Minha Alma escrita por Ana21
— Boochan! – começou Sebastian seguindo o menino, agora verdadeiramente preocupado – eu sei que você pensa que isso é um ato de traição, mas...
— Essa não é uma daquelas discussões onde você coloca argumentos construtivos no meio da minha raiva e me faz ceder – gritou Ian furioso – eu não vou receber Francis aqui, não vou receber nenhum Phantomhive...
— Tecnicamente sua tia é uma Mild...
— Sebastian!
— Certo – disse o demônio decidido a não provoca-lo mais – mas algo tem de ser feito, a rainha já deu autorização para ela, não podemos simplesmente dizer que não vamos recebe-la, seria uma vergonha para o nome Michaelis.
— Se ela vier, eu estou saindo – disse o rapaz decidido, e foi a vez de Sebastian se preocupar.
— Não podemos deixa-la sozinha aqui, ela veio aqui para nos ver, se formos embora seria igualmente grosseiro.
— Parece que eu não fui claro – começou Ian paciente – ela vem aqui conhecer o Cão de Guarda da Rainha, que para todos os registros é você!
— Boochan!
— Isso não tem nada a ver comigo – continuou – você aceitou que ela viesse a nossa casa, você aceitou esse encontro sem nem ao menos protestar...
— Quem disse que eu não protestei? – tentou defender-se, mas o olhar penetrante de Ian e fez o mordomo bufar de frustração.
— Eu não vou ficar aqui enquanto essa mulher maldita viola a nossa cama – finalizou o rapaz – eu vou viajar durante esse período e você pode fazer o circo que você quiser com essa maldita aqui.
— Você está esquecendo de uma coisa? – começou Sebastian de braços cruzados.
— De que? – perguntou o rapaz pacientemente, sua raiva se acalmando gradativamente. Sebastian parecia sentir isso e aproximou-se do menino com mais calma, ficando apenas a alguns centímetros dele.
— Onde você iria sem mim? – perguntou com puro desdém.
— Não somos vinculados, posso ir aonde quiser.
— Mas temos um maldito contrato.
— Contrato esse que te permite passar duas semanas em Paris e dormir com um bando de prostitutas – rebateu o rapaz – e olhe como eu sofro por isso? Tenho certeza que você vai sobreviver alguns dias sem mim.
— Vamos deixar algumas coisas claras – começou o demônio tentando ser o mais claro possível – estamos entrando no outono e logo será seu aniversário, você sabe o que vai acontecer no seu aniversário?
— É claro que eu sei, e espero que valha a pena, por que você fica jogando isso na minha cara a cada...
— Nos dois vamos acasalar – firmou cortando o rapaz – eu vou leva-lo além do rio e vou torna-lo meu para sempre, e por mais que eu queira dizer que isso vai ser fácil eu posso garantir que não será – e ele agarrou o queixo do rapaz o trazendo para junto de si – eu não vou perder você de vista, não quando o nosso prazo está tão curto.
— Então se livre daquela maldita mulher – disse o rapaz não se abalando com a postura do demônio.
— Eu não posso fazer isso – rebateu o demônio, Ian abriu a boca para retorquir, mas Sebastian o interrompeu – e você não vai sair dessa maldita casa, esqueça isso – Ian de um rugido furioso libertando-se do aperto do demônio.
— Como sempre você consegue tudo o que quer – disse furioso afastando-se dele indo em direção a varanda.
— Boochan...
— Eu não quero ficar na sua presença agora, saia – disse o rapaz, mas Sebastian começou a caminhar em sua direção – Ao menos me conceda esse momento, me deixe em paz, SAIA! – vociferou e Sebastian estagnou sabendo que tinha que fazer, era necessário. Ele respirou fundo e saiu do quarto, esperando que o tempo acalma-se Ian.
Visitas indesejadas
Três semana depois
— Eu não acredito nisso – disse Sebastian tentando se acalmar, ele conseguia sentir Ian em algum lugar longe, no centro da floresta próximo as cachoeiras. O outono já havia tomado conta do país e os campos floridos estavam sofrendo, as cores vivas não estavam mais em todos os lugares, mas as folhas secas alaranjavam a paisagem movida pelos ventos do outono, o vento era frio o que fazia com que o demônio ficasse mais preocupado – ele está indo para a cachoeira, será que alguém pode ir busca-lo?
— Ele não vai vir – disse Baldroy se aproximando dele – se você não for até ele.
— Não posso sair agora, a tia dele está chegando – disse o demônio irritado – ele sabia que ela estaria aqui as duas, fez isso de propósito.
— Finnian disse que vai busca-lo – informou o Mey alinhando o vestido – mas não acho que seja uma boa ideia, você sabe como ele está vestido não sabe?
