Capítulo 03 – Feelings

Sentimentos

POV da Bella

Quando chegamos de Port Angeles, já era bem tarde, na verdade, madrugada, pois Emmett insistiu em passar num Mc Donald’s para comer alguma coisa e, normalmente isso acaba levando pelo menos uma hora e meia. Alice, Rosalie e eu, entramos em minha casa na ponta dos pés, eu sabia muito bem que minha mãe iria ficar me enchendo por ter chegado tão tarde, mas, isso não vinha ao caso.

Algum tempo depois, nós três já havíamos tomado banho e arrastado mais dois colchões para meu quarto. Fechei as janelas e a cortina escura, que dava para a janela do quarto do Edward, então, nos sentamos enrolada nas cobertas.

- Okay, eu sou sua amiga há muito tempo e já percebi. – Alice resmungou.

- Não é preciso ser amiga sua há tanto tempo assim, eu sei que existe algo entre vocês dois.- Rosalie sorriu.

- Não é bem só entre eles dois...

- O que quer dizer? – Rose retrucou.

- Está na cara que meu irmão está afim de você e, está mais na cara ainda, que você gamou nele. – Alice sibilou.

- Na verdade, está bem claro que você – eu apontei para Alice. – também gamou no irmão dela. – Eu ri.

- Huum, isso eu posso arranjar. Na verdade, podemos todas fazer uma troca. – Rosalie colocou a mão no queixo. – Eu ajudo você com meu irmão e você me ajuda com o seu. E...

- Nós duas ajudamos a Bella com o Edward. – Allie completou.

- Vocês são realmente estranhas.

Ignorei completamente o que Alice e Rosalie discutiam sobre mim, como se eu não estivesse ali. A única coisa que ficava em minha cabeça neste momento, era a sensação do toque da pele do Edward com a minha e, eu ouvia repetidas e repetidas vezes em minha cabeça, sua voz doce, lindamente aveludada, ecoando dizendo que eu era linda. Ah, qual é, o que estaria acontecendo comigo??

- Bella!! – Alice me chacoalhou.

- O que foi? – Resmunguei, virando para o lado dela.

- Porque está tão vermelha assim? No que é que você estava pensando? – A baixinha apagou a luz do abajur que estava aceso.

“A dúvida em sua cabeça, era só uma questão de tempo. Tempo, que ali, não era problema. Tempo, que ali, naquela ocasião, naquela época, não fazia diferença alguma. O tempo era realmente insignificante, pois no fundo, bem no fundo, a decisão já estava tomada.”

Minha noite passou tão rápida, que nem a senti passar. Parecia que eu tinha me deitado, fechado os olhos e então, o despertador já estava tocando, avisando que mais um dia havia começado. Levantei-me, fui na ponta dos pés em direção ao banheiro e fiz a higiene matinal. Quando voltei ao quarto, eu encontrei uma Alice e uma Rosalie indecisas sobre as roupas que iriam usar em uma quinta-feira qualquer.

Desci as escadas, sentei a mesa esperando-as. Nós tomamos o café da manhã e algum tempo depois, uma orda de buzinas tocou em frente minha casa. Minha mãe riu, quando viu Emmett e Edward entrando na sala de estar. Ela sabia que Emmett iria ‘filar’ – como ele mesmo dizia – uma ou outra panqueca do meu prato, por isso, colocou duas a mais na mesa.

- Vamos, vamos. – Emmett empurrava a baixinha para o lado de Jasper.

-  Até mais queridas! – Minha mãe acenou da porta.

Entrei no carro de Edward, então seguimos para a escola. Ficamos em silêncio em boa parte do trajeto, mas foi só quando chegamos lá, que ele resolveu falar algo.

- Qual sua primeira aula? – Ele perguntou. Ok, porque é que eu estava esperando ele falar outra coisa?

- Biologia. – Murmurei.

- É a aula em que vamos fazer os testes sangüíneos, está mesmo a fim de assistir?

- Na verdade, não. Vou acabar passando mal. – Murmurei.

- E eu provavelmente vou acabar te levando para a enfermaria. Vamos poupar nosso tempo. Sabemos a matéria. – Ele saiu do carro e veio ao meu lado abrir a porta. – Venha.

Edward trancou a porta então andamos lado a lado até a lateral da escola. Subimos o morro de gramado, então entramos na floresta por uma pequena trilha de samambaias. Eu detestava andar em trilhas, principalmente quando elas eram em florestas, ainda mais quando eram justamente nas florestas de Forks e, mais ainda, por ser eu que estava andando.

Mas, apesar do desastre em pessoa estar acabando com um terço de cada boa samambaia existente naquela trilha, eu não podia deixar de admirar a beleza da natureza e, não podia deixar de ver Edward. Oh céus, eu de novo.

- Por que me trouxe aqui? – Perguntei a ele, enquanto eu sentava em um tronco seco e grande.

