Like Romeo and Juliet escrita por Lily


Capítulo 1
O N E




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—Romeu, Romeu! Ah! porque és um Montéquio? Mas como estou apaixonada... Como conseguiste entrar? - ela disse, as palavras saiam de sua boca de uma forma tão natural que encantava a todos que a assistiam.

—Pulei o muro. Está escuro e teus parentes não conseguiriam me ver. - foi a vez dele de falar, ela engoliu seco umedecendo os lábios.

—Se pegam podem te matar!

—O que me mata é o amor que sinto por ti.

Ela se segurou para não revirar os olhos com tal frase.
—Tu me amas de verdade?
—Juro pela lua. - ele disse dando um meio sorriso que somente ela podia ver.
—A lua? A lua muda de fases todas as semanas. Não jures pela lua. Não jures por nada, só por ti mesmo. - falou embora soubesse que nem jurando por ele mesmo as coisas dariam certo.
—Então eu juro por meu coração...
—Pára! Não jures. Não jures se souber que não vai cumprir.

—E se cumprir?

—Eu te conheço. - murmurou apoiando o queixo sobre a palma da mão e se inclinando sobre o parapeito do castelo de papelão. - Você nunca cumpri o que promete.

—Isso não é verdade. - ele disse olhando para ela, bufou irritada vendo que a platéia já estranha aquela situação.

—Foda-se!

—Sério que vocês tão tendo uma DR aqui? - alguém por detrás das cortinas gritou elevando uma onda de risadas de todos.

—Romeu, você é um filho da puta. - Frei Lourenço apareceu ao lado de Romeu, ela riu. - E você, Julieta, deveria aprender a ouvir antes de sair tirando conclusões precipitadas.

—Cala a sua maldita boca, porque não estaríamos aqui se não fosse a sua insignificância! - ela gritou.

—Eu não tenho culpa se vocês foram idiotas o suficiente para renegar o amor que sentiam um pelo outro!

Ela rosnou arrancando o sapato do próprio pé e arremessando no Frei. Porque menos de dois meses atrás sua vida estava perfeita, até aquela maldita peça ser organizada e aquele mentecapto aparecer na sua história.

2 meses atrás, aula de inglês

Caitlin Snow estava sentada na primeira cadeira enquanto observava a professora Lance falar sobre como como a literatura era uma das formas mais bonitas de expressar o amor.

—Por isso, decide que como nota final, vamos encenar Romeu e Julieta, um dos clássicos mais aclamados. - ela disse se apoiando na mesa e olhando para eles. - Quem se habilita?

Vários braços foram erguidos ao ar, Caitlin mordeu a ponta da caneta ignorando a todos, só estava naquela aula porque precisava de pontos extras. Felicity havia se negado veementemente a participar daquela aula, por isso havia ido para aula de artes, Caitlin se martirizava por não ter ido com ela.

O sinal tocou e ela se levantou ajeitando suas coisas.

—Amanhã começaram os testes no auditório, marcarei o horário e direi para vocês. - a professora disse. - Classe dispensa.

Caitlin se levantou, mas parou quando sentiu o aroma a amadeirado misturado com café e menta.

—Você vai participar? - ouviu Cisco Ramon perguntar.

—Não sei, se Caitlin for minha Julieta. - Barry Allen disse, então colocou a mão sobre a cintura dela a girando em sua direção, os olhos dele tinham uma cor pragmática. - Posso até pensar no assunto.

—Em seus sonhos mais profundos, Allen. - falou empurrando ele e se afastando. - Não conte comigo para isso, não irei me submeter a esse tipo de humilhação.

—Não exagere. - ele pediu pegando em sua mão, ela sorriu antes girar os calcanhares, ouviu o barulho sua bolsa contra o rosto dele. - Isso doeu.

—Foda-se.

Saiu pelo corredor desviando dos adolescentes irritantes com quem partilhava mais da metade do seu dia. Aquela peça seria uma piada, todos no colégio sabiam que o teatro servia apenas para pseudos-atores ou futuros drogados que se achavam o próximo Shakespeare.

—Você deveria dar uma chance para ele. - Felicity Smoak disse enquanto tirava o sanduíche de dentro da bolsa térmica. - O Barry gosta de você.

—Não acho que isso seja verdade, ele apenas insiste nisso porque eu fui a única a não ficar com ele naquela sala.

