A Filha da Exterminadora escrita por Aino Cullen


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!! :D



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POV Bella

 

Chega. Já ouvi mais do que posso suportar.

 

 

— Rose - interrompo -, cala a boca, sério. Emmett tem razão. Você nem conhece o cara. Se conhecesse, nunca diria que ele é gentil.

— Mas ele é - insiste Rosalie, e o brilho de seus olhos se transforma em brasa. - Você não faz ideia...

 Eu nem sei direito o que aconteceu, mas um segundo depois que ela disse isso eu me vejo segurando ela pelos ombros, sacudindo seu corpo. Rose é 15 centímetros mais alta do que eu, e pesa uns quinze quilos a mais.

 No entanto, isso não importa. Neste momento, tudo o que eu quero fazer é despertar algum senso crítico nela.

— Ele contou, não contou? - Eu me vejo berrando com ela, brutalmente. - Ele contou o que ele é. Ai, Rose. Sua idiota. Que menina burra.

— Ei - Edward está tentando tirar as minhas mãos dos ombros dela. - Já chega. Vamos nos acalmar aqui...

 Então Rosalie consegue se livrar das minhas mãos e começa a andar ao nosso redor exibindo uma expressão de triunfo.

— Sim - exclama Rosalie naquele tom de voz exultante que eu reconheço muito bem -, ele me contou. E também me avisou sobre pessoas como você, Bella. Pessoas que não entendem - não conseguem entender - que ele vem de uma linha tão ancestral e nobre quanto a de qualquer rei...

— Ai, meu Deus. - Preciso me controlar para não dar um tapa nela. A única coisa que me impede é a mão de Edward segurando o meu braço, quase como se ele tivesse lido a minha mente. - Rosalie, então você já sabia? E saiu com ele mesmo assim?

— Claro que saí - responde Rose, fungando o nariz. - Ao contrário de você, Bella, sou super mente aberta. Não tenho problemas com a espécie dele, como você...

— A espécie dele? A espécie dele? - Se não fosse por Edward me segurando (e murmurando, "Ei, calma"), eu teria me jogado em cima dela e tentado restaurar alguma noção de realidade naquela cabeça loira e oca. - E por acaso ele mencionou de que forma aespécie dele sobrevive? O que eles comem - ou melhor, bebem— para viver?

 Rosalie faz um ar de desprezo.

— Sim - responde ela -, ele falou. E eu acho que você está causando muita confusão por causa disso. Ele só bebe sangue que compra de uma clínica de doação de plasma. Ele não mata...

— Ah, Rose! - Não consigo acreditar no que estou ouvindo. Quer dizer, na verdade, até consigo, considerando que é a Rose que está falando. Mesmo assim, achei que ela não seria ingênua a ponto de acreditar nessa. - Isso é o que todos dizem. Eles usam esse mesmo papinho com as meninas há séculos. Ah! Eu não mato humanos. É tudo papo furado.

— Opa. - Edward afrouxou o toque no meu braço. Mas, infelizmente, agora que eu poderia, não sinto mais a menor vontade de bater em Rosalie. Fiquei até com nojo. - O que está acontecendo aqui? - Edward quer saber. - Quem bebe sangue? Vocês estão falando sobre o... Volturi?

— É, o Volturi - eu respondo, sucintamente.

 Edward continua olhando para mim sem acreditar, enquanto seu amigo Emmett faz um comentário:

— Cara - diz ele -, eu sabia que tinha alguma coisa naquele cara que eu não gostava.

— Parem com isso! - exclama Rose. - Todos vocês! Será que não percebem que falam tanta besteira que nem se escutam? Muito menos se tocam que estão se sentindo muito superiores. Sim, James é um vampiro, mas isso não significa que ele não tem o direito de existir.

— Esperem aí, um minuto. - Edward ainda parece não acreditar. - Um vampiro? Por favor. Isso é impossível. Vampiros não existem.

— Você é muito pior do que eles! - responde Rose, colocando-se na frente de Edward e batendo o pé.

