O conto de ghoia A história do cavaleiro negro escrita por andre oliveira gomes


Capítulo 4
Capítulo III Roubo


Notas iniciais do capítulo

mais um capítulo da história, esse aqui e o link da minha conta em Spirit:https://www.spiritfanfiction.com/perfil/libertadores
lá a história esta mais atualizada.



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Capítulo III Roubo

Depois de alguns minutos, a Águia de Guerra retirou do bolso de sua roupa algumas pílulas e entregou-as para os centauros.

Logo, a primeira expressão foi de desconfiança quando olharam para as pílulas e quem foi o primeiro a falar foi Ahbran:

―Para que serve isso?

―Isto são pílulas místicas, tem o poder de mudar aparência física do indivíduo que a engolir, junto com o sangue da vítima. Mas para que a pessoa continue com a mesma aparência, tem que engoli-la diariamente – Respondeu Águia de Guerra.

―E você não vai mastigar? – perguntou Ahbran ainda incerto.

―Eu não preciso disso, a minha espécie já tem poderes necessários. ― explicou claramente.                                                                                                                          

Primeiro, coletaram o sangue dos guardas e em um pote de vidro, depois eles misturam as pílulas no pote. Cada um pegou uma para mastigar e vinte minutos depois eles estavam idênticos aos guardas mortos e usando as mesmas roupas deles, e a Águia de Guerra era a princesa. Ahbran assumiu a aparência do chefe da guarda Mateus e os três centauros viraram os guardas.

A princesa e os guardas só ficaram então com suas vestes íntimas.                                                                                                                                                                 

―Vamos continuar com o plano. – disse Águia de Guerra devagar ―Vocês quatro vão para a montanha da lamentação levando a princesa, e fiquem lá até a segunda ordem.                                                                                                                                      

―Vamos indo então. – disse um centauro com cabelos pretos longos, corpulento e barbudo.                                                                                                                                       

Um centauro colocou a princesa Isabella em seus braços e outros três o seguiram. Andando até não serem mais vistos pelos outros. Águia de Guerra e Ahbran arrastaram os corpos dos guardas até um lugar, cheirando a grama fresca e ali mesmo cavaram um buraco e enterram eles e de repente do céu caiu um tipo de esfera azul, ela curvou-se e pegou a esfera na grama. Essa esfera era utilizada para comunicação à longa distância e se estava azul era boa, se vermelha, ruim. Dela saiu um tipo de imagem onde se podia ver um salão com um tapete de pele de leopardo e um quadro a óleo, a imagem era do rei Menelik III, do reino Llión. Ele tinha pele morena, cabeça meia quadrada e era barbudo, cabelos cacheados que chegavam até os seus ombros, parecia ter aparência em torno de cinquenta anos. Suas vestes eram um manto de ouro e segurava um cajado feito também ouro. Llión eram um povo de pele morena, de estatura mediana, cabelos pretos lisos ou cacheados e de narizes tortos. A sua principal classe são os Berserks, são guerreiros de estatura alta, corpos musculosos, violentos e enlouquecidos, o principal estilo de luta é a força bruta. Eles despertam uma fúria antes de qualquer batalha.

Em alguns segundos a visão muda, aparecendo no chão o rei Menelik III morto, que virou rei aos trinta anos de idade após a morte de seu pai, Hassan II que morreu envenenado, alguns até suspeitam que Menelik III matou ele, mas nada foi provado.  Ele não estava sozinho, dava para ouvir passos de alguém andando e só deu para ver que estava usando uma armadura que parecia da cor de diamante e brilhava muito forte, era um homem de trinta e poucos anos, mas não dava para ver o seu rosto que estava escuro e só brilhava uma luz muito forte em seus olhos. Esse era o Gorgon, o deus da guerra, assumindo a aparência de humanos.

― Quando você receber esta mensagem significa que já fiz a minha parte e espero que você tenha feito a sua. – disse ele com a voz clara.

―Fique tranquilo, isso já aconteceu. – respondeu Ahbran.

― Fique aí até descobrir alguma pista sobre onde está a espada divina ou a chave do portal para libertar o meu exército que foi selado. – disse Gorgon rapidamente. ― E não provoque uma guerra, eu ainda não estou forte o suficiente.

Terminado, a esfera se fechou.                                                                       

  ― A lenda diz que Creto I usou a chave do portal e um objeto de energia para trancar uma prisão dimensional. – disse Ahbran.                                                                                                                                                                                                                              

―Será que a mesma chave que selou o exército do deus Gorgon? – Perguntou um dos centauros.                                                                                                                                                                                                                                                                 

―Não sei. – respondeu outro centauro.

Vamos indo, se não vamos levantar suspeitas. – disse Águia de Guerra com um tom preocupado.

Eles voltaram e depois de alguns minutos, as árvores começaram a diminuir e chegaram à cidade de Tron e puderam ouvir o número de pessoas falando e logo, mas algum tempinho eles chegaram ao castelo real e entraram e quem estava ali era Pedro, sentado nas escadas que dava para o salão do castelo e assim que os viu ficou de pé.

― Oi irmã, você demorou um pouco, fiquei preocupado com você. O que estava fazendo? – perguntou Pedro.

E ela ficou uma cara mal-humorada.

― Eu não devo nada a você. – respondeu Águia de Guerra.

