Vampiro: O Prelúdio da Máscara escrita por Klabazaus


Capítulo 3
Azar deles, Sorte minha.


Notas iniciais do capítulo

Anteriormente em Vampiro: O Prelúdio da Máscara: Vladimir foi apresentado e já de cara é derrotado pelo Gangrel misterioso. Isso deixa Vladimir irado e o mesmo jura que jamais será derrotado novamente.



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‘’Use adequadamente o dinheiro ou então não use. ’’

Azar deles, sorte minha.

James, do clã Tremere

Estava totalmente escuro. Conseguia ouvir apenas o barulho de pés batendo no chão próximo de mim, vozes fazendo murmúrios parecendo gritos silenciosos, todos ao meu redor usando vestimentas brancas cobrindo totalmente seu corpo. Todos começaram a dar as mãos e andar em círculo. Eu estava no centro. Comecei a sentir que o chão começava a tremer, uma estátua estava emergindo do solo. A estátua, era de uma mulher que parecia ter no mínimo uns trinta anos, era belíssima sua arquitetura. Observei que junto à estátua havia dois objetos um em cada mão da ‘‘mulher de pedra’’.  A mão esquerda possuía um cálice de prata que tinha pequenos detalhes em vermelho, parecia com Rubis. A mão direita estava segurando um colar com um pequeno pingente vermelho.

Kairos: Aproxime-se, James.   – Fui a sua direção observando que todos em volta já tinham parado de andar em círculos, deduzi neste ponto que o movimento que faziam e o que diziam deveria ter alguma relação com a estátua. Quando cheguei próximo do ancião e líder do clã percebi que seus olhos castanhos como de costume, estava totalmente puro vermelho.

James: Estou aqui meu mestre. – Falei olhando diretamente em seus olhos.

Kairos: Hoje, faz cinco anos que você se tornou um de nós. Como nossa maior tradição é necessária que você cumpra o seu ritual de passagem como já foi te informado momentos passados. Após isso, levárei-lo para ser apresentado diretamente ao príncipe e ingressar de acordo com as leis da Camarilla. – Fiquei apenas observando enquanto meu mestre falava. Fiz um pequeno gesto de concordância com a cabeça afirmando que  havia compreendido todo o meu papel.

James: Qual é o meu Ritual senhor? – De fato queria cumprir meus deveres rapidamente. Já se fazia cinco anos que não andava novamente pelas ruas, não sentia a briza suave do mar, ou até mesmo beberia um belo saquê. O clã Tremere tem tradições bastante rigorosas e uma delas é que a cria mais nova não pode ser vista fora das instalações Tremere. Até um tempo apropriado. O meu tempo foi este, cinco anos. Mas, existem Tremere’s que estão ‘’presos’’ até hoje. Talvez não conseguissem se controlar durante o abraço. E além do mais eu precisava sentir o que é o sangue verdadeiro. Até então eu só possuía sangue de humanos em pequenas doses, para não perder o controle. Acredito que o controle é a forma essencial para manter uma pose correta. Entretanto, permaneci com um de meus vícios humanos: O dinheiro. Meu Deus, o que é que o dinheiro não pode comprar? É pelo dinheiro que existem os maiores prazeres do mundo: às guerras, discussões políticas e em minha opinião à alegria. E se você possuir todo o dinheiro do mundo, você será dono dele.

Kairos: Pegue este cálice atrás de ti. – Fui em direção à estátua e com cuidado peguei o cálice da mão esquerda. Kairos pega o cálice da minha mão e um dos membros vestido de branco vem na direção do mestre trazendo uma adaga e a entrega a Kairos. O mestre abaixa a manga do vestido e coloca seu braço pra frente e devagar com o cálice abaixo do braço começa a despejar gotas de sangue. Observo atentamente tudo aquilo me perguntando o que ele fará em seguida.

