—Você vai ter que sair do castelo.

—O que?Porque?

—Seu comportamento não tem sido devidamente correto nos últimos anos. E não sei mais o que fazer com você.

—Porque você me pune desta forma?

—Porque das outras formas não fez diferença alguma. Não entende? Dorian será o próximo rei de Adarlan, e você está sendo uma péssima influência para ele.

—Mas eu nunca fiz nada de tão grave para chegar a esse ponto!

—Você vice fugindo do castelo, sai de fininho das reuniões para ler aqueles malditos livros. As pessoas da vila estão comentado sobre isso, Medim. Não tenho mais condições de te deixar aqui.

—A rainha concorda com isso?

Eu já estava chorando ao dizer isso.

—Sim,concorda.

— Mas e o Dorian? Não posso simplesmente deixa ele aqui sem mim!

—Eu sei que vocês são colados, mas tem que ser assim.

Ele estava sério, não demonstrava nada além de raiva.

—E para onde eu vou?

Ele se aproximou de mim.

—Não viveu na rua toda sua infância?Não acho que será difícil viver também sua adolescência.

Ele vai me largar na rua? É isso mesmo?

—Não pode fazer isso comigo...

—Eu posso, e já fiz.

Dois dos guardas me puxaram pelos braços.

—Não, por favor, eu lhe implore, me deixe ficar!!!

—Não.

A porta da sala do trono se fechou. Fui arrastada até meu quarto, todas as criadas me olhavam enquanto eu gritava pelos corredores.

—Vá para a rua, mocinha.

Disse um dos guardas.

—Não façam isso comigo! Eu imploro!

 O Dorian aparece.

—O que está acontecendo? O que estão fazendo com ela?

—Vossa majestade mandou que jogássemos ela na rua.

—Porque? Ela nunca fez nada!

—Se quiser saber, vá tirar satisfação com seu pai.

—Não até a soltarem!

—Só vamos soltar ela na rua.

—Medim, o que aconteceu?
        -Ele me odeia,Dorian! Quer me matar!

—Vou dar um jeito nisso.

Não tive direito a um abraço quando fui jogada escadas abaixo.

Estava tudo preto, só ouvia o som de pessoas e cavalos pelas ruas. Abri meus olhos, e vi uma mulher colocando algo na minha testa, um pano com água.

—Que bom que acordou. Como está se sentindo?

—Com uma dor latejante na cabeça...Quem é você?

—Sou a Luma, prazer.

—Medim.

—Filha do rei?

—Não mais, Fui jogada na rua. Literalmente...

—Gostaria muito de ajudá-la, mas infelizmente nem consigo me sustentar.

—Sei me virar na rua sozinha e... obrigada pela ajuda.

Ela sorriu.

—De nada, Espero que tenha um bom dia.

Ela disse e saiu.

Bom dia? Porque eu estaria em um bom dia?