O Coelho da Lua escrita por Mauschen
Notas iniciais do capítulo
Glossário.
Bonjour - Bom dia.
désolé - desculpe
bâtard - bastardo
Non! Espèce de bâtard! Fils de... - Não! Espécie bastarda! Filho de ...
Le chiot a ri de la confusion... -O cachorrinho riu da confusão ...
As ruínas do Tibith. Os prédios são pequenos e colados, construídos na intenção de ser um labirinto provavelmente. As casas do centro foram completamente destruídas pelo fogo, deixando apenas uma mistura de cinzas e lama, as construções mais a sudeste não parecem tão ruins, mas alguém obstruiu todos os acessos até lá com escombros.
Os ruídos das ruas me assustavam. O clima estava extremamente frio e seco. Meu nariz escorria e minhas orelhas giravam na direção de qualquer som. Minha garganta estava seca como osso de morto, eu não tomava agua pareciam anos! Suspirei tentei continuar andando o que era difícil com a dor nas pernas, ouvi passos vindos de trás de mim. Virei-me e havia dois cachorros.
O mais alto tinha pelo marrom, as roupas haviam sido muito bem escolhidas para mostrar os músculos mesmo nesse cenário desolador, exibia um sorriso que exibia os dentes caninos perfeitamente brancos e sua postura era extremante confiante, não passava dos dezesseis anos. O mais baixo não esforçava para sorrir, parecer confiante ou qualquer coisa do gênero, apenas mostrava uma expressão entediada, suas roupas pareciam terem sido escolhidas por uma criancinha indecisa, a coluna era bastante curvada e o que podia se chamar de cabelo estava mais pra uma vassoura de folhas mal feita, mesmo assim parecia ser pelo menos dois anos mais velho que o outro. O maior se apresentou:
―Olá coelhinho! Meu nome é Calben, sou o dono dessa cidade! Então é melhor que vá passando tudo que tiver!
― Meu nome é Talot. Desculpe meu irmão.― Ele disse indicando si mesmos ― Mas é melhor fazer o que ele diz.
Abri um sorrisinho frente às figuras.
― Bonjour. Chamo-me Suri, désolé, mas não tenho nada de útil.― O mais alto me encarou por alguns segundos, então começou a rir extremante alto.
―Haha. Que palavras estranhas pirralho. Agora passa a mochila!
Ele me agarrou pelo braço. Tentei me debater mas ele era muito mais forte que eu. O tal Talot agarrou minha mochila e começou a revistar tudo.
―Sopa de vegetais, eca. Papel e caneta, inútil ―Ele jogou meu bloco de notas e a caneta numa poça de lama― Um boneco de guaxinim... Porque diabos você tem um boneco de guaxinim? Um mapa, pra que?
―Não! Solta isso! ― Talot e Calben riram. O bâtard rasgou o mapa ao meio― Non! Espèce de bâtard! Fils de... ―O que me segurava me deu um tapa e me jogou no chão, ambos saíram rindo levando minha mochila.
Estava numa aparência miserável, chorando que nem um nenê, abraçando Ludovico, os pedaços de mapa e o bloco de notas. Le chiot a ri de la confusion...
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eu sei que é curtinho, culpem minha incapacidade de escrever coisas longas. Vou tentar escrever coisas mais longas :) à plus tard, mes chers.