Numa quarta-feira você me envia uma mensagem me convidando pra ir à sua casa. Penso um pouco se devo ou não aceitar o convite. Peço a opinião de alguns amigos. Tomo banho. Me arrumo. Me olho no espelho. Fico inseguro.

—Mas e se não acontecer nada?

Pego a chave de casa. Meia hora depois estou de pé frente a porta da sua casa. Três batidas. Dois minutos depois você aparece. Nos abraçamos. Damos uma risada contagiante com um toque de timidez e alegria por estarmos ali.

—Você é mais bonito pessoalmente.

—E você também!

Subimos um exagerado lance de degraus até finalmente chegarmos ao seu quarto. Sem cerimônia sento-me em sua cama desarrumada. Começo a falar com um toque de nervosismo em minha voz.

—Cristo! Eu realmente estou aqui ao lado deste homem! — Pensei enquanto me familiarizava com o seu lugar.

Pôs o celular para carregar. Volta para cama. Deitamos um ao lado do outro.

Seu sorriso é lindo.

Desabafo algumas coisas para te fazer baixar as expectativas sobre mim. Você ri de algumas das coisas que falei e logo muda de assunto. Ouvimos algumas músicas. Te dou três selinhos no meio da conversa. Falamos demais. O tempo está passando e você decide que não quer mais esperar. Levanta minhas pernas. Aproxima sua boca da minha e nos beijamos verdadeiramente.

—Sério? Agora?

—Eu não fui direto o suficiente?

Mais um beijo. Depois outro. Mais outro beijo. Baixo minhas pernas. Sua pélvis roçando sobre a minha. Me excitando cada vez mais. Tantos beijos executados. Não há nenhum lugar onde eu queira estar agora se não for o seu quarto.

Sua boca desce para explorar o meu pescoço. Suas mordidas são deliciosas. Agora é a vez dos meus mamilos. Nossas bocas se reencontram.

—Fica por cima de mim.

—Eu sou mais pesado que você.

—Vem logo!

Obedeço. Suas pernas selam minha pélvis. Mais beijos. Tento fazer o mesmo que fez comigo. Exploro seu pescoço e mamilos. Mordo sua orelha. Distribuo alguns chupões por sua clavícula. Mais beijos.

—Deuses! Estamos realmente fazendo isso?!

Você tira a minha camisa com exatidão e ataca o meu tronco com sua língua de cima para baixo. Preciso mordiscar meu lábio inferior para não soltar um gemido alto demais, mas parece que é isso o que tu quer que eu faça. Os minutos vão passando. Continuo enlouquecendo sob teus cuidados. Agora é a minha vez de retribuir.

—Espero que goste!

Repito teus feitos. Chupões bastante dedicados por todo o seu corpo. Seu gosto é maravilhoso. Sua pele negra e quente me causando náuseas só por te olhar. Não me recordo do seu cheiro. Te deito de bruços. Sua vez de ficar sem camisa. As marcas de bronzeado visíveis em suas costas.

—Deuses! Isso é tão bom! Você é tão bom!

Você ri por algum motivo. Fico inseguro. Penso se fiz algo de errado durante este nosso ato. Pauso por completo os meus movimentos. Você se mostra sério. Me ponho de pé. Quero logo chegar aos finalmente. Apesar de isso estar tão bom para mim. Mais uma risada sua. Estamos nós dois de pé. Nos encarando. Sabemos o que eu quero.

Ousado. Você abre o zíper do meu short. Há um volume mais do que considerável. Estou rígido aqui em baixo. Uma expressão de susto. Um toque cuidadoso. Com cautela. Curioso. Impaciente baixo seu short o mais rápido que pude. Estou satisfeito com a vista. Belas coxas. Belo volume. Belos pés. Maravilhosos mamilos. Bonita cueca. Ainda quero mais. Minha satisfação não está completa. Não ainda. Te puxo para mais perto do espelho. Envolvo teu corpo em meus braços. Vou explorando suas costas com as minhas mãos bastante determinadas. Sua cueca é o ponto de chegada. O portão de entrada para o que eu verdadeiramente desejo nesse momento.

—Lá vou eu!

Agarro seu bumbum com força. Você geme. Solta um riso envergonhado. Gosto da sua reação. Parece que finalmente chegaremos lá. Desço sua cueca. Olho no espelho o nosso reflexo. Sou uma puta de sorte. Agradeço a Deus por eu ser capaz de ver isso enquanto estou vivo. Você é tão perfeito para me satisfazer aqui. Aperto uma nádega sua. Minha boca está salivando tanto que mal consegue se manter fechada.

—É a mais linda que eu já vi.

—Não acho (risos).

Você me empurra. Não entendo o motivo. Achei que quisesse fazer isso comigo. Estou tão furioso agora. Mais um riso seu. Cabeça baixa. Você sabe o que eu estou sentindo. Isso te deixa sem graça. Parece que te fiz entrar em uma situação constrangedora. Acho que não entendi o recado. Interpretei de forma errada aquela mensagem sua me convidando para vir até aqui. Sou tão burro.

—Então vamos ficar só nas preliminares.

—Não dá. Daqui a pouco vou sair.

Mais uma decepção. Estou tão mole quanto espumas de uma banheira. Ponho a me vestir. Esse recado eu entendi. É hora de te deixar sozinho. Você tem coisas para fazer. O mínimo seria me acompanhar até a sua porta. Nem isso você fez. Cada degrau dessa imensa escada que desci representa um xingamento meu para você. São muitos. Espero nunca mais te ver de novo. Que sonho seria se não trocássemos mais mensagens depois de hoje.

—Droga! Acho que estou apaixonado por esse cretino!