—Não é verdade, Barry gosta mesmo de você.

Olhou de esgueira para a amiga e bufou. Barry só gostava dele mesmo e isso era bem visível diariamente. Conhecia ele desde do primeiro ano, faziam química juntos, mas rolou a química entre eles, aí, piada de mal gosto. Até porque Barry estava ocupado demais com suas apostas ridículas com Oliver Queen para perceber o quão tolamente apaixonada era ela. Mas isso havia ficado para trás, ou assim dizia quando lhe perguntavam sobre seu amor platônico, entretanto Caitlin sabia muito bem que esse tipo de sentimento nunca passava, a sensação constante de que algo estava errado, que algo lhe faltava.

A peça seria para Barry apenas uma chance de pegar qualquer garota que ficasse com o papel de Julieta, ele sairia ganhando quando tudo aquilo acabasse.

No dia seguinte enquanto todos estavam alvoroçados com os testes para o elenco, Caitlin permanecia calma fazendo seus trabalhos até que Felicity a arrastou para o auditoria para elas rirem das apresentações dos outros, se juntaram a Kara Danvers e Tommy Merlyn em troca de alguns minutos de gargalhadas e ameaças de expulsão por parte da professora, ela apenas se calou quando Barry apareceu todo pomposo no palco, toda a aglomeração feminina existente no auditório, que era bem vasto, soltou um suspiro imediato.

—Só ri das cicatrizes quem ferida nunca sofreu no corpo. Mas silêncio! Que luz se escoa agora da janela? Será Julieta o sol daquele oriente? Surge, formoso sol, e mata a lua cheia de inveja, que se mostra pálida e doente de tristeza, por ter visto que, como serva, és mais formosa que ela. - Barry declamou as falas de Romeu como se Shakespeare tivesse escrito para ele. Um suspiro coletivo pode ser ouvido por todo o lugar, Caitlin mordeu o lábio inferior. - Eis minha dama. Oh, sim! é o meu amor. Se ela soubesse disso! - os olhos dele pareciam vagar pela platéia até encontrar com os dela, inconscientemente ela sentiu suas bochechas esquentarem. - Que importa? Com o olhar está falando. Vou responder-lhe. Não; sou muito ousado; não se dirige a mim: duas estrelas do céu, as mais formosas, tendo tido qualquer ocupação, aos olhos dela pediram que brilhassem nas esferas, até que elas voltassem. - até parecia que aquelas palavras eram dirigidas a ela, Felicity a cutucou com o cotovelo, Caitlin a empurrou desviando o olhar de Barry. - Suas faces nitentes deixariam corridas as estrelas, como o dia faz com a luz das candeias, e seus olhos tamanha luz no céu espalhariam, que os pássaros, despertos, cantariam. - ela apoiou o queixo sobre a mão revirando os olhos levemente e voltando a atenção para o palco, na verdade todos estavam olhando para Barry fixamente, ele era hipnótico. - Vede como ela apoia o rosto à mão. Ah! se eu fosse uma luva dessa mão, para poder tocar naquela face!

Caitlin rapidamente abaixou a mão irritada. -Idiota. - resmungou, Barry pareceu entender o que seus lábios diziam, pois continuou a proclamar as palavras escritas por Shakespeare.

—Oh, falou! Fala de novo, anjo brilhante, porque és tão glorioso para esta noite, sobre a minha fronte, como o emissário alado das alturas se poderia para os olhos brancos e revirados dos mortais atônitos, que, para vê-lo, se reviram, quando montado passa nas ociosas nuvens e veleja no seio do ar sereno.

Ela fechou os olhos e quando os abriu novamente não era apenas os olhos de Barry que estavam sobre si, todos no auditório pareciam finalmente perceber para quem ele declamava.

—Cait, acho que você tem que continuar. - Kara sussurrou.

—Não vou fazer isso. - grunhiu irritada com a súbita atenção. - Eu nem sei isso.

—Claro que sabe. - Felicity retrucou em voz alta atraindo o olhar da professora. - Você sabe essas falas de cor.

—Isso é verdade, Caitlin? - a professora indagou. Ela sentiu a garganta secar, assentiu devagar. - Ótimo, você pode declamá-las para nós?

—Acho melhor não.

—Vamos lá, Cait, apenas está fala. - Barry pediu, ela torceu a boca, mas por fim se deu por vencida.