— Sim eu sei – disse Sebastian ouvindo a movimentação na frente da mansão, o coche provavelmente chegando na entrada – mas não temos tempo para isso, ela está chegando – então ele estagnou, não era apenas um coche – isso só pode ser brincadeira.
— O que foi?
— Peça a criadagem que arrumem mais dois quartos – pediu o demônio respirando fundo – temos mais convidados do que o esperado – e começou a caminhar para entrada onde saíram de seus coches ninguém mesmo do que Ciel Phantomhive e sua noiva Lady Elizabeth, logo atrás “Tia Francis” vinha acompanhada de seu filho Edward, Sebastian deixou o ar de seus pulmões sair, aquilo era mal, muito mal.
— Marquesa – começou Sebastian com a proximidade de Edward – seja bem vinda.
— Lorde Michaelis – disse ela seria, sua expressão estritamente sulista analisava cada centímetro da propriedade – foi uma longa viagem, vocês realmente vieram para muito longe.
— Foi necessário – disse o demônio cortês como sempre – espero que a viagem tenha sido agradável.
— No início foi muito incomoda, mas tenho que admitir que após entrarmos em sua propriedade a viagem se tornou bastante agradável.
— Trabalhamos muito para isso – disse o demônio, ele então voltou-se para a Edward – Edward.
— Lorde Michaelis – cumprimentou contra gosto, como se as palavras saíssem com gosto de vinagre de sua boca – uma bela propriedade de fato.
— Fico feliz – disse e então seu olhar voltou-se para o seu maior problema, de pé ao lado de sua noiva com um cabelo idêntico ao do finado Vincent, estava ninguém menos do que Ciel Phantomhive e Lady Elizabeth.
— Conde Phantomhive – cumprimentou o demônio – Lady Elizabeth, sejam bem vindo a nossa propriedade.
— Sebastian! – disse Elizabeth inaceitavelmente feliz se aproximando do mordomo – faz tanto tempo que não nos vemos, você está ótimo.
— Elizabeth – disse a voz cortante de Ciel – contenha-se – ele aproximou-se dos dois com todo o luxo e elegância de um conde – Lorde Michaelis, espero que as acomodações da casa estejam a altura.
— Tenho certeza que estão – disse o demônio – por favor entrem.
Logo todos estavam devidamente instalados e seus quartos preparando-se para o chá Sebastian estava quase em pânico, ele não estava contando com isso, mas agora era tarde e ele tinha que remediar a situação. Ele entrou na cozinha para verificar a criadagem e foi saldado pelo cumprimento de Tanaka que veio acompanhar seu mestre.
— Lhe asseguro que tudo estará pronto em breve Lord Michallis – assegurou o mordomo cortês, Sebastian sorriu conformado e então voltou-se para Finnian que acabará de entrar.
— Finnian vá trás dele – mandou – ele já devia ter voltado, acho que ele nem almoçou ainda.
— Não precisa – disse Ian entrando na cozinha pela porta dos fundos chamando a atenção de todos – me apresentando no cárcere.
— Se apresente ao banheiro e troque de roupa – mandou Sebastian vendo o rapaz descalço, cabelos bagunçados pelo vento, roupas ainda úmidas e desgrenhada – e vá pela lateral.
— É minha casa vou para onde eu quiser – rebateu o rapaz levando as botas na mão esquerda – e como quiser, inclusive no meu quarto, onde farei minhas refeições até ela ir embora.
— Eles – corrigiu Sebastian tentando acabar logo com aquele sofrimento, o rapaz parou no ato de atravessar a porta da cozinha virando-se para o ex-mordomo.
— Como assim eles?
— Sua tia não veio sozinha – começou, Ian virou-se para ele agora sentindo o pânico se instalar, ele olhou para Sebastian com expectativa e como se lesse aqueles olhos heterocromáticos ele confirmou com um aceno.
— Onde estão?
— Eu seus quartos se preparando para o chá da tarde – disse, o rapaz sentou-se em um dos bancos da cozinha – não tinha como sabermos.
— Eu sei – disse o rapaz em tom mais contido e menos autoritário agora tentando calçar as botas, a cozinha, os criados ficaram em silêncio assistindo o feliz e empolgado mestre Ian extremamente desconfortável tentando se estabilizar. Assim que a maioria deles viu a face de Ciel Phantomhive ficou obvio quem ele era, e como provavelmente a identidade de seu jovem mestre era uma mentira, mas isso não abalou em nada a confiança e o respeito que todos tinham pelo rapaz, era algo raro e poderoso que tinham que ser considerado.
— Me deixe fazer isso – disse Sebastian se ajoelhando em frente ao rapaz, Ian parou de lutar para dar lugar a Sebastian, mas ao invés de calçar as botas ele desfez o serviço de Ian as colocando de lado.
