Apenas mais Uma de Amor escrita por DanielaSilvaa


Capítulo 15
Capítulo 15




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Levantar naquela manhã parecia um pouco impossível, eu estava de olhos fechados, mas acordada há uns 10 minutos e a preguiça de levantar tomava conta do meu corpo, eu mantive meus olhos fechados quando escutei uma mão girar a maçaneta, mas foi inevitável piscar os olhos quando uma luz forte bateu no meu olho.

 

- Não tá atrasada? - minha mãe perguntou entrando e parando na beira da cama

- Não sei. - E eu realmente não sabia

- Tá se sentindo mal? - ela perguntou chegando perto e eu já fui sentindo aquele ar de preocupação médica

- Tô me sentindo estranha. Acho que a minha garganta tá inflamada. - quando eu falei isso ela colocou a mão na minha testa e eu fiz careta.

- É melhor você ficar em casa hoje, você pode ficar febre e passar mal no colégio. Eu já volto, vou pegar um remédio pra você. - ela disse saindo e eu desabei na cama de novo, mas ela não demorou e voltou com um copo de água e um comprimido na mão, quando eu bebi a água, a minha garganta arranhou e eu gemi.

- Eu acho que vou ficar com você aqui hoje. - minha mãe disse com cara de pensativa e pegando o copo da minha mão

- Não, mãe, daqui a pouco passa, a senhora não pode ficar faltando o trabalho. Não se preocupa.

- Mas eu já tô preocupada. - ela parou e pensou mais um pouco e pareceu lembrar de alguma coisa. - Já sei! Vou ligar pra sua vó e ela vem pra cá ficar com você.

- Mas ela deve estar dormindo, mãe.

- Sua vó? Essa hora ela já tá mais que acordada. Vou ligar pra ela, fique aqui. - ela foi saindo e dei uma risada lembrando da minha vó, que era uma comédia, por isso não me importei quando minha mãe disse ligaria pra ela, até gostei.

- Pronto! - minha mãe entrou de novo com o maior sorriso no rosto. - Ela disse que já tá vindo e vai fazer uma sopa pra você, disse também que é melhor você se preparar pra assistir Ana Maria Braga com ela. - minha mãe começou a rir

- De repente eu comecei a mudar de idéia e acho que dá sim pra eu ir pro colégio. - minha mãe riu mais ainda

- Ah, tá bom, gracinha. Você vai ficar aqui, é bom que você vai anotando umas receitas novas pra mim. - ela disse me dando um beijo na testa

- Bom trabalho, mãe. - eu disse sorrindo

- Diz que eu mandei um beijo pra ela. - ela disse da sala

- Tá bom. - eu disse mais baixo pra não forçar a voz e ela pareceu escutar, porque a porta se fechou.

 

Eu deitei e liguei a televisão, fui passando e passando de canal, até achar "Orgulho e preconceito", eu já vi esse filme pelo menos umas 4 vezes e não canso, agora o filme já tava na metade e eu decidi assistir mesmo assim.

Chegando ao final do filme, eu escutei a campainha, eu dei um pulo da cama e fui atender.

- Oi vó! - ela tava com uns sacos na mão, mais a bolsa e toda arrumadinha como sempre

- Minha neta! - ela disse feliz, mas parou por um momento e me olhou mais um pouco. - Você sempre foi amarela? - ela disse tocando meu rosto

- Amarela? Não! - eu disse olhando meus braços

- Você precisa urgente de um sol, minha filha. Assim que eu fizer sua sopa e assistir a minha amiga Ana Maria, nós vamos caminhar.

- Mas vó, eu ando todo dia!

- Pois me parece que não tá sendo o suficiente, e vamos entrar pra começar logo! - ela entrou empolgada e eu fechei a porta atrás de mim rindo.

- Eu vou tomar um banho e já volto! - eu disse saindo e indo pro banheiro

- Vá sim! - ela disse sorrindo

 

Eu fui tomar banho e escovar os dentes, quando eu saí do banheiro enrolada na toalha, eu vi uma das cenas mais engraçadas da minha vó. Ela tava com o controle do dvd apontando pra televisão, e resmungando por não estar funcionando, ela ainda dava umas batidas nele e ficava apertando o botão com força, quando ela me viu rindo ela suspirou aliviada.

- Não quer pegar. Acho que precisa de pilhas novas. - ela disse olhando pro controle

- Vó, seria bom se a senhora pegasse o controle da televisão! - eu disse rindo e ela olhou mais uma vez pro controle e começou a rir

- Aí, eu tô velha mesmo! Então, você pode colocar no meu programa, por favor? - ela disse ainda rindo

- Posso. - eu disse indo em direção a televisão e pegando o controle, colocando no programa dela. - Toma. - eu disse dando o controle pra ela

- Obrigada! Agora vá se arrumar, antes que você termine de fazer um lago aqui. - ela disse olhando pro chão onde eu havia deixado pingos de água que caíam do meu cabelo

 

Eu me arrumei e fui ficar na sala com ela, mesmo tendo que assistir Ana Maria.