—Romeu, Romeu! Ah! porque és tu Romeu? Renega o pai, despoja-te do nome; ou então, se não quiseres, jura ao menos que amor me tens, porque uma Capuleto deixarei de ser logo. - declamou, Barry sorriu para ela, um sorriso convencido e inebriante.

—Continuo ouvindo-a mais um pouco, ou lhe respondo? - ele indagou, Caitlin umedeceu os lábios antes de falar.

—Meu inimigo é apenas o teu nome. Continuarias sendo o que és, se acaso Montecchio tu não fosses. Que é Montecchio? Não será mão, nem pé, nem braço ou rosto, nem parte alguma que pertença ao corpo. Sê outro nome. Que há num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume. Assim Romeu, se não tivesse o nome de Romeu, conservara a tão preciosa perfeição que dele é sem esse título. Romeu, risca teu nome, e, em troca dele, que não é parte alguma de ti mesmo, fica comigo inteira. - terminou ouvindo apenas o silêncio e sua própria respiração, seus olhos ainda estavam fixos em Barry e o seu sorriso encantador, ele apenas ergueu a mão fazendo um floreio exagerado e reclinado a coluna em uma reverência sem tirar os olhos dela.

—Acho que eu acabei de achar o meu Romeu e minha Julieta. - a voz da professora e a salva de palmas a tirou do transe que às vezes ele a colocava. - Caitlin, Barry, os ensaios começam na terça.

Ela engoliu seco. Em que diabos havia se metido?

×××

Ela tinha tentado de todas as maneiras se negar a fazer a bendita peça, mas a professora havia se negado a tira-la, então a intimou, ou ela atuaria ou acabaria reprovada na matéria, em resumo, Caitlin teria que dar adeus a faculdade caso não interpretasse Julieta. Levou quase duas semanas para conseguir não bater em Barry cada vez que o via nos ensaios, de segunda à sábado das cinco até as oito. Obviamente ela não entraria naquilo sozinha, arrastou Felicity para a peça conseguindo o papel de ama para ela, os ensaios haviam ficado mais leve com sua amiga ali, mas os olhares que Barry lhe lançava ficavam cada vez mais intensos e não passavam despercebidos por ela.

—Você tem que parar de me olhar assim. - disse enquanto deixava o casaco de Julieta no cabide, só restavam eles no camarim.

—Do que você está falando? - ele indagou se fazendo de desentendido. Caitlin bufou puxando Barry pela manga da camisa o fazendo ficar de frente para ela, o encarou intensamente sem piscar, ele se remexeu desconfortável, assim como ela se sentia há alguns segundos atrás.

—Desse jeito. - sussurrou sorrindo e se afastando, porém Barry envolveu sua cintura e colou seus lábios. Ela tentou afasta-lo, porém todo o seu corpo parecia estar entrando em combustão. Era uma sensação diferente do que já havia sentido antes, a boca dele parecia se encaixar perfeitamente na dela, levou a mão até o cabelo dele puxando os fios com força, Barry passou o braço pela cintura dela a puxando para mais perto. Ela se afastou apenas quando sentiu seus pulmões imploravam por ar fresco, respirou lenta e profundamente se concentrando apenas como a expansão do tecido dos seus pulmões fazia seu peito se erguer. - Por que você fez isso?

Barry passou a mão pela nuca meio nervoso ou confuso.

—Não sei, acho que já queria ter feito isso há muito tempo. - ele disse se inclinando para beija-la de novo, Caitlin colocou a mão sobre a boca dele.

—Não. - sussurrou o empurrando para longe, então se apressou para pegar suas coisas e dar no pé.

O beijo de Barry ainda rodava na sua cabeça quando ela chegou em casa poucos minutos depois. Deus, ela havia beijado Barry Allen, de todos os seus sonhos mais loucos aquele era o mais estranho. Felicity iria surtar se soubesse, mas ela nunca iria descobrir, não contaria para ninguém, aquilo havia sido um erro, um erro muito gostoso, mas um erro. Andava de um lado para outro do seu quarto, seu tapete já tinha as marcas do arraste de seus pés, não conseguia ficar parada, seu corpo parecia energizado, uma energia que demoraria para se dissipar. Contou até três e inspirou, até quatro e expirou, repetiu o processo por vários minutos até ouvir um barulho vindo do lado de fora, se aproximou da janela e ouviu algo bater contra o vidro, meio hesitante ela a abriu, olhou para baixo baixo e encontrou Barry escondido sob a sombra da árvore.

