Lego House escrita por Giovanna Wayne


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oieeeee pessoinhaaaas.
GENTE DO CÉU VOCÊS NÃO IMAGINAM A FELICIDADE QUE EU TÔ.
MUITO OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS, EU ESTAVA PRESTES A DESISTIR!!! MUITO OBRIGADA MESMO!!!!!!!
ESPERO QUE GOSTEM ♥



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As duas primeiras semanas foram bastante complicadas: os gêmeos iam para a escola bem cedo e quando voltavam à tarde se trancavam no quarto e me ignoravam, até mesmo na hora do jantar, eles sentavam do outro lado da mesa, bem longe de mim.
Mas, por outro lado, Marlee estava cada vez mais próxima de mim. Ela me chamava para brincar de boneca, pedia para ensinar a tarefa de casa dela (antigamente isso era função da Mare) e fazia com que eu assistisse todos os filmes de princesa existentes. Porém o melhor de tudo foi o que aconteceu na sexta à tarde.
Flashback on:
“Estávamos vendo Enrolados, pela milionésima vez, sentados no tapete. Ela amava aquele filme, principalmente nas partes das músicas.
Estávamos sozinhos em casa, Tommy estava na aula de luta e Mare na aula de balé.
Ela dançava e cantava em todas as músicas do filme. E ao começar a música favorita dela - Vejo enfim a luz brilhar - a loirinha levantou rapidamente, pegou a minha mão e começamos a dançar.
– Eles são tão fofinhos. - ela disse apertando a Duda quando a música finalmente acabou. - O senhor não acha, papai?
Fiquei paralisado ao ouvir a palavra com “P” saindo da boca dela. Fazia muito tempo que ninguém me chamava assim.
– Acho sim, princesa. - falei com um enorme sorriso no rosto.
Flashback off
Marlee, como ainda estava de atestado, estava brincando com a Duda no quarto dela, e como eu não precisaria ir na delegacia, fiquei trabalhando - resolvendo algumas burocracias - na mesa da sala.
A casa estava extremamente quieta, por isso me assustei quando Mare e Tommy chegaram em casa.
Mas me assustei ainda mais quando vi que Mare estava toda suja, com algumas partes da roupa rasgada e com o rosto marcado de choro e Tommy estava com um olho roxo e com o lábio sangrando. Rapidamente eles subiram as escadas e foram para o quarto da menina.
A porta estava semi fechada, fazendo com que eu conseguisse ouvir parte da conversa.
– Mare, isso está ficando insustentável, você tem que falar pra alguém. Hoje até o idiota do Jacob te jogou no chão.
– Está tudo sob controle, Tommy.
– Não, não está. Ou você faz alguma coisa ou eu faço. - dito isso ele saiu do quarto irritado.
Esperei uns dois minutos e entrei no quarto dela, Mare estava sentada no chão com a cabeça entre os joelhos e chorando muito.
– SAI DAQUI! - ela gritou quando percebeu que eu havia sentado ao lado dela.
– Eu não vou sair daqui até você me falar o que aconteceu.
Fiquei passando a mão no cabelo dela durante uns 2 minutos, até que ela levantou a cabeça começou a falar baixinho.
– Até o final do ano passado eu era um pouco nerd, e assim, eu até era um pouco popular, mas não tanto para que os idiotas me notassem ou algo do tipo. Só que em janeiro eu perdi uma aposta com a Beatrice e tive que fazer um teste para entrar na torcida, o teste foi muito fácil, até porque eu faço balé desde pequena. - ela dizia baixinho e hesitante como se estivesse em um conflito interno. - Eu até tava gostando da torcida, tinha até umas pessoas legais lá. Porém quando a treinadora me deu o posto de capitã, minha vida se tornou um inferno. As coisas mais leves que as capangas da Mellody tão fazendo é pegar minhas roupas no vestiário e rasgarem, além disso existe o namorado de merda dela que acha no direito de ficar me jogando no chão e esse tipo de coisa. Eu não aguento mais isso. E tudo isso é porque eu “roubei” o lugar da vaca da Mellody.
– Me fala os nomes de quem ta fazendo isso?
– O que você vai fazer? - ela perguntou com a voz falhando.
– Ninguém mexe com a minha filha e fica impune. - dei um beijo na testa dela e sai do quarto, tentando controlar a minha raiva.
Sabia que ela não teria coragem de dedar aquelas pessoas, porém Tommy, por mais que ele me odiasse, me ajudaria. Ele amava as irmãs mais do que ele próprio.
