Dreamy Lovers (Plakki) escrita por Gondran


Capítulo 7
Best Friends


Notas iniciais do capítulo

Oieeee, tudo bom?
Peço desculpas pela demora, estava um pouco perdida por conta da escola, mas agora esta tudo certo.
ESSE CAPITULO É MEU BEBÊ, MEU XODÓ E VOU PROTEGÊ-LO!
Talvez algumas coisas fiquem um pouco confusas, mas isso tudo será explicado nos próximos capitulos.

LEIAM AS NOTAS FINAIS E NÃO SEJAM FANTASMAS!
Boa leitura!!!



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Algum tempo depois...

Tikki ▫

—Ah não, qualquer coisa menos chuva! - Corro na direção da minha casa, mesmo sendo impossível chegar até lá sem estar completamente encharcada. Sinto uma mão pousar em meu ombro e me viro rapidamente, dando de cara com um par de olhos verdes escuros fixos em mim.

—Você quase me matou de susto!

—Da próxima vez que estiver pensando em sair para a rua, certifique-se de que o tempo está bom e se não estiver carregue um guarda chuva.

—Sim, senhor! –Bato continência enquanto o observo revirar os olhos e se aproximar, me fazendo ficar de baixo de seu guarda chuva.

—Aceita uma carona até em casa, inseto?

—Com certeza, felino. –Rimos e seguimos caminhando, de braços dados para evitar que um de nós se molhe mais que o necessário.

Não demoramos muito para chegarmos a minha casa, convidei Plagg para entrar e esperar até que a chuva desse uma trégua. Pensei em preparar uma bebida quente para bebermos junto com alguns cookies que comprei com os pais da Mari.

—Você já conhece a casa, então pode ficar a vontade. Vou pra cozinha.

—Tudo certo eu esperar a chuva passar mesmo com os pais fora de casa?

—Ah, por favor, Plagg! Minha madrasta te adora e meu pai te acha bastante excêntrico, alias já disse que você pode vir mais vezes, ta tudo bem. –Disse enquanto caminhava até a cozinha e ele me seguia.

—Ele deve ter passado a pensar assim depois de eu ter dito que trabalho em um estúdio de tatuagem e que a primeira coisa que fiz quando recebi a noticia da bolsa pro intercambio foi preparar uma refeição vegana pra mim e pra minha mãe.

—Com certeza foi, ele ainda não acredita que você sabe cozinhar e ainda por cima sem carne.

—Pra falar a verdade eu nem sei como preparar carne, evito comer e quem faz é minha mãe.

—Estamos falando em comida e eu “tô” ficando com mais fome. Pegue os cookies no armário pra mim, vou começar o chocolate.

Após terminarmos de comer e fazer bagunça, arrumamos tudo e quando olhamos no relógio vimos que já era muito tarde e como ele estava sem a moto, era melhor ir logo pra casa. Espero que esse dia se repita menos a chuva.

—Até a manhã, vermelhinha.

—Gato idiota!

Rimos e ele seguiu para sua casa, lembrei-me que teríamos de entregar um trabalho ao professor de física e corri para meu quarto ver se o mesmo estava pronto. O imprimi e guardei dentro da minha mochila, junto com os demais materiais, deitei-me na cama e Chat veio me acompanhar. Sorri pensando que sempre disse que teria uma tartaruga quando criança, quem diria que na verdade eu teria um gatinho?!

Plagg ▪

—Mãe? Cheguei!

—Deixe-me adivinhar, com a Tikki novamente? –Antes que eu pudesse trancar a porta ela veio até mim.

—Pra falar a verdade, sim. Como sabia?

—Ultimamente você tem andado bastante com ela. Uma bela garota alias, lembro do dia que você me apresentou ela, um pouco rápido, mas não os culpo sei que for por acaso termos nos visto na rua.

—Vou trazê-la pra almoçar aqui, amanhã lembra? E nunca reparei muito na aparência dela. –Digo coçando a nuca.

—Plagg! Não minta pra mim. Ora, se eu não o conhecesse! Eu vejo como você olha pra ela e não me venha dizer que é só amizade, seus olhos brilham como nunca e permanecem assim por muito tempo, alias estão assim agora.