—Hey Cait. - ele chamou em um sussurro alto.

—O que você está fazendo aqui? - indagou no meus tom.

—Quero conversar com você, posso subir?

—Não.

—Seus pais está em casa?

—Eles saíram para jantar.

—Então eu vou subir. - ele disse desaparecendo da vista dela. Caitlin torceu as mãos nervosas enquanto seus olhos buscavam ele, de repente ela se afastou quando a cabeça de Barry apareceu no parapeito da sua janela. - Mas silêncio! Que luz se escoa agora da janela? Será Julieta o sol daquele oriente? - ele falou fazendo ela revirar os olhos.

Barry ergueu o corpo entrando totalmente no quarto, Caitlin se afastou dele.

—O que você está fazendo aqui?

—Vim conversar, sobre o que aconteceu hoje.

—Já que vamos falar sobre isso quero deixar uma coisa bem clara, eu não vou fazer parte dos seus joguinhos, Allen. Não sou como as outras garotas, você não pode me usar e depois me descartar, eu sei muito bem como são as coisas com você e me recuso a participar disso. - disse sem olhar para ele, seus pés pareciam ter vida própria pois percorriam o mesmo caminho que ela havia feito segundos atrás, iam de uma ponta a outra do tapete. - Então pode já parar com o que estiver tramando, não me meta nisso, não sou esse tipo de garota.

—Eu sei, você não é como elas, você é especial, Cait. Mas sendo sincero, eu não estou jogando, nunca faria isso com você, seria um idiota se fizesse. Eu gosto de você, Caitlin. De verdade. - ele se levantou se colocando à frente dela. - Olha, o beijo de hoje foi completamente diferente de todos os outros, foi especial e incomparável. Eu gosto de você, Cait, e não estou mentindo, sei que o meu histórico não é nada bom. - ela arqueou a sobrancelha, ele riu. - Ok, é péssimo, mas eu realmente não quero jogos ou enganações quando se trata de você, nunca me senti assim com ninguém, é a primeira vez na vida em que eu não estou pensando apenas em mim. Então se você quiser me mandar embora, eu vou sem reclamar, mas eu apenas queria que você me desse uma chance de provar que eu não sou o idiota que você se lembra.

Caitlin mordeu o lábio olhando para ele, se Barry estava sendo sincero ou não, ela não tinha como responder, seu coração batia acelerado com aquelas palavras. Dar ou não uma chance a aquele idiota? Entregar ou não seu coração a ele? Algum tempo atrás aquelas perguntas seriam facilmente respondidas com sim ou com certeza, mas agora…

—Você é um idiota. - resmungou, Barry abriu um sorriso.

—Posso considerar isso como um sim?

—Cala a boca e me beija logo. - então ele fez, lento e delicado, ela apreciou cada momento com ele durante aquela noite e as outras que se seguiram.

×××

—Não sei se ficou feliz ou triste porque perdi minha amiga. - Felicity resmungou enquanto elas terminavam a prova dos vestidos, Íris e Thea cutucavam e as espetavam com os alfinetes.

—Não exagere, você não me perdeu. - disse erguendo o braço para Íris ver a manga.

—Verdade, ela está apenas namorando, não é o fim do mundo, Feli. - Thea falou olhando para a loira. - Eu não me lembro de ver Cait se reclamar quando você começou a namorar Ollie.

—Mas é diferente. - Felicity retrucou.

—Me diga como? - indagou.

—Sei lá, é o Barry.

—Isso não é um bom argumento. - Iris disse. - Pronto, os vestidos estão perfeitos para amanhã.

—Ótimo, porque eu já estava ficando cansada disso. - se sentou na cadeira passando a mão pelo cabelo. - Tenho que me encontrar com Barry daqui a pouco.

—Isso está mesmo sério, né? - deu de ombros olhando para Thea.

—Não sei, as coisas estão indo.