―Não precisava ser tão dura assim, só perguntei. – disse Pedro chateado.

Águia de Guerra levantou sua cabeça para cima e foi andando sozinha, entrou no salão e ao redor havia tochas, um ferro nas paredes para iluminar quando for à noite. No meio do salão, tinha um longo tapete vermelho que ia em direção ao trono de ouro do rei. A impostora de Isabella parou de andar, passou uma das mãos em seu rosto e deu um pequeno sorriso.

― Deu certo, ninguém desconfiou. – Sussurrou Águia de Guerra.

Depois disso, os dias foram passando e já era domingo, Pedro e Filipe estavam perto da praia dos corais que ficava na cidade e dava até para ouvir o barulho do mar. Era por volta das duas horas da tarde e o sol estava um pouco forte, parecia que sua cabeça pegava fogo. Em seu ambiente ao redor tinham várias casas que pareciam uma coleção a sua frente.  Construídas de bambu e barro. Havia multidões de pessoas passando pela rua.  Comerciantes vendiam seus peixes como faziam todos os dias, o peixe cheirava bem forte. Poucos metros da sua posição atual havia uma jovem de vinte e dois anos, de pele clara e de cabelos ruivos longos, olhos castanhos, de um metro e setenta de altura, e possuía uma cintura fina. Ela era bem pobre, roubava para sobreviver, pois seu pai tinha uma grande dívida no jogo de cartas. O seu nome era Selina, não morava na cidade, morava na vila do porto que ficava depois do bosque. Os seus cabelos tinham um cheiro de morango e ela avistou.

― Esse está bem vestido e é bonito. Deve ter algum dinheiro. – Pensou Selina.                                                                                                                                                           

Ela foi andando lentamente em direção a Pedro. Os dois se encostaram e ela perdeu o equilíbrio, Pedro a segurou com seus dois braços aguentando todo o peso do seu corpo e não parecia estar se incomodando. Os seus olhos se encontraram pela primeira vez e ela mordeu os lábios, Pedro sorriu largamente mostrando uma serie de dentes perfeitos e muito brancos. Ela deixou os seus os cabelos sobre seus ombros criando uma cortina entre eles para poder distrair-lo e rapidamente colocou a mão no bolso de suas vestes para tirar um saquinho cheio de moedas. Ela ainda estava olhando para ele e Pedro estava com admirando a sua beleza.                                                                                                                                                                                                                                     

― Você está bem? ― Perguntou Pedro sorridente.

 Selina balançou a cabeça e disse:

―Sim, estou ótima.

E ela se endireitou e os dois ainda estavam se olhando.

―Eu tenho que ir. – disse Selina e foi andando para frente.

E Pedro esbarrou as suas mãos no bolso da sua meia-calça um pouco distraído e percebeu que tinha sido roubado

―Fui roubado! – gritou Pedro.

Selina olhou rapidamente para trás.

―Foi ela! Atrás dela, Filipe! – gritou Pedro.

E, tanto Selina quanto Pedro e Filipe começaram a correr, tinha uma multidão na frente de ambos. Selina começou a empurrar as pessoas que estavam pertos e aproveitou que uma mulher de aparência de cinquenta anos, de cabelos pretos, cabelos curtinhos que estava na sua direção. Ela estava vendendo alguns vestidos de seda e Selina pegou uma mesa e jogou no meio do caminho para poder atrapalhar a passagem, deu um impulso e segurou as suas mãos numa estaca de madeira que estava gravada na parede e subiu em cima das estacas, foi andando e pulou até outro telhado. Olhou para Pedro e um sorriso começou a aparecer nos cantos de seus lábios. Sem pensar, Pedro e Filipe começaram a correr e escalaram a parede e para subir em cima do telhado. Selina começou a correr novamente, e eles a seguem. Ela viu um espaço entre os telhados, de três metros e sem pensar, Selina produziu acrobacias incríveis e aterrissou com corpo abaixado. Levantou-se rapidamente e começou a correr novamente até chegar a um muro alto. Tanto Pedro quanto Filipe produziram acrobacias da mesma forma que Selina.  Outra vez ela agiu e sentou no muro e foi escorregando até chegar ao chão. Depois de algum tempinho de perseguição, eles já estavam na praia dos corais e com suor na testa dos três e estavam perto do mar, com um vento forte que rondava o lugar. Selina chegou perto de umas rochas e começou a subir no penhasco e ambos a seguiram até chegar ao topo, ela estava cercada.                                                                                                                                                                                                        

―Basta devolver o dinheiro e poderá ir embora. – disse Pedro bem alto.                                                                                                                                                                                 

Ela ficou quieta e parecia confiante, se concentrou e em volta do seu corpo começou a aparecer um brilho que se chama aura energia, são poucas pessoas que têm esse dom no reino de Tron, mas existem mais em outros reinos.

Tanto Pedro quanto Filipe ficaram impressionados e curiosos.

― Se der mais um passo em pulo daqui! ― gritou Selina, parecia que era sério, mas era uma altura demais de trinta metros e ainda tinham pedras.

Filipe pensou que era uma brincadeira, se ela pulasse era morte na certa.

Então Pedro começou a andar bem devagar para frente e Selina para trás e sem pensar, ela virou-se quando ia pular, Pedro tentou segurá-la e os dois caíram do penhasco, deixando Filipe que gritou em desespero.


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