Adoentada. escrita por Any Sciuto
Vance e McGee continuavam esperando na porta do quarto de Abby a chegada de Gibbs e do resto da equipe.
Enquanto isso Abby se recuperava bem. McGee havia achado uma toxina que conseguia reverter os sintomas da Amiodarona.
Abby estava piscando com os olhos fechados quando Vance e McGee foram autorizados a entrar no quarto alguns minutos para vê-la.
— Sabe o que é Rem, McGee? – Perguntou Vance.
— Sim diretor. – Disse McGee. - Rapid Eye Movement. Movimento rápido dos olhos. Acontece quando uma pessoa sonha dormindo.
— Acho que Abby está fazendo isso agora. – Disse Vance.
Vance nunca havia demonstrado tanto cuidado com Abby quanto agora.
— Vocês precisam sair agora. – Disse a enfermeira. – O tempo acabou.
— Claro. – Disse Vance.
— Estaremos lá fora Abby. – McGee deu um beijo na testa de Abby.
Ela não acordou.
Sonho de Abby.
Abby abriu os olhos e se assustou. Não sabia o que havia acontecido nem como ela havia parado ali. Ela que estava deitada levantou num pulo. Estava com um vestido cor de rosa e uma aliança no dedo. Parecia que ela estava ali há dias. Ela caminhou até uma penteadeira com uma cadeira e se sentou. Ela se olhou no espelho e viu seus cabelos ficarem ruivos. A porta se abriu de repente e Abby se assustou.
— Espero que esteja pronta Abby. – Disse Gibbs. – A hora no cartório está chegando.
Abby não sabia o que dizer.
— O que foi? – Disse Gibbs sentando ao lado dela. – Desistiu de casar comigo?
— Eu não estou entendendo. – Disse Abby.
— Ontem você estava afim. – Disse Gibbs. – Já estamos juntos há dois anos, é hora de casar.
— Dois anos? – Perguntou Abby. Ela não estava entendendo nada.
— Tomou muito álcool ontem. Nem se lembra do que aconteceu. – Disse Gibbs pegando na mão de Abby.
— Isso está errado. – Disse Abby se levantando e afastando de Gibbs.
Gibbs a pegou no colo e a colocou na cama. Se sentou ao lado dela e deu um beijo.
— Se quiser posso adiar a data. – Disse Gibbs.
Abby realmente não entendia o que esteva acontecendo.
Tony abriu a porta. Abby se assustou.
— Vai ter casamento ou não? – Perguntou Tony.
— Ela não quer mais ir Tony. – Disse Gibbs.
Abby levantou da cama e viu um par de saltos brancos. Ela passou direto por eles.
— O que diabos está acontecendo aqui? – Gritou Abby.
Quando ela gritou ela voltou para a realidade. Ela começou a fibrilar no quarto do hospital. Os enfermeiros Chegaram correndo enquanto Vance e McGee ficaram nervosos.
— Desfibrilador. – Gritou uma das enfermeiras. – Carregue em 360 e se afastem.
Vance ouviu um barulho do desfibrilador, mas ainda de linha continua no monitor cardíaco. Ele sentiu perder o peso de seu corpo e caiu de joelhos. McGee começou a chorar.
— Mais uma. – Disse a enfermeira. – 360. Se afastem agora.
Ouviu mais um som do desfibrilador e os bips voltarem. McGee abriu os olhos.
— Ela voltou. – Disse a enfermeira. – Batimentos normais.
McGee tentou entrar no quarto de Abby, mas foi impedido por uma das enfermeiras.
— Não pode entrar aqui senhor. – Disse a enfermeira impedindo McGee. – A gente precisa estabilizar ela antes de deixar qualquer um entrar.
McGee deu dois passos para trás.
— Desculpa. – Disse McGee. – Eu só queria ver como ela está. Poderia me dar alguma informação sobre ela?
— Ela teve uma parada cardíaca, mas conseguimos traze-la de volta. – Disse a enfermeira. – Um minuto mais tarde e ela estaria morta.
— Vai ter alguma sequela? – Perguntou McGee.
— Só quando ela acordar poderemos ver isso. – Disse a enfermeira. – Agora quer por favor ficar lá fora?
— Está bem. – Disse McGee saindo.
Vance aguardava a volta de McGee.
— Como ela está McGee? – Perguntou Vance.
McGee se sentou na cadeira perto de Vance.
— Ela vai ficar bem. – Disse McGee.
— Não gosto quando mentem para mim. – Disse Vance. – Diga o que realmente aconteceu.
— Ela teve uma parada cardíaca. – Começou McGee. – E talvez ela fique com.... Sequelas disso tudo.