Tirou o vestido colocando sua roupa, se despediu das meninas saindo em busca do seu atual namorado. Barry havia lhe mandado uma mensagem pedindo para ela encontra-lo em uma das sorveterias próximas do colégio, chegou cinco minutos mais cedo que o programado. Abriu a porta da sorveteria sentindo o vento frio e o cheiro da massas de sorvete, seus olhos vasculharam o local atrás dele, o encontrou em um das mesas mais afastadas conversando com Patty, a cabeça deles estavam próximas demais, Caitlin sentiu seu estômago embrulhar.

Se aproximou deles sem chamar muita atenção, a mão de Patty estava sobre a de Barry, eles pareciam tão íntimos que fazia Caitlin querer gritar. Limpou a garganta chamando a atenção deles, Barry se virou para ela.

—Cait.

—Sério? Não podia nem ao menos marcar outra hora? -  indagou sentindo os olhos pinicarem. - Pensei que tivesse mudado.

—Cait me escuta. - Barry pediu se levantando, Patty soltou um riso irônico.

—Barry me esquece. - disse se afastando dele e correndo para fora da sorveteria.

Sabia que não devia ter aceitado aquilo. Sabia que Barry não era para ela, ele nunca havia sido mesmo.

Ela não havia conseguido dormir naquela noite, seu celular apitava sinalizando as mensagens e ligações de Barry, ela queria gritar com ele, mas mal conseguia falar sem desabar no choro. Não havia ligado para Felicity ou ninguém, apenas queria ficar sozinha, talvez nunca mais fosse a escola, seria perfeito. Mas ainda tinha a peça, a maldita peça de teatro, teria que engolir o choro e o orgulho e ir para lá, era sua nota final, a professora Lance nunca aceitaria um coração partido como desculpa para faltar. Por isso ela tentou manter a calma enquanto dirigia até a escola, entrou no auditório evitando Barry, cada vez que ele se aproximava ela fugia, Felicity não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas estava ao seu lado independente do que fosse.

—Cinco minutos. - a professora gritou. - Julieta e Romeu se preparem.

—Cait! - Barry a chamou empurrando os outros para chegar até ela. Caitlin desviou correndo para longe dele.

A peça começou e ela agradeceu por não atuar ao lado dele durante as primeiras cenas, mas então começou a cena da sacada e eles começaram a brigar.

—Romeu, você é um filho da puta. - Cisco que se vestia como o Frei Lourenço apareceu ao lado de Barry, ela riu. - E você, Julieta, deveria aprender a ouvir antes de sair tirando conclusões precipitadas.

—Cala a sua maldita boca, porque não estaríamos aqui se não fosse a sua insignificância! - ela gritou.

—Eu não tenho culpa se vocês foram idiotas o suficiente para renegar o amor que sentiam um pelo outro!

Ela rosnou arrancando o sapato do próprio pé e arremessando em Cisco. A platéia explodiu em gargalhadas.

—Será que eu posso explicar o que aconteceu ontem? - Barry perguntou olhando para ela.

—Não precisa, eu vi, seu idiota! Poderia pelo menos marcar um outro horário com ela?

—Eu não estava com ela! Patty veio atrás de mim enquanto eu te esperava, eu tentei me livrar dela, mas você sabe como ela é.

Caitlin bufou.

—Ah claro.

—Eu gosto de você, gosto mais do que consigo sentir. Amo passar as tardes com você, amo reassitir Grease diversas vezes, ver você cozinhar mesmo não sabendo, passear no parque ou apenas ficar em casa sem fazer nada. Amo o jeito como você vê a vida, amo como você se esforça pelo o que quer e amo o jeito como você dança. Na verdade eu amo você, Caitlin. Suas manias e defeitos, seus trejeitos e seus desejos. Eu amo você. - ele disse, o auditório ficou em silêncio, Cisco olhou para Barry perplexo. - Eu quero ficar com você, Cait, eu não consigo mais ficar longe de você.

—Eu te odeio. - sussurrou.

—Eu sei e não me importo, você me faz feliz.

Se afastou da varanda e desceu a escada por detrás do cenário, então sem esperar correu em direção a Barry, ele a segurou em seus braços apertando seu corpo com força.

—Eu também te amo e sinto muito por não ter te ouvido, sinto muito por duvidar de você.

—Beija ela logo! - alguém da platéia gritou.

—So se for agora. - Barry colocou seus lábios nos dela. Felicity gritou de cima da varanda, a platéia aplaudiu com força. Eles não eram Romeu e Julieta, eles eram apenas Barry e Caitlin. 


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