Os dois permaneceram em silêncio durante o tempo que lhes foi necessário, embora a verdade estivesse bem ali, ao alcance dos dedos. Teddy se aproximou, segurando a mão dela com delicadeza, e Victoire retribuiu o aperto, buscando a coragem que precisava para começar. Quando sua voz finalmente saiu, não era mais do que um sussurro:

— Eu não fui completamente honesta com você quando disse que nunca pensei em nós dois. Eu pensava às vezes, mas... não sei, quando ouvi você admitindo o que sentia por mim, eu... meio que entrei em pânico. Era mais seguro quando era uma ideia só minha, sabe. Uma ideia vaga, quase sem forma. É muito idiota sentir medo dessas coisas?

— Não, não é...

— Eu me sinto um pouco idiota — confessou Victoire, com um risinho. — Mas a vida é sobre correr riscos, não? E, bom, não vou continuar me enganando. A verdade é que eu gosto de você, Teddy. Gosto da maneira como meu coração bate mais feliz quando está por perto. Gosto da maneira como me faz sorrir. Gosto de tudo sobre você... Sobre nós. 

Teddy abriu o maior e mais sincero sorriso. Ele mal conseguia acreditar, o sentimento era puxativo. Seu coração estava exultante naquele momento.