Kairos: Prepare-se, James. – Kairos recolhe o braço sangrando e passa o cálice e a adaga para outro membro que no mesmo instante faz o mesmo que o líder e assim segue por cada pessoa ali presente. Kairos vai até o último que depositou seu sangue dentro do cálice e com um dedo começa a girar o sangue e diz:

Kairos:—TAUMATURGIA-

O sangue começa a borbulhar e para. Ele vem até onde estou novamente e aponta o cálice para mim

Kairos: Beba! – Pego de sua mão e sem atavios bebo todo o líquido do cálice. Havia variedades de sabores ali. Uns eram doces, outros salgados, outros eu nem conseguia adivinhar que sabor possuía. Mas eu continuei a beber sem fazer frescura ou algo do tipo. Tomei até a última gota.

James: O que vem agora? – Kairos aproximou-se e disse:

Kairos: A partir de agora você é oficialmente membro do clã Tremere. Tudo que fizer nós saberemos tudo que falar nós saberemos. Esse sangue que corre agora em suas veias são os sangues de todos aqui presentes, nós Tremere, temos que ter um laço de sangue com cada membro do clã para casos contra: Roubo de informações, quebras de princípios e para que não quebrem a honra do clã. Caso isso aconteça iremos intervir no mesmo instante. Mas não precisa temer, não iremos usar isto contra você a não ser que mereça. Temos ética. Parabéns, bem vindo ao clã.

Eu já esperava que fosse algo relacionado a isso. Estava muito na cara, mas como são princípios jamais negaria. Eu tenho uma boa convivência com o meu clã e os Tremere em si sabem viver juntos. Uns compreendem os outros.

James: Mas, e aquele colar que ainda está na estátua na mão direita? O que significa? – Aquilo me deixava curioso.

Kairos: Já iria chegar neste ponto. Aquele colar cada um de nós possuímos. Existem diversas linhas taumatúrgicas que são sua fonte de poder. Existem às linhas: do sangue, elementais, espirituais, animais e etc. A sua eu mesmo escolhi.

James: E qual será? – Acho que teria de estudar sobre essas linhas taumatúrgicas. Desde que tinha ingressado como vampiro e como membro Tremere, jamais tinha escutado qualquer coisa sobre isso, e durante os treinamentos diários eu sabia que possuía habilidades, mas isso agora era assunto novo.

Kairos: A linha do fogo. É uma linha usada para a batalha. O fogo é a única coisa que é realmente perigosa para um vampiro. Com o fogo você aprenderá seus caminhos, mas lembre-se: Não é porque você está na linha do fogo que você estará a salvo dele. E fique tranquilo, em breve quando ingressar na Camarilla poderá ter um treinamento adequado com membros da linha do fogo.

Kairos pegou o colar e entregou na minha mão. Coloquei-o no pescoço e deixei por debaixo da camisa para guarda-lo e não perder. Assim que coloquei o colar a estátua começou a entrar novamente pelo solo e aos poucos foi sumindo. Quando sumiu por completo a luz voltou a entrar na capela dos Tremete e alguns membros começaram a desmaiar. Pareciam que estavam exaustos e que desde aquele momento estavam concentrando sua energia para manter a estátua ali aquele tempo todo.

James: Mestre Kairos, quando poderei ir alimentar-me? Estou faminto e gostaria de saciar-me

Kairos olhou para mim e com a mão fez um sinal de ‘’vá’’. Sem perder mais tempo fiz o que ele ordenou. Sai da capela, nossa, quanto tempo esperei por isso. Olhei para o céu pela posição que a lua estava no céu deveria ser 2h ou 3h da madrugada (havia apreendido pouca coisa sobre essa tal de ‘’astrologia’’ em livros do meu clã) Não sabia por onde começar, mas sabia como voltar aqui para a capela, minha memória sempre foi boa para decorar locais. Comecei a andar reto em direção a alguma cidade. A capela eu ouvia outros membros dizendo que ficava situada numa floresta próximo de uma cidade com poucos habitantes. Bem, situada na floresta ela já estava. Agora só faltava encontrar esta tal cidade.