Fui para o quarto dele e para a minha surpresa ele estava na porta segurando um papel.
– Essa é a lista dos nomes. Faça alguma coisa e rápido. - ele disse arisco e fechou a porta na minha cara.
Eu dei uma passada rápida na delegacia bem rápido para pegar uns papéis para organizar alguns casos que ainda estavam abertos, e liguei na escola da Mare para marcar um horário com o diretor no dia seguinte.
Marlee ficou vendo Frozen e Rei Leão o final da tarde toda, até que ela dormiu no sofá e eu vi que na verdade já era bem tarde. Tinha me concentrado tanto no trabalho que nem tinha percebido o horário 22:30.
Peguei ela no colo e a levei para o quarto, e após dar um beijo na cabeça dela, Marlee falou algo que aqueceu meu coração mesmo sem saber se ela estava consciente do que estava dizendo:
– Eu te amo, papai. Quero ficar aqui com você pra sempre.
Depois disso eu fui ver como os gêmeos estavam, eles não haviam descido desde que haviam chegado da escola.
Primeiro passei no quarto da Mare, a porta estava somente encostada. Entrei cuidadosamente, pois vi que aparentemente ela estava dormindo.
Na cômoda havia um caderninho cor de rosa, que parecia ser um diário, aberto. Normalmente eu não mexeria em algo tão íntimo, mas talvez aquela seria a única chance de saber o que passava na cabeça da minha filha.
“Querido diário,
Hoje o dia foi estranho, tipo muito mesmo. Aconteceram coisas horríveis e coisas extremamente boas.
Chuta quem me beijou hoje!!! Isso mesmo o MAVEN!!!!!!!!!
Na hora do intervalo ele falou que queria me mostrar um negócio lá no terraço da escola, a gente ficou conversando e tal. Até que uma hora eu perguntei o que ele queria me mostrar e ELE ME BEIJOU!! Não é como se fosse meu primeiro beijo, ou como se eu não soubesse que ele é afim de mim e como se ele não soubesse que eu também sou afim dele. Mas foi algo tão perfeito. A gente vai sair no sábado pra tomar sorvete!!!
No final da aula foi aquele inferno, Jacob achou no direito de me derrubar e nisso juntou aquelas nojentas começaram a rasgar minhas roupas. Eu não sei direito o que aconteceu, mas a Tris me disse que o Tommy e o Maven bateram no Jacob e ela deu uma surra nas meninas.
Porém isso ter acontecido foi até bom, porque quando eu cheguei em casa chorando, Perseu veio falar comigo e pela primeira vez em anos ele agiu como um pai. Não é como se eu tivesse perdoado ele completamente e tal, mas essa atitude dele me deu uma esperança de que talvez ele realmente queira mudar.
Agora eu tenho que ir estudar
XOXO”
Meu coração se alegrou muito com o que eu tinha lido.
– Eu vou sempre estar aqui coelhinha. - dei um beijo na testa dela e sai do quarto.
Fui ver o Tommy, e para a minha surpresa a porta não estava trancada.
Bati uma vez e entrei, a cena que eu vi despedaçou completamente meu coração: ele tinha perdido completamente a pose de durão, estava com o rosto marcado de lágrimas.
Só havia uma coisa que o deixava assim: sua mãe. Eu suspeito que quando ela morreu ele foi o mais afetado, apesar dele ser a minha cópia fisicamente, a sua personalidade era a da sua mãe.
Eles eram extremamente próximos, e após a morte dela ele entrou em uma depressão profunda. Por mais que ele não tivesse mais depressão, a mera menção de Annabeth o deixava mexido.
Confirmando minha suspeita, ele estava assistindo alguns vídeos caseiros. Sentei ao lado dele e o abracei, para a minha surpresa ele não recuou.
– Porque ela tinha que morrer? - ele perguntou baixinho e com a voz falhando.
– Não tem como explicar isso, havia chegado a hora dela. - disse enquanto passava a mão no cabelo dele.
Não sei quanto tempo ficamos assim, mas senti um vazio quando ele recuou do abraço.
– Obrigado, Perseu. - ele voltou a postura de durão que ele tinha e me surpreendeu com o agradecimento.
– Não precisa me agradecer. Sempre vou estar aqui quando você precisar.


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Notas finais do capítulo

Teve momento pai e filhooos!!!!
Aeeeee.
Não deixem de comentar!!!
Beijos amo vocês ♥



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