penelope estava em um sono profundo que até não perceberia se tivesse um incêndio.

Ninguém poderia culpa-la por esse sono. Depois de uma semana com casos horríveis, sem dormir dois dias seguidos ela queria mais era dormir. A cafeína havia abaixado e ela realmente apagou.

Hotchner acelerou tudo que podia até o apartamento de Garcia.

— O perigo não é iminente. – Disse Mateo. – Vá de devagar.

— Quantos corpos já encontraram daquela lista? - Perguntou Hotchner.

— Dos quinze nomes já encontramos cinco mortos. – Respondeu Mateo.

— E você ainda diz que o perigo não é iminente? – Hotchner ficou bravo.

— Eu acho que escolhi mal as palavras. – Disse Mateo. – Não queremos que chegue a seis corpos.

Hotchner recebeu uma ligação no telefone.

— Hotchner. – Falou atendendo ao telefone. – Onde?

Mateo olhou assustado para Hotchner.

— Vou mandar uma equipe até ali quando for possível. – Respondeu Hotchner.

Ele desligou telefone e olhou para Mateo.

— Encontraram um sexto corpo. O mesmo M.O. dos corpos encontrados mutilados pela célula terrorista. Mãos e pés cortados deixados ao lado do corpo. Escanearam as digitais e eles têm um nome Analista da NSA Robert Hendricks. 22 anos. Trabalhava com missões em Bagram. Estava de férias nos Estados Unidos depois de seis meses em uma missão contra uma célula terrorista. – Hotchner falou tudo de uma vez.

— Por que esperar ele voltar para os EUA ao invés de mata-lo em Bagram? – Perguntou Jack.

— La ele ficava em uma sala procurando informações. Ele não ia ao campo. – Disse Hotchner.

— Porque eles estão mirando nos analistas se eles não vão para campo – Perguntou Jack.

— As poucas informações que conseguimos juntar sobre os motivos de mirar nos analistas dizem que os alvos escolhidos da lista são os que mais poderiam ter sucesso em encontra-los. – Disse Mateo. – Nem sabíamos desses caras até cinco dias atrás.

—Cinco dias? – Perguntou Hotchner.

—A lista só chegou hoje na minha mesa quando viram o nome da Penelope nela. – Disse Mateo.

Hotchner não teve tempo de falar nada porque eles finalmente chegaram. Só Rossi e Reid conseguiram chegar antes dos agentes na casa de Penelope.

— Ela não atendeu o telefone quando ligamos. – Disse Rossi.

— Vamos entrar. – Disse Hotchner.

Jack e Hotchner seguiram com Mateo, Rossi e Reid escadas acima.

Hotchner bateu na porta de Penelope. Ninguém veio atender a porta. Hotchner encontrou uma chave embaixo do tapete da entrada. Ele abriu a porta do apartamento e os agentes entraram.

Logo que entraram seguiram para o quarto onde Penelope dormia. Hotchner a checou e tocou no ombro dela que deserto imediatamente.

— O que está acontecendo aqui? – Perguntou Garcia.

— Tentamos ligar para você. – Disse Hotchner sentando na beirada da cama.

— Eu realmente apaguei. – Disse Garcia. - Mas eu não entendo o que vocês fazem aqui.

— Você precisa vir conosco. – Disse Hotchner. – Eu explico no caminho.

— Porque eu tenho que ir com vocês? – Perguntou Garcia.

— Eu já disse que eu explico no caminho Penelope. – Disse Hotchner. – Vá colocar uma roupa.

Penélope não entendia, mas obedeceu a ordem de Hotchner e foi colocar uma roupa.

— Faça uma pequena mala também. – Falou Hotchner. – Talvez você precise dela.

Ela colocou algumas roupas dentro de uma pequena mala.

— Eu não vou a lugar algum sem saber o que está acontecendo. – Disse Garcia.

— Temos uma ameaça real à sua vida. – Disse Mateo.

— De quem? – Perguntou Garcia. – Já acabamos com os mercenários que me procuravam.

— Há outras pessoas mirando em você. – Disse Mateo.

— Quem? – Perguntou Penelope.

— Uma nova célula terrorista. – Disse Mateo.

— Não sei nada sobre uma célula terrorista. – Disse Garcia.