Continuei andando em direção reta até ouvir pequenos barulhos de cavalos andando. Rapidamente me escondi atrás de uma árvore, até então não tinha sentido cheiro de nenhum humano próximo das redondezas, mas já que havia um cavalo logo haveria humanos. Sai de trás da árvore e voltei a andar. Segui os rastros de onde o cavalo vinha e pude chegar numa entrada de uma cidade. A cidade estava deserta, afinal era de madrugada. Realmente possuía poucas casas nas redondezas. Olhei até onde meus olhos conseguiam enxergar pelo horizonte e não contei mais de vinte casas. Fui à que estava mais próxima de mim, o cheiro de humanos estava perfumando o ar onde eu estava. Antes de invadir a casa achei mais viável observar pela janela se ninguém estava acordado. Olhei e havia uma mulher, aparentava ter vinte e cinco anos, morena, cabelos pretos e a pele deveria ser macia. Ao seu lado, qualquer insignicante. Estava focado nela, não conseguia mais raciocinar queria entrar e sentir seu sangue, nada mais importava naquele instante eu estava literalmente morrendo de fome.

Abri devagar a porta da casa dela, olhei em volta vi uns equipamentos como pá, martelo e outros artifícios de construção. Deduzi que o homem era algum construtor da cidade. Ao fundo da casa, estava uns pedaços de algodão e algumas roupas rasgadas. A mulher com certeza era costureira. Fui devagar e calmamente, apesar de toda a fome que sentia eu tinha que continuar pensando e agindo com calma. Não poderia ser visto ou fazer alguma idiotice parecida. Kairos havia me ensinado às regras da Camarilla e eu não gostaria de quebra-las. Cheguei o mais próximo que pude deles.

James: - AUSPÍCIOS –

Meus sentidos haviam aumentado, essa habilidade me deixava mais sensitivo a tudo ao meu redor. Não era nem comparada a dos membros antigos do clã que conseguiam sentir presenças a km de distância, mas, para aquele pequeno pedaço dava para alguma coisa. Fui em direção à mulher e já pude ouvir seus batimentos cardíacos, dormia tranquilamente. Olhei para o outro irrelevante e parecia um animal bêbado, parecia que tinha tido uma noite longa e festiva. Cheguei bem próximo do pescoço da mulher e passei devagar a língua no seu pescoço e aquilo só me deixou com mais fome. Rapidamente cravei minhas presas em seu pescoço e fiquei prestando a atenção no outro caso acordasse. A mulher abriu os olhos por um segundo e rapidamente eu parei de me alimentar.Ela olhou para o lado onde eu estava..

James— OFUSCAÇÃO –

Disse baixo desta vez para que ela não me escutasse. Usei uma habilidade onde eu poderia ficar ‘’invisível’’. Como estava escuro o ambiente isso só foi um ponto positivo para mim. Meu poder ficava mais eficaz no escuro. Eu percebi que ainda sim precisava treinar mais para poder aperfeiçoar meus poderes que ainda não eram bons o suficiente. Ela voltou a dormir pro lado que estava. Eu sabia que não tinha voltado a dormir completamente, conseguia sentir seus batimentos cardíacos. Droga, infelizmente eu não estava saciado. Mas, não queria estragar tudo.

Resolvi que era melhor sair e encontrar outra casa mais propícia para terminar de me alimentar. Quando fui em direção à porta pude sentir que havia pessoas do lado de fora. Quem estaria madrugando este horário? Não poderia ser outro vampiro, eu saberia. Tinha cheiro de humano. Olhei para a janela, acho que era a melhor saída. Fui calmamente e devagar usando ofuscação até a janela (cada vez que usava alguma habilidade sentia que a fome só estava aumentando. Acho que era uma das consequências de usar esses poderes). Abri devagar, e consegui sair. Eram dois homens vestidos de guardas, usando roupas do exército romano.

Guarda: Tem certeza que viu alguém por aqui Mathias?

Mathias: Mas é claro, estou com sono, mas tenho certeza absoluta no que vi!

Guarda: Olha cara, vamos embora deixe que Milton e Jane durmam em paz.

Mathias: Talvez você tenha razão. Preciso ir descansar mesmo. Consegue cobrir o meu turno, fico te devendo uma! – O guarda faz uma tosse falsa

Guarda: Mais uma. Você quer dizer né?

