P.O.V. Renesmee.

Eu senti uma fisgada no pescoço e Rebekah estava na casa.

—Como se sente?

—Eu me sinto bem. Eu tenho certeza de que isso é relacionado á Sophie.

—Hora do lanche da prole do diabo.

—Eu realmente queria que você não a chamasse assim. Sabe, quando eu te conheci pela primeira vez te achei uma verdadeira vadia.

—E o que te fez mudar de ideia?

—Oh, não eu ainda te acho uma vadia, mas estou começando a gostar desse seu lado.

—Bom, me faça um favor e não morra no meu turno.

—Farei o possível.

—É doce da sua parte dizer isso. Se lembre disso quando eu tiver ido embora?

—Embora? Pra onde você vai?

—Eu só vim pra saber se o Elijah estava bem e pra verificar a história, como eu já fiz as duas coisas eu posso ir embora.

Eu comecei a passar mal.

—O que está errado?

—Eu não sei, provavelmente enjoo matinal.

—Você está queimando.

P.O.V. Elijah.

Acabo de descobrir que a anciã Agnes refez a conexão entre Sophie e Renesmee e a enfiou uma agulha feita pra causar um aborto.

—Quanto tempo nós temos?

—Vai cumprir seu propósito ainda essa noite na lua cheia.

Eu cheguei em casa e ela estava acamada.

—Como se sente?

—Como se estivesse num microondas.

Tentamos baixar a temperatura dela molhando panos na água fria e passando nela.

—Não duvido mais que você seja um homem de honra.

—Acredite quando eu digo que você tem um presente que nenhuma mulher em mil anos pode jamais me oferecer.

—Se tiver que escolher entre ela e eu, salve ela.

—Obrigado.

—Eu tava falando do bebê, vagabunda.

—Minha temperatura está além do teto.

Renesmee começou a gemer e a se contorcer.

—Ai. Isso realmente dói.

—Temos que fazer outra coisa antes que essa febre mate o bebê. Elijah, preciso da sua ajuda.

—Estou fazendo isso por elas.

—Eu sei.

—Enfia ela na piscina.

—Ela está queimando. Precisamos fazer isso agora.

—Coloque-a na água.

—Eu não vejo como isso pode ajudar.

—A temperatura está no céu, com a ajuda das ervas isso deve nos resfriar. Bebe isso.

Ela bebeu.

—Você tem que descer ela.

—Como vou fazer isso?

—Segure-a. É um remédio natural para diminuir o batimento cardíaco e reduzir a pressão sanguínea.

—Isso nunca vai funcionar.

—A Davina vai quebrar essa conexão.

—Eu não consigo, não consigo respirar.

—Amor, respire devagar e longamente. Renesmee, olhe pra mim, longo e fundo, respire bem longamente e devagar. Se foque no som da minha voz.

Eu fui lentamente afundando ela.

E depois de ser levada ao limite...

—Eu senti a conexão quebrar.

—Eu também.

Ela me abraçou e me beijou.

—Conseguimos.

Sophie me implorou para que eu não permitisse que Niklaus matasse Agnes.

—Elijah não. Não faça isso. Nosso bebê está a salvo, não quero mais inimigos. Demonstre que é o homem que eu acredito que você é. Não faça isso, não mate Agnes.

—Tudo bem.

—Obrigado. Eu sei que só estava me usando pra salvar o seu povo, mas tente de novo e eu te mato com as minhas próprias mãos sua vadia desgraçada.

—Elijah, se importa?

Disse ela irritada estendendo os braços pra mim. Não havia escada na piscina.

—Desculpe amor.

Tive que puxá-la pra fora. Ela se segurou em mim e enrolou suas pernas na minha cintura e seus braços no meu pescoço. Então ela sussurrou no meu ouvido.

—Eu quero muito fazer amor com você agora.

Eu a coloquei no chão.

—Ah! Namorado de mil anos! Que chato!

Disse ela comicamente, jogando a cabeça pra trás claramente frustrada.

—Não quero que...

—Machuque o bebê. Eu sei. As vantagens de se estar grávida e ser uma híbrida com o namorado vampiro é poder transar sem usar camisinha!

Ela tinha mesmo a mentalidade de uma garota de dezessete anos.

—Eu sou uma garota de dezessete anos!

—Eu sei. Mas, você parece ser tão madura.

—Eu sou madura. Eu só quero fazer amor.

Ela mandou Sophie embora e foi bem clara dizendo que se a encontrasse sob essas circunstâncias novamente a mataria.

Depois de pedir orientação ao Doutor Cullen sobre o assunto e dele dizer que tudo bem que não representava nenhum perigo para a criança se fizéssemos delicadamente decidimos fazer.

E foi muito bom. Agora depois de tanto estresse ela está dormindo pacificamente.

Não muito tempo depois as roupas começaram a mudar, porque as que ela tinha não cabiam mais nela. Ela comprou seu primeiro vestido de gestante só pra contrariar a ameaça de Sophie.

Descobrimos que teríamos gêmeos. Um menino e uma menina.

—A menina Elijah. Ela vai ser portadora.

—Portadora?

—Da Força Fênix. Vai passar de mim pra ela.

—Como isso é possível?

—Eu tenho uma família complicada. Quer uma perinha?

—Não obrigado.

—Eu nunca matei ninguém, mas quis com todas as minhas forças matar aquela Agnes e a Sophie. Mas, ai eu pensei e se eu fizesse? Que bem isso fara pra mim? Pra minha filha? Pro meu namorado? Nenhum. Acho que as únicas coisas que eu mato são baratas e formigas.

—Porque?

—Porque elas são nojentas. E transmitem doenças. Geralmente eu chamo o exterminador. E ele se livra de todos os bichos nojentos. Ratos, baratas, formigas.

—E lagartixas?

—Não tenho nojo de lagartixa e nem de perereca. Contanto que ela não pule em mim está bom.

—Você é mesmo única.

—Mas, sapo eu tenho nojo.