Dias perfeitos. escrita por Any Sciuto


Capítulo 10
I Gonna Find You Abby.


Notas iniciais do capítulo

Vamos dar uma trégua para a falsa agente. embora ela foi concebida como vilã e muito provavelmente vai ser presa por ser cúmplice de sequestro eu acho que Gibbs agiu certo em ajuda-lá quando ela passou mal. afinal ele estava em busca de informações sobre Abby.



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Gibbs e Tony esperaram a noite cair para levar Any para o esconderijo planejado por eles juntamente com McGee.

— Não vai conseguir se soltar Any. – Disse Gibbs percebendo que Any tentava se soltar.

— Chefe. Quase hora. – Disse Tony.

— Por que isso agente Gibbs? – Perguntou Any.

— Eu nunca gostei de você. – Disse Gibbs. – Eu sempre achei que havia algo errado com a sua chegada. – Gibbs se levantou e foi em direção a falsa agente. – Isso. – Disse pegando o distintivo de Any no bolso da jaqueta dela. – Isso não serve para você. Todos os homens e mulheres que usam ou já usaram um destes são merecedores de honras, mas você não merece e nunca mereceu usá-lo. – Gibbs jogou o distintivo longe. – É só um pedaço de metal que você ganhou enganando a gente.

Gibbs estava irritado. Any deu uma risada.

— Acha que eu tenho medo de você agente Gibbs? – Any parecia tranquila. – Nunca conseguirá provar algo contra mim.

— Eu vou conseguir provar sim.  – Disse Gibbs. E sabe o que mais? Eu vou fazer você pagar por tudo o que acontecer com a Abby. – Gibbs se virou de repente. – Menos barulho Timothy.

— Desculpa chefe. – Disse Timothy. – Podemos leva-la para o lugar escolhido.

— A gente realmente vai fazer isso chefe? – Perguntou Tony.

— Ela sabe onde Abby está. – Disse Gibbs.

— E acha que eu realmente vou dizer? – Any sorria como se estivesse vendo uma comédia. – Eu não vou dizer nada.

Gibbs se ajoelhou na frente de Any e se aproximou do ouvido da moça.

— Acho que você valoriza sua vida. – Disse Gibbs. – Eu posso torna-la absurdamente curta. – Ameaçou Gibbs.

Any o olhou e deu outro sorriso. Gibbs realmente não entendia aquela atitude.

— Você sabe onde aquele babaca está mantendo Abby. E você vai nos contar. – Disse Gibbs.

— Eu prefiro morrer a contar. – Disse Any.

Gibbs se levantou e se afastou. Ele não apelaria para violência naquele momento, mas faria se fosse preciso.

— Leve ela para o porão. – Disse Gibbs.

Tony cortou as algemas de plástico que prendiam a garota na cadeira, mas colocou outras quando amarrou as mãos dela por trás.

— Para o caso de querer fugir. – Disse Tony. – Ande.

Any andou meio contra a vontade dela. Tony a colocou no carro e dirigiu até o porão de Gibbs. McGee foi no carro de trás.

Tony parou o carro num farol e ficou observando Any no banco de trás. Por mais malvada que ela podia parecer agora que foi descoberta ela realmente não parecia bem. Ela estava mais quieta do que uma pessoa nas circunstâncias dela deveria parecer. Ela já não sorria mais e parecia estar dormindo no banco de trás do carro. O sinal abriu e Tony seguiu para a casa de Gibbs sempre olhando para a moça no banco de trás.

Gibbs esperava o agente na frente de casa quando Tony estacionou o carro. Gibbs abriu a porta de trás para fazer Any descer e levar para o porão para uma sessão de interrogatório para obter informações sobre o paradeiro de Abby.

Gibbs chamou a moça que não respondeu nenhum dos chamados do agente. Gibbs percebeu que ela muito provavelmente estava inconsciente. Apesar de ela ser uma infiltrada e muito provavelmente uma das responsáveis pelo rapto de Abby durante a missão Gibbs não poderia deixa-la naquele estado.

A bolsa de Any estava ao lado dela no carro e Gibbs procurou algo que pudesse explicar aquela inconsciência. Gibbs sabia que se não a ajudasse a recobrar a consciência demoraria muito tempo para descobrir onde Abby estava sendo mantida então ele não tinha muita escolha.

Tony ajudou Gibbs a jogar o conteúdo da bolsa de Any no chão e começou a procurar algo. Gibbs pegou um frasco com um liquido claro. Inicialmente ele pensou que fosse algum tipo de anestésico, mas depois de ler o nome na embalagem descobriu que era insulina. Ele encontrou uma seringa que ela utilizava para aplicar a insulina duas vezes por dia.

Não havia menção a seu problema com diabetes na ficha da moça, mas ele concluiu que a ficha provavelmente era forjada e ela não havia comunicado sobre seu real problema. Ele se lembrou do dia em que a pegou vomitando no banheiro quando ela havia estado muito tempo sem colocar algo dentro do estomago.

— Deve ser uma crise diabética. – Disse Gibbs soltando as algemas plásticas e colocando os braços um em cada lado.