— Sebas...
— Você tem razão – disse o demônio – esta é nossa casa, você pode transitar por ela do jeito que você quiser, é o único lugar do mundo onde você está seguro e eu não vou tirar isso de você – concluiu o demônio se erguendo e plantando um beijo na bochecha do menino – levem o chá para o nosso quarto – pediu Sebastian erguendo Ian delicadamente nos braços.
— Sim senhor – disseram os criados, e logo os dois atravessaram o casarão em direção ao quarto principal, só quando estavam no ultimo corredor que Sebastian colocou Ian no chão, o rapaz estava mais estável e confiante quando uma figura loira saiu de um dos quartos e seu olhar encontrou com a crescida Elizabeth Midford.
A loira parecia chocada com a aparência do rapaz e ficou sem palavras, Ian por outro lado, contrariando toda a ansiedade que sentia apenas a olhou, ela estava tão enfeitada, tantos laços, broches, seu vestido de outono era muito bonito, mas três enfeites a menos teriam feito milagres, mas quem era ele para julgar, se estava com roupas velhas molhadas e descalço.
— Soleil? – perguntou ela tentando sair do seu choque – você... suas roupas... o que aconteceu com você?
— Chama-se água – disse não contendo a resposta imediata – se me der licença “condessa” – disse o rapaz passando por ela com a mesma postura que ele adquirirá com os anos de ensino de Sebastian, a moça ainda ficou parada no corredor vendo o rapaz partir, Sebastian ficou de pé pendendo entre o choque e o orgulho, ainda segurando o par de botas.
Elizabeth virou-se para Sebastian em busca de respostas, mas o demônio só conseguiu lhe dar um sorriso falso de desculpas e saiu atrás de Ian, quando entrou no quarto o rapaz já havia despido a parte de cima e suas vestes e desabotoava as calças indo em direção ao banheiro.
— Isso foi desnecessário Boochan – repreendeu o mais velho enquanto recolhia as roupas jogadas no meio do quarto, ele entrou no banheiro e viu o rapaz, agora completamente nu, pegar o jarro de água do lado e medir a temperatura – onde foi parar sua modéstia?
— Não aja como se não gostasse da vista – disse o menor pegando o jarro – esfriou, você consegue fazer alguma coisa sobre isso? – e com um estalo de dedos a temperatura da água se elevou ao ponto perfeito – Obrigado.
— Seu comportamento a pouco foi desnecessário – disse colocando as roupas em cima da cômoda e ajudando o menor a entrar na banheira – você sabe como eu odeio quando você faz esse tipo de coisa, só por que não é mais um conde não pode perder os princípios da educação que eu te dei.
— Desculpe – disse o rapaz simplesmente repousando na banheira – não faço mais.
— Pode me prometer isso?
— Não – Sebastian ainda abriu a boca para questionar algo, quando uma batida na porta se fez presente, os dois trocaram olhares confusos até o demônio ir a porta e abri-la para dar de cara com Elizabeth.
— Condessa em que posso ajuda-la? – perguntou Sebastian para moça ainda envergonhada.
— Esse... esse não é o quarto do Soleil? – perguntou incerta.
— Ele está no banho – disse Sebastian adorando ver a face da menina corar pela pergunta não respondida – creio que vá se juntar a nós no chá em breve.
— Eu entendo – disse ela receosa – pode dizer a ele que estou feliz em vê-lo.
— Tenho certeza que terá oportunidade de falar isso pessoalmente – disse Sebastian, ela corou mais forte ainda então curvou-se elegantemente e saiu, o ex-mordomo respirou fundo fechando a porta, como diabos eles iriam passar esses dias sem serem descobertos. Voltando ao banheiro ele parou na porta apreciando a vista do rapaz mergulhado em uma banheira, apenas com a cabeça para fora descansando frouxamente em uma toalha quer servia de travesseiro – confortável?
— Junte-se a mim – pediu sonolento – eu gosto do seu corpo junto ao meu.
— Tão tentador – começou o demônio em tom de malícia – tão cedendo por contato.
— Pare de me provocar e venha – pediu o rapaz quando o demônio começou a tirar a roupa, ele assistiu sem um flash de vergonha o corpo forte e definido de Sebastian se aproximar da banheira, agora completamente nu e entrar logo atrás dele, fazendo-o descansar agora em seu peito – bem melhor – murmurou enquanto sentia o demônio lavar o seu corpo com uma esponja.
— Quer que eu coloque os dedos? – perguntou ao ouvido do menino, que apenas sorriu. Quando ele completasse 18 anos, ele e Sebastian seriam companheiros, como o demônio havia dito. Para isso se concretizar, os dois teriam que ir ao mundo dos demônios, Sebastian iria tomar seu corpo para si em sua forma demoníaca e assim eles fechariam o vínculo.