Enquanto eles ficavam conversando abaixei a janela para fecha-la novamente e dei a volta pela casa indo embora. Por hora tinha me dado bem. Precisava me alimentar só mais um pouco não conseguia pensar em outra coisa de maneira sensata e racional. Fui em direção a uma casa um pouco mais afastada do último casal. Usei o mesmo artifício de olhar pela janela e ver quem estava. Era uma mulher mais velha, duas garotas aparentando 15 a 16 anos e um homem mais velho. Acho que essa família daria para esgotar a fome por hora. Tentei abrir a porta, mas estava trancada. Dessa vez eu precisaria escalar um pouco a casa para poder entrar por uma das janelas que estavam mais acima dos fundos da casa. Subi devagar e por sorte estava aberta. Entrei. A casa era totalmente suja, diferente do outro casal este aqui deveriam ser pobres do bairro. Não importa. Igual a ultima casa, resolvi olhar rapidamente e encontrei sobre uma mesa três moedas de ouro. Deduzindo o quão ruim estava à condição da casa aquilo seria tudo de dinheiro que eles possuíam. Coloquei o dinheiro no bolso, não resisti é mais forte do que eu. Azar deles, sorte minha. Desci a escada em direção onde todos estavam dormindo e fui à mãe que deveria possuir mais sangue do que as garotas. Estava certo. Dessa vez, tive nenhum problema com ninguém acordando. Talvez estivessem todos cansados. Voltei o caminho todo e sai pela janela para que não fosse visto novamente. Seria muito azar.

Comecei o caminho de volta para a capela. Olhei para o céu para certificar-me que hora estava mais ou menos e fui pego de surpresa. Já estava amanhecendo. Comecei a correr, se o sol me pegasse seria feio. Corri e corri e não cheguei à capela, o sol estava se formando e clareando tudo atrás de mim ao fundo vi a capela e precisei apertar o passo. Quando estava quase chegando à capela resolvi olhar para trás para ver se faltava muito para o sol me acalnçar... Meu pior erro. O sol havia me alcançado, queimou todo o meu rosto.

Ardia e queimava muito. Nunca havia sentido tanta dor como aquela. A sensação era como se você chutasse um prego 1000 vezes e depois jogasse algo azedo na ferida e mesmo assim não doía como ser queimado pelo sol. Entrei na Capela e Kairos estava parado encostado na parede.

Kairos: Como você está James? – Disse com um tom irônico. Respondi tentando ser calmo

James: Ahn.. Bem..

Kairos: Deixe-me ver estas feridas. – Ele parecia que não estava nada contente com a situação. Será que eu havia cometido algo errado?

James: É grave? – Kairos suspirou e soltou o meu rosto.

Kairos: Parece que isso dará uma bela cicatriz em seu rosto. Melhor amanhã antes de ir para a  Camarilla você esconder isto. Use algo para cobrir e vá descansar. Acho que foi um dia longo para ti.

James: Claro, meu senhor – Doía pra caramba, nem sei como estava respondendo calmo.

Kairos: Deixe-me ao menos amenizar para que você possa descansar esta noite. Se não com certeza ficaria agonizando até a morte com isto. Preste mais cuidado garoto. – Kairos falou desta vez com um tom sério.

Passou a unha sobre a ferida e ali naquele instante eu soltei um grito

James: Arghhhhhhhhhhhhh – Meu Deus, era como se fizesse tudo aquilo no prego, jogasse limão e alguém ainda desse uma martelada no seu pé. Como doía.

A queimação começou a dar uma diminuída. Já era mais ‘’controlável’’ a dor que sentia. Depois daquilo resolvi ir dormir sem ao menos me despedi, acho que ele compreenderia, estava morrendo. Literalmente.

Levantei-me. Deve ser quase 18h da tarde. Resolvi tocar na minha pele e estava viscosa. Droga precisava cobrir essa ferida. Abri o meu guarda-roupa e peguei um capuz como Kairos tinha dito. Eu estava ridículo. Sai do meu quarto e fui em direção ao centro da capela. Todos assim que adentrei começaram a dar pequenas risadas. Um dos meus amigos que estava treinando comigo quando fui abraçado: Peter Herry, que não gostava do seu nome e preferia ser sempre chamado de PH chegou até mim.