— Talvez uma das poucas coisas reais e humanas que existem nela. – Falou Tony. – Não conseguiremos nada se ela morrer Gibbs. – Tony tirou Gibbs do transe com aquela palavra.

Ele não poderia admitir que a mulher morresse sem revelar onde Abby estava. Ele não fazia idéia do quanto miligramas ela precisava para ter sua consciência de volta.

— Você sabe que se não fizer logo ela vai morrer, não e mesmo Gibbs? – Perguntou Tony.

Gibbs colocou o que ele julgava suficiente para ela voltar a ter uma consciência mínima para que ela pudesse responder alguma coisa sobre o paradeiro de Abby. Ele introduziu a agulha no braço da garota. Gibbs mandou McGee buscar algo para Any comer quando acordasse. Eles a acomodaram no sofá de Gibbs atada por uma algema de plástico. Ele estava lendo um jornal com Tony ao seu lado quando a consciência de Any voltou. 

— Está se sentindo melhor? – Perguntou Gibbs. – Deveria ter mencionado esse seu problema com diabetes.

— E faria diferença? – Any parecia atordoada ainda.

— Na verdade faria muita diferença. – Disse Gibbs. – Aqui. – Disse Gibbs alcançando uma xicara de café com leite. – Beba isso. Não queremos que tenha outra crise.

— Por que se preocupa comigo? – Perguntou Any bebendo o café.

— Porque apesar de você ter nos engando e ser uma agente infiltrada do Los Guapos eu não iria deixar você morrer. – Disse Gibbs.

— Como você é bom agente Gibbs. – Disse Any num tom irônico.

Gibbs não esboçou nenhuma reação.

— Quanto estiver completamente recuperada continuaremos com nosso plano original. – Falou Tony.

— E para onde mais eu iria algemada a esse sofá? – Any estava com um tom de ironia quase normal apesar da tontura que sentia.

— Que tipo de pessoa eu seria se deixasse você morrer? – Perguntou Gibbs. – Para você morrer é uma punição muito fraca.

— E vai fazer o que? Me acorrentar no casco de um navio? – Any tentou sentar, mas a algema a impediu. – Acho que vocês têm prazer em fazer isso.

— Vance não sabe sobre você ainda, mas vai saber logo. – Disse Gibbs. – Estamos reunindo provas para te desmascarar de uma ve por todas.

— Se importaria se eu fosse ao banheiro? – Perguntou Any. – Não gostaria de encher seu tapete barato de vomito.

— Você ainda está assando mal? – Perguntou Gibbs.

— Você não deve ter dado a dose correta. – Respondeu Any. – Tem uma dose certa para cada horário.

— E qual a dose correta? – Perguntou Gibbs.

— Metade de uma seringa. – Disse Any. – Você é péssimo dando remédio. – Any sentiu um forte enjôo.

Gibbs cortou a algema e Tony a acompanhou.

— Acha que eu vou fugir pelo teto? – Perguntou Any empurrando Tony e fechando a porta.

Tony ficou na porta do banheiro ouvindo Any vomitando o café que tinha tomado. Gibbs ligou para Ducky e leu uma das receitas que Any carregava na bolsa. Ele disse o quanto deveria dar para ela se sentir bem o suficiente para passar algumas horas sendo interrogada. Tony esperava do lado de fora, mas estranhou o barulho de vomito ter parado de repente.

Gibbs se aproximou e arrombou a porta do banheiro. Any estava sentada no chão parecia tentar dormir por algum tempo, coisa que Gibbs imaginou que ela não fazia há algum tempo. Ele estranhou o fato dela ser uma boa infiltrada e não demonstrar estar cansada de tudo aquilo.

Gibbs pegou a agente e a fez deitar de frente no sofá enquanto tentava administrar uma dose de insulina. A dose que ele deu algumas horas atrás parecia não ter feito nenhum efeito e ele por mais que quisesse prender a moça ele não a deixaria morrer sem dar respostas.

— Acredite Tony. – Começou Gibbs. – Deixa-la morrer não é uma boa opção agora. Se ela morrer não teremos um meio fácil de encontrar Abby. Depois a mandaremos para a cadeia em qualquer parte do globo.

Tony segurava a garota enquanto Gibbs colocou a seringa no braço da garota e despejou o conteúdo.

— Isso deve resolver. – Disse Gibbs. – Deixe ela dormir um pouco.

Gibbs colocou uma nova algema de plástico na garota e a deixou dormir um pouco. Já estava amanhecendo e eles teriam que voltar a agência.

— Acho que ela fez isso de propósito. – Disse Gibbs. – Essa crise diabética foi bem planejada.

Tony não falou nada. Ele estava quase dormindo. Passou a noite acordado.

— Ei. Dinozzo. – Gibbs chamou o agente que deu um salto na cadeira. – Vá dormir la em cima. Eu já dormi o suficiente. Ligarei para o diretor, inventarei alguma desculpa. Não iremos a agência hoje.

Tony subiu as escadas e se jogou na primeira cama que achou. Timothy chegou com café e entregou para Gibbs.  

— Eu vou te encontrar Abby. – Disse Gibbs.


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