Como explicado antes, desse dia em diante, ele envelhecerá um dia sequer, tendo que se preocupar com o crescimento das unhas, pelos e cabelos que ainda permanecerão os mesmos, no entanto, sua aparência jovem continuará para sempre.
Em uma ocasião passada o demônio se transformará em sua forma demoníaca para explicar o que estava por vir, ele transitou pelo quarto como um espectro negro, com garras e dentes afiados, olhos vermelhos e bem maior do que sua postura atual. As asas negras eram enormes e assustavam a qualquer um, no entanto, o objetivo de mostrar sua forma original era conscientizar o rapaz o que estava por vir.
O membro de Sebastian enquanto demônio era grande, mais volumoso do que a média, o rapaz observou e tocou o membro algumas vezes e desde então ele se preparava para o inevitável. Ele aumento sua flexibilidade, resistência e força e principalmente, em momento assim quando os dois estavam juntos, Sebastian o dedilhava o abrindo para que se acostume com a intromissão.
No começo ele achava desconfortável e doloroso, mas hoje ele ansiava pelo toque do maior que se recusava a fazer algo além disso. E com isso, umedecendo seus dedos com sabão, ele pegou as duas pernas do rapaz colocando uma de cada lado da banheira o abrindo totalmente, uma mão agarrou sua cintura para mantê-lo no lugar e a outra simplesmente desceu pela sua coxa submersa.
— Você está mais flexível do que o habitual – disse com os lábios encostados em seu pescoço – andou brincando sozinho?
— Eu sei como você gosta das minhas pernas ridiculamente separadas – disse o rapaz sentindo os dois dedos do demônio massagear sua entrada – entre logo.
— Um?
— Dois – exigiu e Sebastian entrou nele sem resistência, o rapaz gemeu assim que sentiu a invasão e o toque macio do outro, ele não tinha muito experiência com sexo, mas tinha certeza que ninguém fazia aquilo com os dedos como Sebastian fazia, o demônio era delicado ao mesmo tempo tão preciso e implacável, afundando o máximo que ele conseguia, mas sempre tendo o cuidado em não machuca-lo.
Ele encontrou a próstata do menor fácil, já estava familiarizada com ela, sempre apertando, massageando e a fazendo sofrer. Soleil já estava completamente duro com a pressão dentro de si, ele amava isso, amava sentir o demônio dentro dele, o preenchendo.
— Mas fundo – pedia com os olhos fechados uma mão agarrando a nuca de Sebastian o puxando para um beijo desajeitado enquanto outra tentava buscar alivio para se membro submerso – sebastian... mais... mais... – e um terceiro dedo entrou nele o fazendo revirar os olhos com força. A ardência dos músculos se expandindo o fazia delirar.
— Abra mais as pernas – mandou Sebastian enquanto olhava os dedos dos pés do menos se torcerem com o prazer, o menino ofegou tentando cumprir a ordem, mas havia um limite para o que ele conseguia fazer sozinho.
— Eu não... – tentou dizer, mas foi interrompido por um quarto dedo entrando nele com ferocidade o fazendo quase gritar – Sebast... por... por favor...
— Eu mandei você abrir as pernas – mandou o outro, e como se fosse uma marionete os joelhos de Soleil se afastaram mais fazendo o rapaz ficar em uma posição quase impossível. O menor sentiu seus ligamentos sendo forçados, em meio ao prazer, agora Sebastian empurrava os dedos implacavelmente o fazendo o rapaz gemer alto e indecentemente – os sons que você faz – continuou o demônio não importando que o menino estava quase convulsionando em seu colo. Em um ato de pura vilania ele liberou suas presas e mordeu o pescoço do menor o fazendo gemer mais alto, extraindo sangue da ferida.
— Sebb... eu... tão bom... – murmurava o rapaz entre os gemidos – tão... eu... perto – Sebastian então agarrou a cintura do rapaz com mais força enquanto enfiou os quatro dedos de uma vez pressionando sua próstata com força o fazendo gozar sem piedade. O liquido branco tomou conta da banheira quando um gemido de alivio saiu dos lábios do menor, que imediatamente desfaleceu nos braços do demônio sorridente.
Ele olhou para o gozo boiando na agua imaginando que teria que providenciar outro banho para o rapaz inconsciente em seu colo, devagar ele fez as pernas do menor voltar a posição normal, devagar ele tirou os dedos de dentro do rapaz massageando sua entrada abusada.
— Quatro dedos sem resistência – disse o demônio sorrindo enquanto beijava a bochecha carnuda do menor – talvez você dure mais do que eu imaginei – e com isso ergueu-se trazendo o menor consigo, ele tinha que limpá-lo e acordá-lo, aquele dia estava longe de acabar.
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