— Rosalie - eu chamo, ignorando Edward -, você não pode mais ver esse cara.

Ele não fez nada de errado— insiste Rose -, ele sequer me mordeu, mesmo quando eu implorei que ele o fizesse. Ele disse que me ama muito para fazer isso.

— Ai, meu Deus - respondo com desprezo. - Isso é só mais uma mentira que ele está dizendo, Rose. Você não percebe? Todos eles falam isso. Ele não ama você. Se ele ama, é da mesma forma que um carrapato ama o cachorro cujo sangue ele está sugando.

Eu amo você - diz Emmett com uma voz trêmula -, e você me deixou por um vampiro?

— Você não entende. - Rose joga os cabelos loiros para trás. - Ele não é um carrapato, Bella. O James não me morde porque me ama muito. Mas eu sei que consigo mudar a cabeça dele. Porque ele quer ficar comigo para sempre, assim como eu quero ficar com ele para sempre. Eu sei disso. E depois de amanhã à noite, nós ficaremos juntos para sempre.

— O que tem amanhã à noite? - pergunta Edward.

— A formatura - respondo secamente.

— Isso - continua Rose. - James vai me levar. E, mesmo que ele ainda não saiba disso, ele vai se entregar para mim. Apenas uma mordida, e eu terei vida eterna. Sério, isso não é muito maneiro? Vocês também não gostariam de viver eternamente, se pudessem?

— Não dessa forma - respondo. Sinto doer algo dentro de mim. Sinto por Rose, sinto por todas as meninas que se foram antes dela. E todas as outras que virão depois, caso eu não interfira.

— Ele vai te encontrar na festa? - eu me forço a perguntar. É difícil falar, porque tudo o que quero fazer é chorar.

— Vai - diz Rose. Seu rosto ainda tem a mesma expressão vazia que tinha dentro da boate, assim como hoje mais cedo no refeitório. - Ele não vai conseguir resistir, não quando eu estiver usando o meu vestido novo Roberto Cavalli, e com o meu pescoço exposto sob a luz prateada do luar...

— Acho que vou vomitar - diz Emm.

— Não vai, não - eu digo. - Você vai levar Rose para casa. Tome. - Tiro um crucifixo e duas garrafinhas de água benta da minha bolsa e as entrego para ele. - Se Volturi aparecer, o que eu acho bem difícil de acontecer, jogue isto nele. E vá direto para casa depois de deixar Rose.

 Emm analisa os objetos que eu o obriguei a segurar.

— Calma aí um pouquinho. Então é isso mesmo? - pergunta ele. - Nós vamos simplesmente deixá-lo matar Rose?

— Matar, não - corrige Rosalie, entusiasmada. - Ele vai me transformar em um ser da espécie dele.

Nós não vamos fazer nada - eu digo. - Vocês vão para casa e deixem que eu resolvo a situação. Está tudo sob controle. Apenas tome cuidado para que Rose volte para casa com segurança. Ela vai ficar bem até a festa. Espíritos do mal não entram em uma casa se não forem convidados.— Eu olho para Rose com atenção. - Você não convidou aquele sujeito para entrar na sua casa, não, né?

— Até parece - diz Rose, movendo a cabeça - que meu pai deixaria um menino entrar no meu quarto.

— Viu? Vá para casa. Você também - continuo olhando para Edward.

 Emm pega Rose pelo braço e começa a levá-la dali.

 

 Todavia, para minha surpresa, Edward fica parado onde está, com as mãos enterradas dentro de seus bolsos.

— Então, quer que eu faça mais alguma outra coisa? - pergunto à ele.

— Sim - diz Edward calmamente. - Para começar, eu quero que você me conte tudo com detalhes. Eu quero entender tudo. Porque se o que você está falando é realmente verdade, então graças a mim você não virou pó ao lado daquela pilastra na boate. Pode começar a falar logo.

 

 

(continua...) 


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Notas finais do capítulo

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