Eleonora e Jenifer - Uma Nova História escrita por GehhSantos


Capítulo 41
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, bom final de semana e me façam feliz deixando um review =)

Beijinhos =*



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Ao saírem da faculdade, Jenifer viu do outro lado da rua Thomas Jefferson, ela sorriu e Dafne olhou com cara de desprezo. Jenifer saiu em disparada, mas reparou que nem havia se despedido da amiga, deu meia volta e disse:
- Ai amiga, desculpa, é que fiquei empolgada. Você não quer mesmo ir almoçar com a gente?
- Eu não! Você sabe muito bem que eu não suporto esse cara.
- Ah, não fala assim dele, o Thomas é legal, mas enfim, se você não quer ir não vou insistir, tchau.
Dafne disse tchau e ficou inconformada com a cena que viu, assim que Jenifer se afastou ela enviou uma mensagem para Eleonora falando que estava a caminho da baixada. Eleonora respondeu perguntando se Dafne havia almoçado, e se não tivesse era pra ela almoçar junto dela em sua casa. Dafne concordou, subiu na moto e foi. Dentro do carro do deputado, Jenifer e Thomas decidiram onde almoçar, mas antes de irem para o lugar escolhido, Jenifer disse:
- Mas antes eu preciso ir em casa tomar um banho e trocar de roupa, esse calor acaba comigo.
- Então a gente pode almoçar lá na baixada mesmo, acho que não agüentarei voltar pro Rio - respondeu Thomas sorrindo. Jenifer concordou e os dois partiram para baixada.

 

_______♥_______

 

Dafne achou rapidamente a casa de Eleonora. Desceu da moto e bateu palma, quem atendeu a chamada foi Janice, que logo reconheceu a ruiva de quem Eleonora falou. Janice convidou para entrar, mostrou um canto na garagem onde ela colocaria a moto e disse para Dafne subir até o quarto de Eleonora. Dafne agradeceu toda atenção da mãe de Eleonora e quando colocou o pé direito na escada, Eleonora veio ao seu encontro dizendo que as duas iriam almoçar primeiro. Janice colocou os pratos e Eleonora a ajudou. Minutos depois Dafne e Eleonora começaram a conversar, mas nada sobre o assunto que havia levado Dafne até Eleonora.
As duas terminaram o almoço e Janice disse que Eleonora poderia subir que a louça ficaria por conta dela. Dafne agradeceu o almoço e subiu com Eleonora.
Ao chegarem ao quarto, Eleonora e Dafne sentaram-se na cama. Eleonora olhava Dafne de forma triste, uma onda de sentimentos misturados tomavam conta do seu corpo e lágrimas surgiram nos seus olhos e antes que começassem a cair Eleonora ergueu a cabeça e respirou fundo.
- Prometi pra mim mesma que não choraria mais, mas é inevitável. Dafne sorri e segurou as mãos de Eleonora como fez com Jenifer, passando-lhe confiança. Eleonora então contou a Dafne a versão, que não mudava em quase nada, a única parte diferente da versão contada por Jenifer, era o depois de tudo e o sofrimento.
- Sabe Dafne, eu nunca me senti tão impotente, tão machucada em toda a minha vida... Estou perdida, se não fosse meu trabalho que tanto amo, não sei o que seria de mim. O pouco que ela demonstrou sentir naquele momento, me fez perceber que a partir dali, se eu quisesse mesmo ficar com ela, eu ia ter que enfrentar a pior guerra da minha vida.
- Quisesse? Você não quer lutar por ela Eleonora?
- Eu...
Eleonora respirou fundo, e novamente ergueu a cabeça tentando impedir que as lágrimas que insistiam em aparecer rolassem de seus olhos.
- Eu quero, mas não sei se vou ser forte o suficiente. E além do mais, acho que ela está muito bem sem mim, Regininha me disse que ela está saindo com um tal de... De...
- Thomas Jefferson.
- Você o conhece?
- Hoje ele foi à faculdade buscar ela para almoçar, detesto esse mauricinho. Cara chato. Mas Eleonora, ela sente sua falta sim, algumas vezes ela já demonstrou que sente. E hoje o professor entregou aquele trabalho sobre osteoporose que você ajudou ela a fazer lembra? E sabe o que ela fez?
Com os olhos curiosos Eleonora perguntou:
- O que?
- Ela saiu correndo da sala e foi para o banheiro, quando cheguei lá ela estava chorando e muito. E a conclusão que eu chego, é que ela teve essa reação por que ela se lembrou de você, assim como no dia que a gente foi na sorveteria do shopping esses dias e ela disse que uma vez levou um choque lá junto com você. Ao lembrar-se desse dia Eleonora sorriu.
- Lembro de todos esses momentos e me da um aperto no coração... Meu irmão sempre diz que eu sou decidida, batalhadora... Mas eu não sei por onde começar, não sei. Eleonora levou as mãos aos cabelos e os jogou para trás.
- Léo calma. Eu sei que não está sendo fácil... Pra nenhuma das duas. Já conheci pessoas que reagiram muito mal a sua condição sexual quando descobriram, mas depois, mesmo não ficando com a pessoa que lhe fez descobrir a sua sexualidade, elas se conheceram melhor e hoje vivem muito bem com isso. O negócio é mostrar pra Jenifer que isso é normal, que ela pode ser feliz, mesmo com todo preconceito e dificuldade que existe...
- Mas como eu vou fazer isso Dafne? Ela não quer nem que eu chegue perto dela...
- Deixa comigo, eu tenho um plano.
Regina estava indo para o banheiro quando ouviu do quarto da irmã uma voz conhecida e na curiosidade foi saber quem era.
- Dafne seu nome né? Tudo bem? Lembra de mim... Lá da casa da Jenifer.
- Claro que lembro como vai? Não sabia que você era irmã da Léo, vocês quase não se parecem. Eleonora sabia que a irmã vinha da casa de João Manoel e resolveu perguntar por Jenifer.
- Rê... É...
- É da Jenifer que você quer saber né Léo?
- Hunrum...
- Quando eu estava vindo embora, ela estava chegando junto com aquele cara... O Thomas Jefferson... E ela parecia feliz. Ao ouvir as palavras da irmã Eleonora desabafou e toda lágrima contida dentro de si começou a transbordar.
Regina abraçou a irmã e saiu do quarto.
Dafne abraçou Eleonora consolado-a. O abraço se tornou mais intenso e as mãos de Eleonora percorriam as costas de Dafne em movimentos lentos e fortes. Dafne correspondeu aos toques de Eleonora e minutos depois seus rostos estavam unidos, Dafne segurava o rosto de Eleonora que fazia o mesmo. Dafne acariciava intercalando entre toques delicados de suas mãos e seu rosto e seu dedo percorria os finos lábios de Eleonora. Suas respirações se tornavam ofegantes, suas bocas próximas, tão próximas que foi inevitável um beijo entre elas.


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