Sem Limites escrita por Débora Ribeiro


Capítulo 10
Capítulo 10




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Capítulo 10 

Bianca

 

Algo duro está cutucando minha bunda, e eu tenho que respirar fundo para não rir alto.

Me viro e a mão direita de Ryan cai entre minhas pernas, mordo forte meu lábio e olho para seu rosto, que está mais suave do que já vi em qualquer dia desde que o conheci. Nariz fino e levemente torto, cílios longos e grossos, e sua boca, meu Deus, sua boca...

Não estava em meus planos passar a noite com ele, nem mesmo voltar em seu apartamento naquele dia, mas então lá estava Christopher dizendo que Ryan estava chegando na casa de swing. Não sabia ao certo o que Ryan pensou sobre o lugar em que estávamos – não que eu me importasse -, mas eu tinha outras coisas em que pensar naquela noite.

Tinha algo acontecendo. Bem, acho que sempre o teve.

Conheci Maria e Lavínia há quatro anos atrás, e antes de vir para São Paulo, eu as vi apenas duas vezes, mas desde que vi Maria, eu soube que ela nutria um sentimento além de amizade por mim, mas sempre disse a mim mesma que era algo platônico, não dei muita importância para o assunto. Quando me mudei, ela disse que não sentia mais nada por mim, disse que eu não precisava me preocupar, e que nossa amizade estava a salvo. Mas ela mentiu para mim.

Quando ela me beijou noite passada, assim que chegou, eu pensei que tinha sido um ato inocente, não foi a primeira vez que beijei minhas amigas, mas então depois de alguns drinks, Lavínia disse que ela me amava, e isto me deixou de certa forma muito chateada.

Sei que não mandamos em nossos corações e sentimentos, mas Maria deveria ter sido sincera comigo. Me senti mal por não ter enxergado a verdade, e me senti mal por ela ter guardado isto apenas para si mesma. Ela era minha amiga, afinal.

Ainda teríamos uma conversa sobre isto. Quando a chamei para a pista e ela disse que estava tudo bem, que superaria seus sentimentos, me senti uma merda. Maria sabia que eu a amava, mas como uma amiga. Eu não sou bissexual também, já beijei mulheres, mas nunca transei com uma, minha atração por elas nunca chegou a este ponto. Quando ela me beijou mais uma vez, eu retribuí, porque nós duas sabíamos que não iria acontecer novamente, perder Maria ou Lavínia me quebraria, e eu não tinha certeza se podia me recuperar de mais uma perda assim.

Jules, Maria e Lavínia são minhas melhores amigas e eu nunca faria nada conscientemente para estragar a amizade que temos.

— Bom dia, corazón. – Ryan sussurra com os olhos ainda fechados.

— Para você ou seu amigo? – Questiono e ele instantaneamente abre os olhos.

— De qual amigo estamos falando? – Pergunta com a voz rouca.

— No momento apenas o que importa. – Digo e envolvo minha mão em sua ereção o fazendo gemer. – Este amigo.

— Porra, Bianca – Ryan chia entredentes enquanto minha mão desce e sobe em seu comprimento, em movimentos lentos e suaves.

Empurro levemente seus ombros e ele se deita, então pego uma camisinha sobre o criado-mudo e rasgo o pacote com os dentes - não recomendado, eu sei -, rolo o preservativo em seu pau magnifico e fico por cima, minha buceta já estava encharcada, então facilmente montei em seu pau.

— Bom dia, Ryan. – Falo gemendo e rebolando, dando prazer a ele, mas também buscando o meu.

— Foda-se, melhor bom dia de todos. – Ele rosna apertando suas mãos em minha cintura e começa a se mover junto comigo, me penetrando cada vez mais fundo.

— Mais duro, Ryan! – Suplico e ele atende meu pedido, batendo forte contra mim. O homem é simplesmente uma máquina de foder, melhor sexo da minha vida, sem qualquer sombra dúvida.

Ryan morde meu mamilo, puxando levemente o meu piercing e eu começo a tremer, atingindo meu clímax com força. Ele me segura e nos gira, ficando por cima sem sair de dentro de mim e continua entrando em mim, girando seu quadril e aumentando meu orgasmo ao atingir aquele ponto maravilhoso dentro de mim. Aperto meus calcanhares em seu traseiro firme e assisto com fascinação quando ele goza grunhindo, jogando a cabeça para trás e fechando os olhos.

— Estou pensando seriamente em te amarrar na minha cama. – Ele fala com a voz rouca.

— Não me encha de esperanças. – Brinco e ele ri suavemente. – Mas vou manter isso em mente de qualquer forma.

Ryan se deita ao meu lado e me encara.

— Uma casa de swing? – Pergunta com um meio sorriso. – Por que eu não estou surpreso?

— Por que você ficaria? Acho que já deve ter uma ideia que eu sou uma mulher com mente aberta e pronta para adquirir total conhecimento sobre tudo. – Digo e seu sorriso aumenta. – Mas ontem nós fomos apenas para que os ‘’da cidade grande’’ conhecessem.

— Os da cidade grande? – Ele questiona divertido.

