Como Deveria Ser escrita por Titocas Mesquita


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Quando escrevi essa fic, eu estava viciada em Reign!
Confesso que já faz um tempo que não assisto, faltando apenas a última temporada pra terminar.
Mas se tem algo que eu tenho certeza é que meu personagem favorito é o Sebastian! Sem sombra de dúvidas ❤
É tão triste que ele não tenha existido historicamente e mesmo assim sofreu tanto na série... Me parte o coração.
Por isso escrevi essa história! Pra compensar um pouco as tragédias que aconteceram com o nosso pobre Bash.


Espero que gostem da leitura, nos vemos lá em baixo ♥



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♞ Titocas Mesquita♞

Como deveria ser

 

— Diga que me ama. – seu olhar é um misto de desespero e anseio, algo atípico de Bash – Pois eu sei que é verdade.

— Bash... – sussurro, encarando o chão. Mordo o lábio inferior, de forma hesitante – Eu te amo, Bash.

— Diga o resto... Eu preciso ouvir. – ele está aparentemente aceitando uma derrota que eu nem ao menos sei se há um vencedor.

— Eu sou Maria Stuart, futura rainha da Escócia. – começo a falar, reparando em cada pequena reação de Sebastian – Desde os seis anos fui destinada a casar-me com o príncipe Francis, futuro dono da coroa francesa. As ameaças que vivi sofrendo, o medo que sempre senti serão abafados e anulados pela minha aliança com a França, que me trará a proteção que preciso. Porém, só será possível se eu me casar com o próximo rei. – paro um pouco para respirar e organizar melhor os meus pensamentos – Desde pequena fui criada para aceitar meu destino, sem nunca o temer. É tudo pelo meu país, tudo pela Escócia.

Tento dar o ar mais confiante na medida do possível ao falar, percebendo que a cada palavra dita, a faísca de esperança no olhar de Bash vai sumindo aos poucos. Ele pensa em recuar alguns passos, mas mantém-se firme. Como adentrei os seus aposentos sem antes ser anunciada, peguei-o de surpresa. Ele estava limpando suas feridas recentes e por isso está sem nenhum casaco ou blusa, facilitando para que eu consiga ver a sua respiração ofegante.

— Você pode escolher seu destino agora, Mary. – Bash se aproxima de mim, quebrando drasticamente a distância que antes nos separava – Eu serei rei. Basta esperarmos calmamente pela resposta do Vaticano em relação a minha legitimação, então a linha de sucessão real mudará. – o moreno desvia o olhar, escolhendo meticulosamente as suas palavras – Ainda assim é um risco que teríamos que tomar.

Lembro-me do que a amante do rei havia me dito, e do que muitas outras criadas também haviam me informado. Atualmente, há muitos casos de filhos sendo legitimados. Com o rei da França não pode ser diferente, certo? Tamanho é o seu poder e influência no mundo inteiro, a probabilidade de ter sucesso é enorme, mas mesmo assim, não é totalmente certa. E se o pedido for negado? Eu devo pensar primeiramente em meu país, na Escócia.

— Em sua vida inteira você se viu presa em assuntos políticos. – Bash interrompe o silêncio entre nós dois – Comigo nem sempre foi assim, um bastardo não precisa se preocupar com tais coisas. Mas, de um minuto para o outro, descubro que posso ser rei. É tudo novo para mim agora, minha cabeça está uma bagunça tanto quanto a sua, mas de uma coisa eu tenho certeza. Se eu me casar contigo, antes de tudo irei exercer o meu papel como marido. Você sempre será a minha prioridade, será colocada acima de qualquer questão política. Não sou como meu meio-irmão Francis, que têm todas as ações visando o país que carrega nas costas, independente de qual seja essa ação.

— Sim, você não é como ele. – respondo mais para mim, do que para Bash ouvir. Deixo-me levar pelo sentimento – É por isso que eu te escolho, Sebastian. – um sorriso enorme brota em seus lábios, o mesmo acaba acontecendo comigo – Eu vim para casar-me com Francis, porém, não percebi que meu coração estava aberto. Que desde o primeiro dia que pisei aqui, nutria sentimentos por você. Quantas decisões já tomei e me arrependi depois? O seu cargo como rei é quase certo, mas tenho certeza que não irei me arrepender por estar correndo esse risco. Pois eu o amo.

— Você me fará o bastardo mais feliz de toda a eternidade, Mary. – ele sorri como eu nunca havia visto antes. O brilho em seus olhos transmite alegria, essa que contagiaria qualquer um presente nesse cômodo – Eu te amo Maria Stuart. Dê-me a honra de ter a sua mão.

— A resposta é sim Bash. Sempre foi sim.

Bash me puxa delicadamente para um abraço e seus braços dispostos em volta de meus ombros me envolvem de forma protetora. O cheiro típico de Sebastian é extremamente viciante, me fazendo ansiar por mais. Com a ajuda dos dedos indicador e médio, o mesmo levanta o meu rosto, me fazendo olhar para aqueles dois olhos profundamente verdes e cheios de vida. Ambos não conseguimos parar de sorrir, a felicidade na atmosfera transmite uma sensação maravilhosa, algo que antes eu nunca havia sentido. Nem mesmo com Francis.

Puxo Bash pela nuca de forma um pouco violenta, confesso. Começamos um beijo lento e calmo, que logo se transformou em algo mais desesperado e feroz. De forma sorrateira ele me prensa contra a parede, partindo dos meus lábios para o meu pescoço. O moreno acaricia a minha cintura no ritmo em que bagunço todos os seus fios de cabelo, em perfeita sintonia.

Invertemos as posições, agora quem está na parede é Bash. Ele solta um baixo gemido de dor quando suas costas vão de encontro à parede, só então me recordo da briga que ele teve com o irmão mais cedo. Abro os olhos e me afasto um pouco, o suficiente para conseguir ver de sua cintura para cima. Fito-o, várias manchas arroxeadas e avermelhadas estão espalhadas pelo seu torso nu, percebo também que uma mancha de sangue se faz presente nas bandagens que cobrem parte de seu braço.

— Eu estou bem, não precisa se preocupar. – como sempre, o orgulho de Bash se sobressai. Mas logo ele mesmo se entrega, soltando um xingamento baixo quando começo a retirar os curativos.

— O corte em seu braço continua a sangrar... Os pontos devem ter rompido. – tento deixar as minhas mãos o mais leve possível para desenrolar as bandagens, procuro também ser rápida – É melhor você se acostumar... Costumo ser muito preocupada com as coisas que me importam. E também, é meu dever como sua esposa.

— É tão bom ouvir isso saindo de seus lábios. – Bash sorri, um sorriso que vai de orelha a orelha – Minha esposa.

Seus olhos não pararam de brilhar por nenhum segundo sequer desde que confessei os meus verdadeiros sentimentos pelo mesmo. Ao ver meu reflexo em seus grandes olhos é como se nada mais importasse, percebo que quero tê-los junto de mim até o meu último suspiro. Tudo está como deveria ser.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥
Qualquer errinho, é só me avisar! Faz um tempinho que escrevi esse capítulo...

Ate mais, beijãoo!



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