—Tudo bem, não discuto com a senhora! Agora por favor, vamos mudar de assunto. –Sorrio sabendo que deveria estar completamente vermelho.

—Já está tarde e amanhã vou sair antes de você, quer algo antes de eu ir me deitar?

—Não, obrigado! Vá descansar, é amanhã que vai ocorrer o grande evento na casa dos seus patrões não é?

—Sim, isso mesmo. Boa noite, filho.

Desde que eu era muito pequeno minha mãe deposita um beijo no topo de minha cabeça antes de ir dormir, isso continua até hoje, mesmo que pra isso precise me abaixar. Não estava com fome então fui direto tomar um banho e arrumar meu material escolar. Diferente das outras pessoas, eu gosto das segundas, elas são o meu inicio de semana, é quando volto a minha rotina.

Tive uma noite de sono bastante tranquila, o que é bastante incomum ultimamente. Acordei com o barulho de minha mãe trancando a porta ao sair, olhei no relógio, quase trinta minutos antes do meu habitual. Tomei uma ducha e bebi meu café tranquilamente e depois fui para a escola.

—Plagg você esta atrasado, até a Marinette já chegou.

—Bom dia pra você também, Tikki.

—Bom dia. Por que chegou atrasado? –Mesmo com a cara de brava me abraçou.

—Precisei reabastecer a moto. Agora vamos entrar revoltadinha.

Antes que eu pudesse me virar para subir as escadas, senti uma mão no meu ombro e quando virei-me para olhar senti apenas o impacto de um punho em meu rosto, me desequilibrei e quase cai, mas Tikki me apoiou.

—O que deu em você, Elliot?

—Achou mesmo que eu ia deixar esse teatrinho durar muito tempo? Você é minha! Nem ele e nem ninguém tem que se aproximar de você. –Minha cabeça estava girando um pouco, senti que meu nariz estava sangrando um pouco, maldito piercing.

—Ela não é sua propriedade seu babaca. –Larguei meu material e fui pra cima dele, iniciamos a briga ali mesmo, enfrente a escola.

Poucos segundos após o primeiro soco ter sido dado, uma multidão de alunos se juntou em torno de nós. Por sorte, meus amigos e outros alunos nos separaram se não o tivessem feito, teria sido muito pior. Ele saiu xingando e dizendo que iria me matar da próxima vez, eu simplesmente ignorei.

—O que deu um você, Plagg? –Questionou Adrien.

—Achou mesmo que eu iria apanhar de graça?

—Eu sei que você o detesta, mas precisa se manter calmo.

—Eu não consigo... –Nessa hora dois braços rodearam a minha cintura por trás.

—Quantas vezes eu vou precisar dizer pra você ignorar as provocações dele? Sabe por que ele iniciou esse showzinho aqui na frente? Porque sabia que isso poderia te prejudicar, pois sexta passada você não soube me ouvir e ficou discutindo com ele. –Ela parou na minha frente e no mesmo instante arregalou os olhos e pôs as mãos na boca.

—Não pode estar tão terrível assim, está? –Enquanto os outros concordavam que eu estava péssimo, Tikki juntou minhas coisas e saiu caminhando para dentro da escola.

Depois de muito tempo perdido deixando que Tikki limpasse meu rosto do sangue e se certificasse de que tinha passado pomada em cada um dos pequenos cortes feitos por causa dos piercings, ela finalmente disse que poderíamos ir até a sala de aula, coisa que a essa altura nossos colegas já teriam feito.

As aulas seguiram extremamente calmas até o intervalo, quando Thiago veio importunar a Tikki e ela o mandou embora. O recreio seguiu normalmente, assim como as demais aulas, até Tikki me cutucar.

—Precisamos prestar atenção no filme, ela vai passar um trabalho sobre ele.

—Você já viu esse filme muitas vezes. Precisamos conversar. –Aqueles grandes olhos azuis fazem ser impossível dizer não a ela.

—Tudo bem, mas vamos seguir sussurrando é melhor.

—Quando você saiu para ir ao banheiro, Thiago veio até mim e disse que não precisávamos nos preocupar que ele estava em outra. Não me convenceu, mas resolvi lhe perguntar, o que acha disso?

—Com certeza é mentira, ele deve estar se preparando para alguma coisa.