- Agora vê se pode, que cabelo é esse? - ela disse apontando pra imagem da Ana Maria que estava falando

- Nossa, nem me fala! Horrível! - eu disse gargalhando

- Parece uma calopsita! - ela disse rindo e eu comecei a rir junto

- Por que você não faz um igual? - eu perguntei de deboche

- Tô velha, mas ainda tenho senso do ridículo! - ela disse debochada como sempre

Nós passamos mais um tempo assim, assistindo e rindo do cabelo da apresentadora, foi o tempo da sopa ficar pronta e nós tomarmos.

- Tava uma delícia! - eu disse levantando e levando o prato pra cozinha

- Claro que sim! Eu que fiz! - quando ela disse isso eu olhei pra trás

- Quanta humildade. - eu disse entrando na cozinha, quando eu saí o telefone tocou e eu fui atender. - Alô?

- Por quê você não veio pro colégio? - a voz da Priscila invadiu meus ouvidos

- Eu acordei me sentindo um pouco mal, com dor de garganta!

- Mas tá melhor? - ela perguntou preocupada

- Tô um pouco melhor sim, minha garganta ainda dói, mas já me sinto melhor. Esqueci da dor com ela aqui. - eu disse rindo de novo

- Nossa, mas já de manhã vocês estão na ativa? - ela perguntou rindo

- Hãm? na ativa? - eu perguntei sem entender, até que percebi a confusão. - Ô mente, viu?! A minha vó tá aqui, veio pra ficar comigo, já que minha mãe teve que trabalhar!

- Sua vó tá aí? - ela perguntou animada, minha vó e Priscila sempre se deram bem

- Sim.

- Posso falar com ela? - ela pediu

- Você não tá em aula? - eu perguntei estranhando

- O professor tá conversando na porta. Deixa eu falar com ela!

- Tá bom, perai!  Vó, a Priscila quer falar com você. - eu disse dando o telefone

- Aquela sua amiga simpática? - ela perguntou pegando o telefone

- Sim.

 

Elas ficaram conversando uns 5 minutos, e quando ela desligou, ela ainda estava sorrindo.

- Que moça simpática, que moça simpática! Pena que não fazem mais jovens assim. - eu apenas sorri e concordei com a cabeça. - Vamos caminhar agora? - ela perguntou sorrindo e eu abaixei a cabeça de brincadeira

- Eu não tenho outra escolha, né?! - eu disse levantando e colocando meu chinelo e indo atrás do meu celular. - Pronto! - eu disse pra ela que já tava na porta

- Vamos pegar um bronzeado! - ela disse rindo e trancando a porta

- Vamos.

 

Quando chegamos na rua, ela viu quando um menino olhou pra mim e piscou, eu só fiz cara de "tô nem aí".

- Mal sabe ele que você gosta de outra coisa! - ela disse rindo e me deixando sem graça

- Aí meu Deus, vó!

- Mas é verdade mesmo! Agora me fala, como está aquela sua amiga? - ela perguntou interessada

- A Bruna?

- Sim, a Bruna! - ela repetiu parecendo lembrar

- Está bem. - ela viu meu olhar distraído quando eu falei isso

- Você não tá mais com ela?

- Sim, estou!

- Então por que essa carinha?

- Eu tô achando a Bruna estranha esses dias, mas eu não sei se é da minha cabeça ou se tem mesmo alguma coisa.

- E por que você acha isso? - ela perguntou e eu contei os fatos pra ela. - Mas só por isso? - ela perguntou levantando uma sobrancelha

- Também acha que eu tô ficando maluca? - eu perguntei refletindo

- Um pouco, sim. Tudo bem que pode ela pode estar querendo te poupar de alguma coisa, mas acho que se ela o faz, sabe o que tá fazendo.

- Faz sentido. - eu disse concordando com a cabeça

- Você acha que ela está com outra pessoa? - ela perguntou parecendo ler meus pensamentos

- Aham.

- Ela sempre me passou confiança, não acho que ela seria capaz de tal coisa, além do mais, sempre demonstrou gostar de você. - A cada palavra dela eu me sentia boba por achar isso da Bruna.

- Você tá certa, vó! Ela nunca me deu motivos pra desconfiar dela, não vai ser agora que eu vou fazer isso!

- Isso mesmo. E mesmo que tenha algo, filha, quando ela estiver pronta, ela vai lhe contar. - minha vó disse sorrindo e eu retribuí

- Hoje eu vou pra casa dela. - eu contei

- Ah, é?! Então vocês estão bem! - ela disse feliz

- Claro. - eu respondi feliz também

 

O tempo passou bem rápido e nós voltamos pra casa, a minha vó ficou comigo até minha mãe chegar, e ela conseguiu chegar mais cedo, preocupada comigo.

 

- Tchau, vó, obrigada mesmo por ficar comigo! E obrigada pela conversa - eu disse abrançando-a

- De nada, minha filha, vai lá em casa depois para conversar. - e ela foi embora

 

Quando eu fechei a porta, o telefone tocou

 

- Alô? Ah, oi Bruna! - eu disse feliz, muito feliz de escutar aquela voz


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