Sabrina: on

  Se passou algum tempo depois da primeira conversa da Ana com os seus pais e dês de então eles começaram a criar uma pequena rotina, e já não precisavam que os acompanhassem nelas, mas ainda assim eles insistiam na minha presença em cada uma e só recentemente conseguirá convencê-los do contrário depois de ter passado dias dando argumentos. Apesar de ter conseguido resolver parcialmente essa questão ainda havia uma que me incomodava, como terminar com o Leandro, afinal eu não queria mágoa-lo muito menos queria continuar nessa relação, se eu soubesse da dor de cabeça que isso me causaria depois nunca teria começado a namorar com ele, mas para ser justa isso só aconteceu porque acabei descobrindo o que sentia pela Ana, se não fosse por isso esse namoro seria um sonho e o pior é que eu não faço ideia se a Ana sente o mesmo ou pelo menos estava começando a sentir e eu não sou o tipo de pessoa que se joga de cabeça em algo antes de ver a profundidade. Fora isso a Ella não estava ajudando muito, ela havia dito que me ajudaria, mas até agora o máximo que fez foi sumir do mapa e se não fosse por umas poucas mensagens que recebia eu poderia jurar que havia morrido.

[mensagem]

[Eu]: - A onde você se meteu?

[Patamança]: - Tive que fazer uma viagem de emergência, volto daqui á alguns dias.

[Eu]: - Tudo bem, só não fica offline por muito tempo, eu preciso dos seus conselhos.

[Patamança]: - Não Sabrina, você precisa de coragem e isso eu não posso fazer por você.

[Eu]: - Mas eu nem sei se a Ana sente o mesmo.

[Patamança]: - E nem vai saber se não abrir o jogo, mas antes termina com o Leandro, senão teremos duas pessoas magoadas e só pra deixar claro eu não gosto de causar términos de namoro por isso vai fazer isso sozinha.

...

Antes que eu pudesse responder Ella sai da conversa, me deixando sem alternativas além de encarar que não poderia enrolar mais essa situação só não sabia por onde começar: - Tá começando a sair fumaça - escuto Ana dizer enquanto se sentava do meu lado e me dava um meio abraço, me causando um pequeno infarto.

— Ana você me assustou - digo, segurando a vontade de ficar um pouco mais perto dela.

— Desculpa, mas você parecia precisar de um abraço ou alguém para conversar - disse ela não mostrando intenção de quebrar o contato.

— Eu realmente tava precisando - admito soltando um suspiro, pensando se deveria ou não perguntar para Ana sobre o meu dilema atual - mas eu preciso mesmo é de um conselho.

— De que tipo? - questiona minha amiga.

— Bem Ana você esteve em muitos relacionamentos, não é? - pergunto a vendo coçar a bochecha enquanto corava um pouco.

— Eu não diria que foram muitos - disse Ana desviando o olhar e tirando o seu braço de meu ombro, me causando uma careta interna por isso.

— O que não foram muitos? - questiona Rebeca se sentando na mesa em nossa frente.

 - Os relacionamentos da Ana - respondo.

 - Depende você se refere aos oficiais ou os temporários? - pergunta a nossa amiga, enquanto a própria Ana escondia o seu rosto entre seus braços que estavam cruzados em cima da mesa.

— Por favor não responde - implora baixinho, mas com certa firmeza.

— Eu acho que todos - digo em duvida sabendo que aquela conversa estava chateando minha amiga que parecia cada vez mais afundada em sua própria cadeira.

— Não foram muitos para ser sincera - admite Rebeca - mais também não foram poucos, eu diria que dez temporários e dois oficiais.

  - Obrigada pela informação - digo escutando Ana resmungar do meu lado.

  - Mas por que você teve esse repentino interesse nos relacionamentos passados de nossa amiga? - questiona Rebeca.

  - Eu gostaria de um conselho - respondo sendo sincera.

  - Que tipo de conselho? - pergunta Rebeca, enquanto Ana começara a voltar ao normal.

 - Como terminar um relacionamento - digo envergonhada abaixando a cabeça esperando as reações das duas.

  - Pera ai o quê? - pergunta Ana surpresa - Você quer terminar com o Leandro, por quê?

  - Eh, eu descobrir que não gosto dele daquele jeito - respondo envergonhada.

  - Só se esquece um amor com outro amor - disse Rebeca num tom risonho notando o meu olhar - pera ai eu acertei?

  - Não - nego sobressaltada.

  - Negou rápido demais - disse Ana - quem é dessa vez, a gente conhece?

  - A gente pode se concentrar no principal? - questiono.

  - Ok, Sabrina não existe jeito fácil de se terminar se existisse eu adoraria saber - disse Ana - mas o melhor jeito de não se odiarem é se for sincera e sobre a pessoa que gosta se estiver gostando de outra pessoa é melhor pensar e ter certeza antes de fazer uma escolha ruim, como eu fiz.

Continua...