Syren escrita por LilyCarstairs, Carolyn


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores do meu coração, esse é o penúltimo capítulo. :(
Espero que estejam gostando até aqui, e que curtam o finalzinho dessa história. A gente deu o nosso melhor e ficamos muito felizes com todos os comentários e feedbacks que nos deram!
Boa leitura!



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POV KYERA 

Fazia uma semana desde que chegamos em Santa Monica, a família de Dylan foi extremamente acolhedora comigo e com minha irmã, Skye. Minha mãe estava passando dos limites arranjando um casamento para ela sem o seu consentimento, eu não podia deixá-la.   

Dylan também estava me ajudando a encontrar Sylena, ela sabia o quão cruel o clã podia ser com relação às regras estúpidas. Só espero que ela possa me ajudar.  

Conseguimos o endereço de um hotel, mas ela não estava mais lá. Com um pouco de persuasão, a recepcionista nos deu o telefone de contato que Sylena tinha usado.   

Avisei que estávamos em Santa Monica, e para minha surpresa, ela estava na casa de Lily. Marcamos de nos encontrar em sua casa, assim poderia conhecer meus "primos " também.  

Ao tocar a campainha, Sylena apareceu com um olhar ansioso.  

— Kyera. – ela me abraçou forte.  

— Senti sua falta. – Sylena tinha sido a grande responsável pelo meu namoro dar certo, me ajudando a sair da ilha para encontrar Dylan várias vezes.  

— Eu também, querida. – sorri. – É verdade que você abandonou o clã? Onde está a Skye?  

— Sim, aquilo estava parecendo mais uma prisão. – dei de ombros. – E Skye está com os pais de Dylan, eles a adoram – me lembrei de Amy dizendo que tinha agora tinha duas garotinhas para fazer compras com ela - Eles são pessoas incríveis.  

— Acho que ou o clã aprende que o mundo está evoluindo... Ou ele acabará. – falei. 

— Às vezes, as regras são meio arcaicas e sem sentido. Continuo amando minhas irmãs, mas ainda assim... - Sylena concordou. 

— Minha mãe passou dos limites, ela arrumou um casamento para Skye e nem perguntou a nossa opinião.  

— Vou conversar com a Lily. Tentaremos mostrar para as mais velhas que isso é loucura. Não estamos mais em 1900.  

— Não tem mais condições de ficarmos ali, tem várias meninas querendo sair também. – eu amava Jost Van Dyke, mas precisava ser independente para tomar minhas próprias decisões.  

— Vou apoiar todas vocês. – falei. – Com o tempo, podemos até mesmo criar um lugar para o clã perto do píer. – a ideia era maluca, mas não improvável, muito menos impossível.  

— Minha mãe vai nos matar se descobrir, mas podemos tentar.  

— Eu me acerto com ela. – sorri.  

Começamos a conversar sobre as meninas, o clã e como as coisas mudaram desde que fugi. No fim, Sylena garantiu que nos ajudaria. Tentaria fazer nossas irmãs nos darem mais liberdade. Espero que sim, afinal, não sou a única que acha um absurdo todas aquelas regras idiotas.  

  

POV ALYCIA  

Estava terminando de guardar minhas coisas na mala, ainda hoje estaria me mudando para a casa do meu pai.  

Hailey não disse nada, mas havia magoa em seus olhos quando contei minha decisão. Riley está brava comigo, não sei se pela mudança ou pela conversa com Sylena.  

Dei uma última olhada naquele quarto que havia sido meu refúgio por tanto tempo e desci para a sala. Ryan viria para me ajudar com a mudança, já que meu pai não era bem-vindo nessa casa.  

Riley estava sentada no sofá de casa, de braços cruzados. Quando me aproximei, trocamos um olhar.  

— Você está mesmo indo morar com aquele mentiroso? – ela perguntou. - Ela é sua mãe. E não teve escolha. Nosso papai querido traiu as duas por ser um egoísta.  

— Ela não é minha mãe, e não me importa quais foram os motivos dela ou se papai traiu alguém. Ele ainda é o meu pai e ela ainda me abandonou. – já estava cansada daquela ladainha de “ela é sua mãe”. - Você só está brava por causa do Henry, então pare de ser uma vaca sobre isso.  

Notei que minhas palavras acertaram Riley como um tapa.  

— Não acredito que disse isso! – ela gritou. – De todas as pessoas no mundo, justo minha irmã! Quer dizer, meia irmã.                          

— Menos Riley, pare com todo esse drama que nem tem tanto a ver com você. – gritei. – Eu que deveria estar chorando e odiando todo mundo, seus pais só estão se divorciando. – Riley estava começando a me irritar de verdade.                          

— Ally, eu não pedi para isso acontecer. – ela respondeu, agora sussurrando. – Eles são minha família. Nossa família. Tudo está desmoronando, e nem juntas ficaremos...                          

— Também não pedi nada disso, eu não queria uma nova mãe e não queria ser sereia. Mas nem tudo é como queremos e não adianta nada esse ódio cego pelo papai. Ele ainda é nosso pai e ama a gente, não tome as dores de Sylena ou Hailey. – respirei fundo. – E já esperávamos nos separar Ry, só aconteceu um pouco mais cedo.  

Ela me puxou para um abraço apertado.  

— Cale a boca e prometa que ainda vamos nos ver, sua idiota. – pediu. 

Às vezes, nossas brigas eram malucas assim. Em um segundo, gritávamos, no outro, estávamos abraçadas. 