PH: Olá James, soube que andou indo à praia. Hahahahah. – Ele sempre se achava super engraçado, mas todos ali não aguentavam suas piadas. Eu ainda não sabia como conseguia ser amigo desse cara.

James: Ah é, me ferrei cara.

PH: Tudo bem acontece até com os piores dos piores. Mas enfim, soube da última? – PH era sempre informado. Na maioria das vezes era sempre ele quem dizia o que acontecia fora da Capela para nós.

James: Lógico que não conte.

PH: Parece que o príncipe enviou um Corvo para o Kairos. – Fiz uma cara de ‘’e, aí?’’.

James: E, aí?

PH: Haverá uma caçada de sague. – Fiquei surpreso. Kairos já havia nos contado sobre o que era uma caçada de sangue, contou que se um vampiro ousasse quebrar uma das máscaras sofreria consequências e estás consequências seria uma caçada de sangue.

James: E o que tem de preocupante isso? – PH deu um tapinha no meu ombro e disse próximo do meu ouvido me afastando um poucos dos outros.

PH: Amigo, você será apresentado hoje ao príncipe e ele prepara uma caçada de sangue. Você é realmente um cara de sorte – Eu não via sorte nenhuma nisso e nem nada de mais.

James: Ah sim, como não percebi isso. Sou muito estupido. – PH riu e resolveu ir tomar a dose diária de sangue. Fiz o mesmo. Nunca é de mais né.

Era quase umas 22h da noite quando Kairos se aproximou até onde eu estava. Eu fiquei permanecendo lendo um pouco sobre as habilidades que eu possuía e ficava mentalizando como poderia usar isso a meu favor futuramente em ocasiões importantes.

Kairos: Está na hora, vamos! – Ele permanecia novamente com aquele tom de seriedade. Respondi de maneira seca também.

James: Claro.

Kairos: PH, quero que você venha também. Darei uma missão para você e James. Será a primeira missão de vocês como vampiros da Camarilla e membros do clã Tremere.  – PH levantou na hora, estava fingindo que estava lendo também, mas estava só rabiscando uns livros. Eu fiquei curioso, primeira missão após ser apresentado ao príncipe. Isso me cheirava a algum teste.

PH: Opa, mas é claro meu mestre. Uma ordem sua e do príncipe sempre será bem vinda é claro que eu irei resolver e cumprir a missão de qualquer maneira e...

James: Certo, vamos. – Se eu não cortasse o PH, ele ficaria a noite toda falando.

James: Por qual caminho devemos ir mestre? – Kairos olhou para mim e para a cicatriz e fez um sinal para cobrir melhor.

Kairos: Deem suas mãos para mim – PH e eu levantamo-nos e demos nossas mãos ao mestre.

Kairos:— RAPIDEZ-

Em um segundo tudo virou um borrão, eu senti até um pequeno enjoo na hora que senti tudo isso. Mas quando me deparei estava numa sala totalmente limpa. O chão dava até para ver o meu reflexo, os pilares que sustentavam a sala eram brancos e totalmente limpos. Eu conseguia ver o meu reflexo em tudo. Estavam como eu passando muitas pessoas usando capuz. Olhei para meu mestre e ele só olhava para frente, seus olhos castanhos ficavam vermelhos, constantemente. Como se pressentisse perigo ou algo do tipo. Olhei para PH, parecia que estava muito enjoado. Dava vergonha aquela cena.

PH: Acho que vou vomitar... – Kairos só levantou PH segurando seu braço

Kairos: Nem ouse.

Eu estava sentindo um mau pressentimento ali também. Por todos que passávamos ficavam nos olhando como se esperassem algo. Tinha vampiro de tudo que era jeito. Uns ficavam num grupo falando com uma parede e usavam roupas totalmente diferentes do comum ali. Outros ficavam colocando a mão na espada e tirando a mão constantemente e outros ficavam em um grupo de vampiros altos e bastante musculosos. De repente o cheiro começou a ficar ruim e diversos vampiros que pareciam estar mortos de verdade começaram a entrar pela porta principal. Era horrível aquela cena.

PH: Nossa, são Nosferatus. – Kairos colocou a mão no rosto e disse:

Kairos: Não aponte, não queira começar uma guerra aqui garoto.