- Precisamos conversar. Precisamos ser francos um com o outro. – Ele disse. Eu não estava gostando nem um pouco do tom de voz dele, eu havia feito alguma coisa de errado? Achando que eu fosse falar alguma coisa e depois não falando nada, Edward continuou. – Você sabe que somos amigos e que pode contar comigo sempre que precisar, não é?

- Sei. E você também sabe disso, né? – Falei serenamente. – Já que vamos ser francos, então porque me trouxe aqui, tão longe da escola para falar sobre nossa amizade e confiança?

- Porque aqui é mais silencioso e ninguém vai nos atrapalhar. – Ele sibilou. -  Eu gosto de você, Bella.

- Eu também. – Murmurei.

- Mas eu quero mais que esse simples gostar.

Eu devo ter ficado estática e de olhos arregalados, porque Edward soltou uma risada que eu nem me lembrava que existia. Naquele momento, todas as minhas dúvidas sobre ele, caíram por terra. E, foi naquele momento, que todas as minhas dúvidas sobre mim mesma, também foram esclarecidas. Eu também queria mais que aquele simples gostar.

- Fazia tanto tempo que eu não o via rir assim. – Eu disse a ele.

- Todo esse tempo, fiquei na dúvida se você podia estar ou não tendo os mesmo sentimentos que tenho em relação a você. Fiquei com medo que você e Jacob se tornassem amigos demais. – Ele disse encostando-se numa árvore.

- Jacob e eu somos apenas amigos. Bons amigos. – Eu sorri. – Eu sei que existe algo mais entre mim e você. Já faz algum tempo que ando pensando assim, mas achei que eu seria criança demais se te falasse algo do tipo.

Jacob, era um descendente de índios da tribo quilleute, que fica perto de Forks, numa reserva. Billy, seu pai, era amigo de Charlie, então, consequentemente, acabamos nos tornando bons amigos. Jacob sempre foi três anos mais velho que eu, e depois do começo deste ano, ele tinha ido para Vancouver fazer faculdade e só vinha algumas vezes nos ver. E, já fazia muito tempo que eu não o via. Mais de seis meses, para ser exata.

- Você fala tão animada com ele no telefone... eu achei que existisse algo entre vocês dois. – Edward sorriu torto.

- Não, é só porque ele está longe. Mas ele nunca vai ser mais que meu amigo. – Eu sorri.

- Mas eu posso ser mais que seu amigo, não posso?

- Relações entre dois amigos não são interessantes... a amizade nunca é a mesma depois. – Eu murmurei, olhando para baixo.

- Entendo... Acha que não daríamos certo e depois, caso nos separássemos nós não teríamos mais a mesma amizade. – Ele disse triste.

- Sim, eu acho... – Murmurei. – Embora... eu goste... de você, Edward. – Eu disse com a voz baixa, quase inaudivelmente.

Ele aproximou-se de mim, colocou sua não sobre a minha e ficou me encarando. Era incrível como eu tinha a facilidade de me perder dentro dos olhos dele. E, era mais incrível ainda, como eu conseguia ficar tão abobada com aquele sorriso torto que ele sempre me mostrava.

- Então não tem porque não darmos certo. – Ele sorriu novamente.

Edward aproximou-se novamente, mas dessa vez, ele levantou-se e eu levantei ao mesmo tempo, em momento algum, ele deixou de me encarar no fundo dos olhos. Eu vi sua mão subir e me enlaçar pela cintura, eu vi nossos corpos colarem e sua boca se aproximar mais da minha. Então, me dei conta. Ele iria me beijar. Eu ia beijar meu melhor amigo em menos de um segundo.

Sua mão foi até minha nuca, segurando-a, então seus lábios colaram-se aos meus. Eu sentia sua língua percorrer cada milímetro da minha boca... Deus, eu sentia tantas coisas, eu me sentia como um turbilhão... como se o tempo tivesse parado naquele instante, como se mais nada fosse importante, somente eu e ele, ali, na floresta, ao lado da escola.

“Meu coração bateu mais forte, era quase como um zumbido. Minha respiração era tão acelerada que chegava a parecer que faltava o ar em meus pulmões. Meu mundo tinha parado, ganhado vida e ganhado cor. Era exatamente como eu ansiava que fosse.”

~~

Notas Finais:

 

Yeah, decidi colocar aqui, por causa de um link, ok?

 

Bem, primeiramente, obrigado por serem pacientes e por voltarem a me ler e comentar.

A fic está em reta final, eu já tenho uns bons capítulos escritos, porém não tenho data de proximo post por causa da facul que, está em reta final - de semestre -, também.

 

Quero pedir a vocês que entrem na minha nova comunidade no orkut...

 

Fanfic’s Nina Xaubet

 

Estarei postando Estranha Obsessão e Memórias de um Anjo Imperfeito.

E, um último detalhe:

Os reviews, alguns notaram que eu não tenho respondido, porque são muitos, mas sempre que surgir uma pergunta ou dúvida, eu responderei, fiquem tranquilos, ok?

 

Bem, agora comentem, entrem na minha comu e comentem lá também.

 

Beijinhos,

Nina Xaubet ^^