— Vamos nos ver todos os dias sua chata. Eu te amo. – iria morrer de saudades dela, mas essa já não era a minha casa.                          

— Eu sinto muito que mamãe... Quer dizer, eu nem sei mais quem considerar minha mãe. – ela disse. – E eu quero muito bater no papai. Como pôde mentir tanto tempo para nós?                          

— Eu conversei com ele, e não vou tomar partido nisso. Não é minha briga. – dei de ombros. – Você deveria falar com ele também.                          

— Um dia, talvez. – respondeu. – Não hoje. Acho que só pioraria.  

Riley encarou o chão.                          

— Você só ouviu o lado da Sylena. – lembrei gentilmente. – E não deixe que isso apague os momentos bons. Ele sente a sua falta.  

Ela concordou com a cabeça, parecendo pensar sobre isso, mas não respondeu.  

Ficamos em silêncio, sentadas lado a lado, até Ryan bater na porta.  

Depois de colocarmos as malas no carro, Riley me abraçou mais uma vez. Eu nunca tinha ficado tão longe da irmã que até alguns dias atrás pensava ser minha gêmea. Isso era o mais difícil.  

Ela acenou enquanto o carro se afastava.  

Ryan não disse nada durante o trajeto, mas segurava a minha mão enquanto eu me controlava para não chorar. Só esperava que as coisas dessem certo daqui para frente. 

  

POV RILEY 

Quando Ally se afastou, senti parte de mim indo embora. Sempre achei que fôssemos gêmeas, sempre senti uma ligação especial com ela. Era muito estranho saber que papai colocara isso na nossa cabeça para esconder a traição dupla. E pior ainda notar como Sylena e Hailey eram parecidas.  

Entrei em casa, ainda meio sem rumo. Sentei no sofá. A verdade viera a tona há algum tempo, mas o tempo não a tornou mais fácil. Eu ainda não sabia como lidar com o sentimento que desenvolvi por Sylena.  

Meu telefone tocou, trazendo-me de volta para a realidade. 

— Henry. – falei.  

— Oi, meu amor. – ele respondeu, mas não disse o motivo da ligação. 

Lembrei que conversamos sobre ele ficar, fazer a mãe desistir de toda essa ideia de voltar para o clã. Henry dissera que me ligaria assim que obtivesse uma resposta de Taylor. 

— Conversou com ela? – perguntei, ansiosa. 

— Sim. – ele disse. Seu tom de voz não me tranquilizou. – Ela está decidida, mas tia Sylena tentará conversar com ela. Tyler também não quer abandonar a vida aqui... 

Silêncio. 

— E eu não quero te deixar. – ele concluiu. 

— Não tem um meio de me transformar em uma sereia? – questionei. – Nos filmes, sempre conseguem. 

Henry soltou um riso. 

— Até tem. – informou. – Mas isso provavelmente acabaria matando alguém. 

— Como assim? 

— É um tipo de ritual. Perigoso. Não vou deixar que se arrisque. Se não pudermos continuar juntos, quero que seja feliz com outra pessoa. 

Aquilo parecia uma despedida. Não gostei daquelas palavras, mas eu entendia o que Henry estava dizendo: se Sylena não convencesse Taylor a ficar longe do clã, perderia meu namorado – e, possivelmente, a própria Sylena. 

Depois de desligar o telefone, continuei pensando nisso. Não estava pronta para perder mais pessoas na minha vida. 

Acabei dormindo para evitar esse pensamento. Deitei no grande sofá da sala de estar e cochilei. 

Papai me acordou, ao me ligar. 

— O que você quer? – respondi.  

— Eu queria saber como você está. Soube do que está acontecendo com Henry, sinto muito, pequena. 

Não acredito. Ele realmente estava me ligando para conversar sobre minha vida? 

— Espero que esteja feliz. – respondi. – Porque eu não estou, graças a você e sua traição idiota. 

— Não seja cruel, Riley. Não é por minha causa que Taylor está indo embora e você sabe disso. – ele soou magoado – Eu errei em mentir para vocês, mas isso não é culpa minha.                         

— Tudo bem. – respondi. – Você pode até ter convencido Ally, mas não consegue me enganar. Não venha bancar o cão arrependido. 

— Ok Riley, se você não quer mais falar comigo, não irei insistir. Você e a sua irmã são as duas coisas mais importantes da minha vida e realmente me dói que você não queira nem falar comigo. – ele fez uma pausa. – Eu espero que as coisas com Henry deem certo, se eu puder fazer algo é só me dizer. Eu te amo, não esqueça disso.                         

— Ok. – respondi, um pouco menos irritada. Eu queria acreditar nas palavras dele, mas papai já mentiu tanto. 

— Se mudar de ideia, posso arranjar um quarto para você aqui. – ele disse. – Mesmo que seja para o fim de semana. 

Desliguei o telefone. Os olhos cheios de lágrimas. Será que um dia conseguiria perdoá-lo pelo que fez? Não só comigo, mas com mamãe, Sylena e Ally...                         

Senti alguém mexer nos meus cabelos. Hailey.                         

— Não chore meu amor, vai ficar tudo bem.                         

Eu a abracei. Era bom tê-la ali, apesar de tudo que passamos e todas as discussões... Era minha mãe. 


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Notas finais do capítulo

Lembrando que opiniões são bem-vindas, então comentem, favoritem e recomendem. Isso nos anima bastante. Até o último capítulo. :)



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