Depois de ver aquela cena ridícula fiquei olhando e observando em volta toda a riqueza que este lugar possuía. Deduzi que a Camarilla deveria ter algum meio de conseguir bastante dinheiro para manter aquela arquitetura. Esses pensamentos me deixaram excitado.

Um homem entrou pela porta, possuía olhos bastante azuis e seus cabelos brancos eram enormes e atrás de suas costas havia uma espada. Suas roupas pareciam um pouco amarrotadas como se saísse de uma confusão há pouco tempo. Kairos olhou para o jovem vampiro que entrava e virou-se para mim

Kairos: Aqueles rapazes não confiem nele. Jamais! – PH, depois das palavras de Kairos cerrou os olhos e ficou encarrando o vampiro de cabelos brancos.

James: Por que mestre?

Kairos: Um pequeno pressentimento.

Em seguida outro entrou no salão. Um pouco mais alto que o de cabelos brancos, mas esse que acabava de entrar fisicamente parecia ser bem mais forte e estava certamente com a roupa toda rasgada e suja. Olhava para todos os lados como se procurasse algo. E todos ao seu redor pararam o que estavam fazendo e começaram a observar o vampiro que acabava de entrar chamando a atenção no recinto. Ele estava vindo em nossa direção quando foi atraído por outra coisa, ele estava agora indo em direção ao vampiro de mãos brancas e enquanto se aproximava eu pude perceber que fechava os punhos como se fosse tentar ataca-lo.

Vladimir: Ei, gangrel estúpido! Encontrei-te! – O rapaz de cabelos brancos estava parado encostado em um dos pilares olhando para o outro lado da sala. Olhei para o lado onde o vampiro observara e lá estava um que parecia muito com ele. Sua pele era branca, seus olhos eram claros, mas não tão claros como do outro e seu cabelo era um pouco mais escuro. Observei a roupa que usava e era idêntica a de Kairos. Chutei a dizer que aquele era um dos líderes do clã do vampiro de cabelo branco.

Gangrel: Ora, parece que o fraquinho quer levar outra surra. – Assim que o vampiro de cabelos brancos disse essas palavras o outro vampiro mais forte pegou-o pela camisa e o levantou do chão.

Vladimir: Deveria te matar aqui mesmo. – Quando ele diz essas palavras, todos os vampiros da sala se levantam e olham em direção aos dois.

PH: Mestre, por que todos estão olhando para eles? – PH sussurra próximo do ouvido de Kairos.

Kairos: Parece que aquilo caso acontecesse, seria uma feia quebra de máscara.

O vampiro maior parecia nem se preocupar com isso. De repente tudo ficou claro, um vampiro vestido de terno adentrou a sala. Seu terno era totalmente preto e fumava o que parecia ser um charuto. E num piscar de olhos parou diante os dois que chamavam a atenção de todos, e todos que observam a briguinha dos vampiros se curvou ao homem misterioso.

Kairos: Curve-se, é o nosso príncipe. Rapidamente PH e eu nos curvamos juntamente com Kairos.

Príncipe: Meus jovens, como vocês se sentiriam se chegassem duas baratas achando se importantes na casa de um anfitrião que possui mais de quinhentos anos?

Depois destas palavras o que aparenta ser o líder do clã do de cabelo branco vem até o príncipe

Feegus: Meu senhor perdoe Magus, está criança não sabe o que faz ainda. Tomo total responsabilidade sobre seus erros. – Magus permanece em silêncio.

Aparece outro que também está usando as vestimentas de líder, esse é tão forte fisicamente como o vampiro que segurava Magus.

Akel: Vladimir, seu burro. Saia daí ou mesmo te mato seu inútil.

Vladimir: Droga, o velhote esta aqui.

PH estava um pouco escondido sobre Kairos e eu estava um pouco a frente observando tudo apenas em silêncio.

Príncipe: Trataremos deste assunto depois. Por hora, entrem no salão principal. A partir de agora, iniciará a caçada de sangue.


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Notas finais do capítulo

Finalizado o episódio de hoje onde foi a apresentação do James pessoal. Espero que tenham gostado!



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