Caer escrita por Phoenix


Capítulo 1
Sal de Mi Vida




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Sai da minha vida, Potter!

Pare de me olhar com essa expressão abobada de quem esperou o dia inteiro por algo. Não sorria dessa forma, não eleve o riso para os olhos, não.. Por Merlin, Potter, não me encare como se um par de joias me fitassem, tão intensamente, que eu me esqueço momentaneamente de respirar.

Não se aproxime tão sorrateiramente, como se eu realmente tivesse a opção de fugir; não com uma expressão tão predatória.. Potter, tire imediatamente as mãos de minha cintura! Não se atreva a deslizá-las lentamente pelo meu corpo, encaixando-me contra si... definitivamente, não, Potter!

Por favor, não me beije.. não como se a sua vida dependesse disso, não tão intenso, não de uma forma que fique gravada em minha mente; e não me faça corresponder, mesmo que o meu corpo o faça sem que eu ao menos o perceba.

Vai embora, Potter!

Aproveite e mande lembranças para a Weasley, eu soube que já marcaram a data do casamento, meus sinceros votos de vá a merda..

— Meus pais estão na mansão. — sussurra sentindo as mãos do moreno pausarem-se sob o cós de sua calça.

— Para o quarto, então..

Eu soube que será na praia de frente para o mar, numa cerimônia alternativa para poucas pessoas, amigos próximos e conhecidos, umas vinte, trinta no máximo. Alguns dizem que ela está gravida, outros que ele não podia mais esperar; os boatos sobre o pedido são ainda mais contraditórios, muitos alegam ter sido grandioso, poucos, intimo, mas não era como se o menino que venceu tivesse pressa em confirmá-los ou negá-los.

Corredor errado.— suspira.

Como se pudesse ser diferente; esse lugar deveria ter um mapa.

Então, pare bancar o guia turístico e venha..

Faria alguma diferença se eu lhe dissesse que os meus pais sabem sobre nós? Que todas as manhãs após partir, trocam olhares receosos e me fitam com preocupação?

Provavelmente, isso o impediria de retornar.

Minha vez de guiar.. — murmura quando a porta se fecha atrás dos dois.

Gostaria de ter forças para afastá-lo, enquanto caminhamos as cegas pelo quarto, nos embolando em meio as vestes, como um casal de adolescentes inexperientes estremecendo a cada novo pedaço de pele a ser descoberto e sorrindo a cada obstáculo encontrado pelo caminho. Eu não vou ser hipócrita, Potter, quando caio de costas sob o colchão, o meu calor alimentando o seu, nem me lembro sobre o que estava protestando, quando os seus lábios voltam a encontrar os meus, então, ao menos sei quem eu sou, tudo se resume a nós e forma como nos encaixamos um sob o outro.

É perfeito, somos perfeitos, até o momento em que os seus olhos encontram os meus, e então eu percebo que aqueles mesmos olhos que me prometiam o mundo, não estarão aqui pela manhã, por que as suas orbes estão longe de espelhar a segurança que necessito; eu penso em afastá-lo, mas minhas mãos o puxam para ainda mais perto, e então eu me permito afundar, enquanto o meu inconsciente clama por todas as coisas que não deveria mas fará, me consumindo, incendiando e atiçando covardemente, quando tudo o que desejo e repudio é que seja covarde.

Faria alguma diferença se eu te pedisse para não dizer que me ama? Que me quer? Não prometa, Potter, todos sabem que promessas feitas entre quatro paredes possuem prazo de validade, mesmo que uma parte de mim queira ignorar tudo isso e acreditar cegamente.

O que eu preciso dizer para que não seja e nem me faça sentir, Harry, não quando não ficará; não quando não se importará?

E de todas as coisas, por favor, eu imploro, definitivamente...

Senti sua falta..

Não me faça repetir isso tudo mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Duoshot, devo continuar? FELIZ DIA DOS REMELENTOOOS! =D