— Eles me chamam de vadia de minas! – Eu bufo rindo. – Ainda não encontrei um apelido adequado para os idiotas. – Passo minha mão por seus cabelos. – Estou um pouco chocada que nenhum deles tenha ido em uma ‘’casa’’ até ontem, mas foi muito bom ver as expressões chocadas deles.

— Eles pareciam bem interessados. – Ryan aponta cheio de diversão.

— Acho que sim, tudo que é novo é flor. – Digo dando de ombros. – Veremos se eles vão querer voltar para fazer mais que uma expedição.

— Até que ponto você participou? – Ele me pergunta com os olhos brilhando com luxuria.

— Eu fui em uma casa de uma cidade vizinha, fui quatro vezes até que confiei plenamente em alguém para participar e ainda levei um ‘’amigo’’ meu para participar junto. – Ryan ergue uma sobrancelha e eu sorrio. – Eu fiz alguns ménages e aceitei participar com um ‘’dom’’, mas não é algo que penso em fazer nunca mais. Total submissão não é para mim.

Observo ele engolir em seco e quase rio alto quando sinto seu pau duro novamente contra meu estomago.

— O assunto te excita? – Brinco e ele aperta meu mamilo, me fazendo gemer alto.

— Você me excita com essa sua boca atrevida. – Ele grunhe e me puxa contra seu corpo. – Um dia quero que você vá comigo, para que eu possa contribuir para seu conhecimento.

— Agora eu que estou excitada. – Suspiro quando seus lábios tocam os meus. – Odeio quebrar o clima, mas você pode me dizer como seu primo sabe sobre nosso esquema?

— Nossa esquema? – Pergunta rindo alto.

— Nossa foda, nossa transa, nosso rolar no feno, nosso bater o martelo. – Digo e ele balança a cabeça para mim, ainda rindo. – Tenho muitos termos para o que estamos fazendo.

— Certo, certo. – Responde e beija meu queixo. – Ele nos viu quando saímos do banheiro daquele bar, mas não é algo que você tenha que se preocupar, Chris é bom em descobrir segredos, mas é melhor ainda em guarda-los.

— Se você confia tanto assim nele, acho que está tudo bem para mim. – Falo em concordância. – Para seu próprio bem, espero que esteja certo.

— Você era a única que não parecia certa sobre algo ontem.

— Do que está falando? – Pergunto mesmo sabendo que ele estava falando sobre Maria.

— Sua amiga está apaixonada por você. – Ele responde e me encolho.

— Quando ela disse isto da primeira vez, pensei que ela estava dizendo de uma forma platônica, sabe? Nós não nos víamos muito, mas nos falávamos por mensagens todos os dias. Eu estava longe, então pensei que ela já tinha superado. – Explico.

— Até ontem. – Ele conclui.

— Sim, até ontem. – Respiro fundo acariciando seu quadril com as pontas dos meus dedos. – Maria tem uma coisa em beijar todo mundo, ninguém a impede quando ela beija, mas ontem ela me beijou duas vezes, e não foi um breve beijo, ela realmente me beijou, mas só deixei a situação me atingir quando Lavínia falou. Não quero perder minha amiga por isto, Ryan.

— Você não vai, amor, ela vai entender. – Ele me diz com suavidade. – Você está aqui há alguns bons dias e ela conseguiu lidar com seus sentimentos, tenho certeza que ela vai superar e vocês vão ficar bem.

— Não quero que ela se machuque por minha causa, isto é insano. Nem mesmo sabia que alguém podia se apaixonar assim.

— Talvez seja platônico e ela ainda não percebeu. É fácil confundir as emoções.

— Espero que Deus escute suas palavras. – Murmuro me sentindo mais uma vez uma cadela. – Mas não quero mais falar sobre isto.

— Não? E sobre o que você quer falar? – Ryan pergunta sedutoramente.

— Eu não quero falar e tenho certeza que você pode usar essa sua boca gotosa para algo muito melhor também. – Mordo o lábio quando sinto seus dedos entre minhas pernas.

— Sim? E para o quê? – Questiona com seus olhos pregados nos meus.

O babaca queria me ver pedindo, mal ele sabia que eu não me importava de implorar quando o assunto era prazer.

Me ergo e beijos seus lábios suavemente antes de falar em seu ouvido.

— Para chupar minha buceta, fuck face. – Sussurro. – Me chupa.

Rio alto quando ele rosna e me joga de volta na cama, descendo por meu corpo até estar entre minhas pernas novamente. Quando a língua de Ryan toca meu clitóris e brinca com meu piercing, eu gemo e então grito quando ele enfia dois dedos em mim.

Se tivéssemos na escola, minha nota para Ryan e sua boca sem dúvidas seria nota máxima. Ele só não fez gritar, mas também me fez gritar e gozar com força em tempo recorde.

Se eu morresse naquele momento, morreria com um sorriso idiota e satisfeito no rosto. E assim ele o faria também, depois que eu retribuísse o ‘’favor’’.

                             Ryan

Se eu pudesse escolher uma forma de morrer, eu iria querer morre com Bianca chupando meu pau. A maldita simplesmente estragou qualquer outro boquete para mim.

Eu já disse que estou fodidamente ferrado?


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem!



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