— Eles estão mirando em analistas técnicos. – Disse Mateo. – Mirando nos melhores analistas dos Estados Unidos. E você é uma das melhores. Seu nome é o último da lista, mas eles não seguem números.

Mateo mal acabou de dizer aquilo e um cara armado apareceu na porta.

— Abaixa! – Gritou Hotchner jogando Garcia no chão para protegê-la quando o homem abriu fogo através da porta.

Um intenso tiroteio começou. Hotchner pegou Garcia e a colocou atrás de uma parede.

— Não saia daqui. – Disse Hotchner para Garcia.

— Onde você vai? – Perguntou Garcia assustada.

— Tentar abater ele. – Disse Hotchner.

— Ele tem uma AK-47. Senhor. – Disse Garcia. – Essa coisa atira para todos os lados.

Jack, Mateo, Rossi e Reid estavam dando tiros em direção ao homem.

— Se sairmos daqui com vida eu vou descobrir como esse cara passou pelo bloqueio da polícia. – Disse Hotchner. – Deixei dois policiais lá fora.

— Esse cara é durão! – Gritou Jack.

— Ele tem uma AK-47. – Disse Mateo. – Quantos tiros essa coisa dispara por segundo?

— O suficiente para matar a gente. – Gritou Rossi escondido atrás de outra parede.- O apartamento vai ficar em pedaços.

— Isso se a gente não ficar também. – Gritou Jack de volta. – Nossas armas não dão conta.

— Cadê Morgan e JJ? – Perguntou Reid gritando.

— Você não disse que eles estavam vindo Reid? – Gritou Hotchner escondido com Garcia.

Os agentes tentavam sem sucesso disparar alguns tiros no homem, mas nenhum acertava. Era um tiro e tinham que voltar a se esconder.

— Ele vai ficar sem munição! – Gritou Hotchner.

— Espero que sim. – Disse Reid.

— Morte a Mulher! – Gritou o homem.

Os agentes ouviram um tiro vindo de fora do apartamento e viram o homem deixar a arma cair, caindo logo em seguida.

— Estão todos bem? – Gritou Morgan.

— Sim. – Disse Reid. – Mas não posso dizer o mesmo do apartamento.

Hotchner saiu de onde estava e pegou na mão de Garcia. Ela estava muito assustada com aquilo.

— Você está bem, Penelope?  - Perguntou Morgan Dando um abraço na amiga.

Ela não conseguia nem falar de tão assustada.

— Vem comigo. – Disse Morgan. Ele a levou para fora do apartamento. – Quando tudo isso acabar vamos arrumar seu apartamento do jeito que estava.

Ele a colocou no utilitário dele. Hotchner entrou atrás com Mateo e Morgan.

— Vamos acompanha-los até o FBI. – Disse Hotchner.

— Seria maravilhoso. – Disse Morgan.

Morgan ligou o carro e eles partiram para a sede. Hotchner olhava para trás observando um carro que os seguia por alguns minutos.

— Algum problema Aaron? – Perguntou Mateo.

— Aquele carro azul nos seguindo há dez minutos. – Disse Hotchner mostrando para Mateo que se virou junto com ele.

— Estamos quase chegando em Virginia. – Disse Morgan.

Garcia estava dormindo no carro. Ela realmente estava cansada. O carro azul que os seguia passou a frente e deu uma freada brusca. Morgan tentou dar a ré, mas nem ele conseguiria sair daquele lugar sem causar ao menos um acidente. Era um lugar perigoso.

Havia um barranco em um dos lados da estrada. As portas do carro da frente se abriram. Morgan fez uma oração e mandou todos colocarem os cintos. Ele conseguiu passar pelo carro que trancava a estrada e eles seguiram viagem.

— Estão todos bem? – Perguntou Morgan.

— Estou enjoada. – Disse Garcia.

— Menos mal. – Disse Morgan.

— Tirando o susto, estou bem. – Disse Hotchner.

— Onde aprendeu a dirigir assim Agente Morgan? – Perguntou Mateo.

— No FBI. – Respondeu. – Vamos seguir viagem.

Eles ainda tinham um pedaço de estrada que passava pelo barranco. Morgan avistou um carro vindo a toda na direção deles. Ele tentou desviar, mas não conseguiu superar e acabaram caindo.


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