— O que aconteceu para ela ter uma parada cardíaca? – Perguntou Vance. – Ela estava melhorando.
— Eles estão vendo o que causou. – Disse McGee. – Conseguiu contato com Gibbs e os outros agentes?
— Estão presos no transito. – Disse Vance. – Um acidente bloqueou a estrada.
— Deveríamos pedir reforços enquanto eles não chegam. – Disse McGee.
— É... Deveríamos sim. – Disse Vance. – Vou pedir alguns agentes.
Vance levantou da cadeira com o celular em mãos. Estava pronto para ligar quando Gibbs saiu do elevador com Tony e Ziva.
— Até que enfim. – Disse Vance.
— Ele já apareceu? – Perguntou Gibbs.
— Não ainda. Mas Abby teve uma parada cardíaca há pouco. – Disse Vance.
Gibbs foi direto a janela do quarto de Abby. Ela estava ligada ao monitor cardíaco.
— Como isso aconteceu? – Perguntou Gibbs.
— Não sabemos ainda. – Disse Vance. – Eles ainda estão fazendo alguns exames para determinar isso.
Gibbs sentou na cadeira ao lado de McGee a Vance.
— Ela está melhorando, não é? – Perguntou Gibbs.
— Sim, mas há uma longa batalha ainda. Se ela não ficar com sequelas será um milagre. – Disse Vance.
Uma enfermeira se aproximou dos agentes.
— Abby Sciuto? – Ela perguntou.
— Nós. – Responderam os agentes juntos.
— Fizemos todos os exames nela que conseguimos pensar e nada parece ter sido uma causa para o ataque. – Disse a enfermeira.
— E como ela está? – Perguntou Gibbs.
— Melhorando a cada hora. – Disse a enfermeira. – Mas não sabemos quando ela vai acordar. Ela parece não querer acordar.
— Porque ela não iria querer acordar? – Perguntou Gibbs.
— Muitos pacientes preferem ficar em coma por mais algum tempo por estarem relembrando do passado ou algo que não querem esquecer tão cedo. – Disse a enfermeira.
— Posso ficar com ela lá dentro? – Perguntou Gibbs.
— Claro que sim. O médico autorizou você Agente Gibbs. – Disse a enfermeira.
— Eu não havia pedido. – Disse Gibbs.
— O agente Dinozzo falou com ele. – Disse a enfermeira.
Tony apareceu e deu um sorriso para Gibbs.
— Você é o mais indicado para isso chefe. – Disse Tony.
Gibbs levantou e sentou-se na cadeira do quarto perto de Abby.
— Estarei aqui Abbs. – Disse Gibbs.
Gibbs percebeu os olhos de Abby iscando fechados. Ela estava sonhando outra vez.
Sonho de Abby 2
Abby acordou no seu laboratório.
— De novo não. – Disse Abby.
Ela levantou da cadeira onde estava e foi para a parte principal do laboratório. Gibbs, McGee, Ziva e Tony estavam sentados na mesa perto do computador.
— Ei pessoal. – Falou Abby. Ninguém virou para ela. Ela estranhou aquilo. - Gente. Eu estou aqui.
Abby foi para um dos lados da mesa de onde conseguia ver os rostos dos amigos. Eles estavam chorando.
Havia uma foto sua na mesa.
— Não acredito que ela morreu. – Disse McGee.
— Era para a gente ter feito algo. – Disse Tony.
— Não conseguimos ajuda-la. – Disse Ziva.
— Eu quero a cabeça daquele homem. – Disse Gibbs levantando e saindo
— Não posso culpa-lo. – Disse Tony. – Abby era uma filha para ele.
Abby observava tudo aquilo.
— Pessoal. Eu estou aqui. – Gritou Abby.
Ela voltou para a realidade, abrindo os olhos de repente. Gibbs vendo Abby de olhos abertos levantou-se e gritou para chamarem o médico.
— Ela acordou. – Gritou Gibbs. – Ei. Abbs. – Falou Gibbs. – É bom ver você acordada.
Abby olhava em volta assustada e Gibbs a impediu quando ela tentou levantar.
— Descanse Abby. – Disse Gibbs fazendo-a deitar.
— Como ela está? – Perguntou o médico entrando.
— Acabou de acordar. – Disse Gibbs.
O médico examinou Abby.
— Bem... Acho que ela não teve nenhuma complicação, mas vamos observa-la mais algumas horas. – Disse o médico.
Ele retirou o tubo grande e colocou um caninho no nariz de Abby.
— Menos desconfortável. – Disse o médico.
Gibbs se aproximou de Abby depois que o médico saiu. Ele se sentou ao lado dela e pegou sua mão.
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