No fim da ultima aula, Tikki foi até seu armário e eu fui direto até a moto. Antes mesmo de chegar nela, vi o que ele havia feito, só podia ter sido o desgraçado do Thiago. Os pneus que havia trocado há pouco tempo estavam rasgados, retrovisores quebrados e a pintura completamente arranhada. Um monte de sucata era o que ela havia se tornado aos olhos alheios. Abri o compartimento dela e peguei meu capacete, teria de empurra-la até em casa.

—Foi ele não foi?

—O que você acha?

—Eu sinto muito. –Passei o braço por cima dos ombros dela e ela abraçou minha cintura.

—Eu também sinto.

Tikki ▫

Plagg ligou para um colega de trabalho e ele foi até a escola pegar a moto dele, acabamos ganhando uma carona. Meus pais não iam almoçar em casa, tinham um almoço com uns amigos; logo que falei isso para Plagg ele me convidou para almoçar na casa dele e pela primeira vez, aceitei.

Quando chegamos, percebi que havia um carro em frente à casa, permaneci quieta, mas notei que o tal “colega de trabalho” perguntou se Plagg queria que ele entrasse, ele apenas negou com a cabeça. Deixamos a moto em frente à porta da garagem e ele me olhou como quem não soubesse o que dizer.

—Tudo bem, gatinho?

—Ainda não sei, mas não se preocupe ta bem?

—Esse carro é do seu pai né?

—É sim. –Sorri e segurei a mão dele na intenção de passar algum tipo de segurança, pareceu dar certo, pois ele sorriu de volta e seguimos até a porta.

Assim que entramos, percebemos que a mãe de Plagg estava estressada, já o pai de Plagg parecia muito confortável com o fato de não ser bem-vindo na casa.

—Imaginei que depois da nossa ultima conversa você não teria a cara de pau de voltar aqui.

—Eu lhe disse que queria minha família de volta, estou bem disposta a tê-la, filho!

—Já disse que não sou seu filho! –Ele ergueu o tom de voz e sua mãe virou-se na cadeira olhando em nossa direção.

—Filho, não precisa discutir, ele já está de saída. Olá, Tikki! Que bom vê-la!

—Olá, digo o mesmo da senhora. –Recebo um sorriso amistoso vindo dela.

—Não vai me apresentar sua namorada? –Senti a mão dele segurar a minha mais forte enquanto se colocava a minha frente, impedindo seu pai de se aproximar.

—Você não vai contamina-la, sai logo da minha casa e não volta mais.

—Já que faz tanta questão que eu saia, eu saio, mas vou voltar sim.

No momento em que o homem que tinha a altura de Plagg, olhos verdes e cabelo loiro saiu da casa, senti a mão que segurava a minha relaxar até finalmente solta-la e ir dar um abraço na mãe.

—Espero que ele não tenha incomodado você.

—Não, ele veio com a mesma historia que você conhece e quando o pressionei sobre a verdade, ele disse que precisava de dinheiro. Disse que havia feito uma conta e tinha apenas alguns dias para pagar, caso não pagasse coisas ruins poderiam acontecer a ele.

—Obviamente seria algo assim, ele vai ficar esperando sentado por dinheiro nosso. Foi embora porque quis, nos abandonou porque quis, agora que se vire sem nós.

—Exatamente o que eu disse a ele, mas não é sobre isso que vamos conversar agora. Desculpe pela cena, querida. Agora vão lavar as mãos e venham almoçar, fiz uma comida especial para vocês dois.

—Não se preocupe com isso.

Após um almoço delicioso, Suzanne, foi até a geladeira e pegou uma torta de bolachinhas que estava lindíssima.

—É definitivamente a melhor mãe do mundo! Tikki você esta preparada para experimentar a melhor sobremesa do universo? Essa torta é um verdadeiro manjar dos deuses.

—Posso dizer que ela está com uma cara ótima, mal posso esperar para experimentar. –Recebi minha porção e já fui provando. –Uau! Plagg você esta certíssimo, é a melhor sobremesa do mundo.

—Vocês dois são muito exagerados, mas agradeço o elogio.

