Apenas mais Uma de Amor escrita por DanielaSilvaa


Capítulo 2
Capítulo 2




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Assim que meu despertador tocou às 6:00 horas da manhã, eu desejei apenas ignorá-lo, mas aquele som agudo já estava irritando meus ouvidos, então resolvi me levantar e tomar banho pra ir pra escola.

 

Enquanto eu me arrumava me lembrava da noite passada, ainda conseguia lembrar as nossas palavras, nos machucando... minha mãe me pegou de surpresa ao bater na porta do meu quarto:

 

-Já vai? - Ela perguntou entrando no quarto, eu apenas acenei um sim. - Já tomou café?

 

- Não estou com fome. - Eu admiti

 

- Não, você não pode ir pro colégio sem comer nada, café da manhã é muito importante na sua idade. Quer que eu prepare algo pra você?

 

- Não, mãe, obrigada. Eu realmente não estou com fome. - Ela percebeu meu desânimo e resolveu sentar na minha cama e assistir enquanto eu passava o meu desodorante e penteava meu cabelo.

 

- Nossa, seu cabelo cresceu rápido, né?!

 

- Sim. - Eu respondi dando um sorriso amarelo.

 

- Aconteceu alguma coisa que eu deva saber? Quando cheguei do trabalho encontrei a Bruna saindo daqui de casa, ela não parecia muito feliz, aliás, ela estava com a mesma cara que você está agora. - Minha mãe era médica e sempre tinha emergências para atender, por isso não me espantei quando ela mencionou que chegou em casa 1:00 da manhã.

 

- Nós brigamos. - Eu finalmente falei.

 

- Isso eu já sabia. Agora me diga, por quê?

 

- Besteira, não vale a pena falar sobre isso agora.

 

- Não parece ser besteira. - Ela pressiona

 

- Que tal falarmos sobre isso depois, hein?

 

- Promete? - ela perguntou dando um sorriso

 

- Prometo. - Eu tentei retribuir com o mesmo sorriso, mas foi um fracasso. Eu realmente não estava de bom humor, além da briga, dormi pouco e tinha filosofia logo no primeiro tempo.

 

 

 

- Booom dia! - Priscila disse assim que eu entrei na sala.

 

- Bom dia. - Eu respondi secamente e praticamente me joguei na cadeira.

 

- iiih, já vi que alguém acordou com a macaca hoje. - enquanto ela falava, eu repousava minha cabeça sobre a mesa. - O que aconteceu?

 

- Nada. - Eu disse com a voz abafada pelo meu braço.

 

- O que ela tem? - Eu ouvi a voz de Pedro se aproximando da gente.

 

- Não sei. Ela não quer me dizer. - Eu sentia agora a mão de Pedro nos meus braços e sua cabeça tentando alcançar a minha.

 

- O que houve Dani?

 

- Mais uma vez: nada. - Eu respondi levantando a cabeça. - Ele estudou minha aparência que devia estar um caco.

 

- Nossa, Dani, sem querer ofender, mas você já esteve melhor do que hoje. - ele confirmou o que eu estava imaginando.

 

- Eu sei. Na verdade, eu já me senti melhor do que estou hoje. Muito melhor.

 

- Isso só pode ter um nome... - ele começou e Priscila completou com ele: - Bruna.  Vocês brigaram? - Eu bufei, não tinha como enganá-los, eles me conheciam bem.

 

- Nós terminamos. - Eu disse abaixando a cabeça. - Eu escutei quando a cadeira da Priscila arrastou e ela veio me abraçar.

 

- Sinto muito, Dani. - Mas por quê? Vocês se gostam, não?

 

- Às vezes gostar não é o suficiente.

 

- Como não? - ela se afastou para poder me encarar. Nessa hora Pedro se juntou pegando uma cadeira e formando uma roda.

 

- Ah, você sabe, nós estávamos brigando muito. Não tava valendo à pena.

 

Priscila ia falar alguma coisa, quando uma onda de assovios começou na sala, os garotos todos olhavam pra porta e assim como eles nós olhamos para ver o que era e até eu tive que admitir que eles tinham razão em assoviar. Era uma garota nova, devia ter 1, 70 de altura, morena, cabelos longos e olhos mel. Apesar de achá-la atraente não fiquei babando nem encarando-a como os outros. Ela examinou cada lugar da sala e escolheu justamente sentar do meu lado.

 

- Licença, por favor. - Ela disse com real educação, fazendo com que eu chegasse pra frente e ela sentasse no canto da parede. - Obrigada. - Ela disse sorrindo.

 

- De nada. - Eu disse apenas acenando a cabeça uma vez. Ela realmente não gostou muito do jeito como reagi, parecia que ela não estava acostumada com esse tratamento. Quando me virei novamente para Pedro ele babava na garota e eu pensava comigo mesma que se algum dia alguém me olhasse daquele jeito, eu realmente me assustaria. Priscila apenas me olhava esperando que eu continuasse a história.

- Depois, poder ser? - Eu perguntei de maneira que ela entendesse e voltasse para seu lugar na minha frente, fazendo Pedro virar com ela.

O professor entrou na sala e começou a aula. Como previ não prestei atenção nem em 5% do que ele falava, apenas sentia o sono me dominar.

- Eu recomendaria um travesseiro, mas nesse caso você só tem a mochila como opção. - Disse a menina que estava do meu lado. "Eu tô caindo aqui. Literalmente", pensei comigo mesma quando ela falou.

- Obrigada pelo palpite. Com certeza vou levá-lo em consideração. - Eu disse sarcasticamente, mas com um tom de ignorância. Ela mais uma vez se surpreendeu com a minha resposta e ficou na defensiva. Foi então que percebi que estava sendo grossa sem motivo. Tentei consertar:

- Ééé.. Daniela. - Eu disse dando um sorriso de canto. Ela me encarou um momento pensando " essa garota deve ser mesmo doida".

- Amanda. - Ela finalmente respondeu. - Então, você sabe conversar? - Ela perguntou com um sarcasmo ácido que eu achei até engraçado.

- Eu faço o que posso. - Eu disse dando ombros e rindo.

- Ah, sim, eu vejo o quanto você se esforça para isso! - ela disse entrando na brincadeira.

 

-EI, VOCÊS DUAS! QUEREM FALAR UM POUCO MAIS ALTO? - o professor gritou da sua mesa.

- Não, professor. Desculpa. - Eu respondi e logo em seguida olhei para ela e falei mais baixo:

- Isso não é bom para o primeiro dia de ninguém. - Ela riu e levou a mão a boca como se estivesse fechando a boca e jogando a chave fora.

Depois disso eu despertei um pouco mais e tentei prestar atenção na aula.

 


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