Conversamos mais um pouco, Plagg contou à mãe o que haviam feito na sua moto e ela ficou horrorizada, mas após ele dizer que poderia concertar ela ficou mais tranquila, observando a maneira como eles agiam entre si eu finalmente entendi. Família é isso, amar incondicionalmente alguém, mesmo que seja uma pessoa só, ou varias. Irmãos, primos, pais, avós, tios ou apenas um deles, o importante é que estejam juntos e que apoiem um ao outro.

—Tikki?

—Sim?

—Onde você estava inseto?

—Não me chame assim, felino! Eu estava só pensando.

—Eu perguntei se você quer dar uma volta após eu terminar de lavar a louça, recebi uma mensagem do Mathias dizendo que o estúdio vai ficar fechado hoje, parece que ele vai precisar sair da cidade, ou algo assim.

—Vamos sim! Eu te ajudo para terminar mais rápido.

Eu não poderia estar mais enganada, logo que Suzanne saiu, fomos lavar as louças, mas acabamos fazendo uma bagunça maior do que a arrumação em si. Quando finalmente colocamos tudo no lugar, Plagg pegou seu celular e carteira e nós fomos em direção a Praça do Trocadéro*.

—Essa é a minha parte favorita da cidade, gosto da vista que se tem da torra olhando daqui.

—É realmente muito bonito, mas acho que minha parte preferida é o Museu do Louvre*, não entendo muito de arte, mas acho um lugar bem bonito.

—Realmente é apesar de eu também não entender nada de artes. –Rimos juntos e escolhemos um lugar mais calmo, próximo a uma arvore, nos sentamos lado a lado, ficando encostados no tronco.

—Eu sinto muito pela cena hoje cedo na minha casa.

—Eu já disse que tudo bem, sabe quem não me importo. O almoço com a sua mãe foi incrível, ela é adorável, uma mulher incrível, muito bonita alias. Não precisa se desculpar tudo bem?

—Toda vez que temos uma conversa mais seria eu entendo o motivo de termos nos aproximado tão rápido. Vem cá! –Ele passou os braços pelos meus ombros e me puxou para um abraço.

Ficamos abraçados em silêncio por um bom tempo, até que me afastei um pouco e olhei para ele; estava me olhando, sorri e senti meu rosto corar. Ele pôs a mão em minha bochecha e acariciou levemente.

—Você é muito linda sabia? Eu não consigo explicar, suas sardas, a maneira como você fica corada quando recebe um elogio, seus olhos azuis, seu sorriso, tudo. Cada detalhe torna você única.

—Plagg eu nem sei o que...

—Não precisa falar nada, eu só tinha que dizer isso, não podia mais guardar o que sinto em relação a você. Você é minha melhor amiga e eu não quero perder a sua amizade, mas não sei se quero continuar sendo apenas seu amigo.

—Você também é meu melhor amigo, mas acho que sinto o mesmo. Não sei o que exatamente, mas é diferente de tudo que já senti. Eu gosto muito de você, gatinho. –Sorrio e abaixo levemente a cabeça.

Dessa vez sua mão segue até a minha nuca, olho para ele e me perco em seus olhos verdes, nossos rostos vão se aproximando e quando percebo já estou de olhos fechados, finalmente seus lábios tocam os meus e iniciamos um beijo calmo, terno, nossas línguas dançavam em perfeita sincronia, estava perfeito! Não poderia, não deveria terminar, mas o ar se fez necessário e finalmente nos separamos, encostamos nossas testas e meu sorriso foi inevitável. Olhei em seus olhos e corei, finalmente voltei à posição inicial, com as costas encostadas em seu peito e mais feliz que nunca. Ele da um beijo no topo da minha cabeça e sussurra “Eu nunca me apaixonei por ninguém antes, acho que você esta me ensinando como é isso”.

...


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Notas finais do capítulo

SOCORRO FINALMENTE SAIU O BEIJO DELES E EU TO MUITO FELIZ, ALGUÉM BATE NA MINHA CARA QUE EU NÃO TO ACREDITANDO.
Cada dia que passa eu pego mais ranço do Elliot, Thiago e do queridíssimo pai do Plagg, deus me drible!

Gostaria de pedir para vocês me chamarem de Gondran, acho que assim eu me aproximo mais de vocês, afinal meus amigos e conhecidos me chamam assim...

Por hoje é isso, até o próximo, kissus!



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