Pós Amor: O que vem depois do amor? escrita por Usagui120


Capítulo 45
O que vem depois do amor?




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Laura apresentava seu trabalho e via que os avaliadores estavam olhando fixamente o datashow. Aos poucos a futura doutora sentia-se mais a vontade e sua didática melhorava. Todos da plateia pareciam ser interessar cada vez mais pelo assunto. Está dando certo! Vou conseguir! Meia hora depois pôde ouvir aplausos demoradas. Um alívio na alma foi o que Laura sentiu. Em poucos minutos soube a sua nota: dez! Agradeceu a todos e abraçou suas amigas.

Herbert continuava a correr, estava quase exausto. Finalmente cheguei! Ele abriu a porta. Laura sorriu ao ver quem entrava pela porta do auditório. A menina correu e depois de abraçar com força comentou:

— Chegaram atrasados!

 — Desculpa a demora. Nós nos perdemos por aqui.

— Tão bom ter você e o Edu aqui!

— Nunca iríamos abandonar em uma hora dessas!  — Exclamou Renata voltando a abraçar a amiga.

— Estamos muito felizes e orgulhos de você! — Afirmou Eduardo. — Sou prova do tanto que você se esforçou para chegar aqui!

Laura voltou a abraçar seus amigos e comentou:

— Quero ter vocês para o resto da minha vida!

Herbert depois de abrir a porta, sentou-se em um dos vagões do trem e logo em seguida ouviu que a locomotiva estava perto de sair. Olhou as mais de vinte ligações de Laura no celular, mas não retornou.

Eram aproximadamente nove da noite. Aos poucos o auditório ficava vazio. Molly terminou de desligar o datashow e disse:

— A gente e seus amigos brasileiros precisamos sair pra comemorar!

— Poderíamos ir naquele pub em que ganhamos a noite de graça! — Sugeriu Sakura.

— Ótima ideia! — Concordou Laura. — Só vou terminar de desmontar essas coisas da apresentação e devolve-las no departamento. Aí encontro vocês.

— É seguro ficar aqui sozinha?

— Não se preocupe Edu. — Pediu Laura. — O campus é muito bem vigiado! Daqui vinte minutos estou lá para a gente comemorar muito!

Todos se despediram e Laura voltou a demostrar os aparelhos. O auditório estava com luz fraca. Um silêncio completo rondava o lugar. A ruiva terminou de guardar o seu computador quando ouviu a quietude ser rompida por sons de palmas. Laura olhou rapidamente para trás e ficou muda. Seus olhos se arregalaram. Soltou apenas uma palavra com a voz fraca:

 — Miguel...

O policial descia para o palco com passos lentos. Laura continuava imóvel, apenas observando a movimentação dele. Miguel sentou-se ao lado da historiadora. Ela ainda meio confusa perguntou:

— Como você chegou até aqui?

— O Herbert foi até ao meu quarto de hotel. Aí ele me contou onde aconteceria a sua defesa. Só não entrei porque não quis te atrapalhar. Aliás, foi muito bem na sua apresentação. Dez mais do que merecido!

 — Herbert na sua casa? Estou entendendo nada!

Miguel suspirou e começou a lembrar daquela noite. Depois de abrir a porta e ver o alemão, o policial perguntou:

— O que faz aqui?

— Precisamos conversar!

— Não temos nada para falar.

— Com certeza temos! Se não me deixar entrar... Eu entro à força!

Miguel deu passagem para Herbert entrar e o convidou para sentar. O alemão ignorou o convite e continuou:

— Por que está indo atrás da ruiva?

— Eu amo a Laura! A nosso história é muito forte!

— Quem ama... Não traí!

— Cala a boca! Você não sabe nem um terço que de tudo que eu e Laura passamos!

— Posso não saber... Mas... Vi todo o sofrimento que você causou!

— Nunca quis fazer mal para a Laura!

— Não é o que parece.

— Se for pra ficar nesse papo furado... Pode sair daqui!

— Eu amo a Laura! E é por isso que estou aqui para ver qual é a sua afinal!

— Não tô entendendo!

— A Laura tentou muito! Muito mesmo! Mas ela ainda é apaixonada por você! Eu já tinha minhas dúvidas, mas, depois de ouvir a conversa de vocês dois em baixo daquela árvore... Tive certeza. E é por isso que estou deixando o caminho livre para você. Laura nunca será completamente feliz ao meu lado! Além de por mais que eu quisesse negar... Seu amor pela ruiva parece ser verdadeiro, por mais que sua forma de amar seja nada convencional. — Desabafou Herbert entregando um papel ao policial.

— Que papel é esse?

— É aí que a Laura vai defender a tese dela de doutorado. É a sua última chance de encontra-la!

Depois desse forte dialogo, Herbert saiu do quarto de Hotel. Assim, Miguel contou toda a história, deixando Laura atordoada. O policial pegou as mãos da ruiva e continuou:

— Eu nunca te traí! Juro! Fiz aquele plano estupido para fazer você se afastar de mim... Mas me arrependendo tanto!

— Tem que se arrepender mesmo! Sabe que nunca me arrependi de ter escolhido cuidar de você e mesmo assim fez isso comigo!

— Ué, você já sabia?

— A Renata me contou tudo! Fique com tanta raiva! Vontade de matar você!

— Me perdoe, por favor!

— Eu não sei.

— Passamos tanta coisa para ficar juntos! Seu cunhado maluco, a volta do Eduardo, um latifundiário sem escrúpulos, um quase genocídio indígena, o meu acidente, o meu plano idiota e sua viagem para a Inglaterra. E mesmo depois de tudo isso... Estamos aqui e frente a frente um com o outro. Acha que isso pode ser apenas furto do acaso?

— Eu sinto raiva de tudo! — Exclamou Laura olhando fixamente para o policial que estava sério. — Raiva de você ter feito aquela idiotice comigo, raiva de ter te conhecido, raiva de pensar em você todos os dias e mais raiva ainda de continuar te amando!

Laura agarrou Miguel pela camisa e o beijou. Logo em seguida ouviu mais sons de palmas. Olhou para o lado e viu Sakura, Molly, Eduardo e Renata rindo. Renata gritou:

— Até que fim! Meu Deus! Vocês são piores que novela mexicana!

— Vocês são dramáticos demais! Nunca pensei que demorariam tanto para chegar no beijo! — Exclamou Sakura.

— Quem diria que você falaria coisas tão bonitas assim em? — Indagou Eduardo rindo. — Parece que realmente até os brutos amam.

— Só acho que a conversa entre vocês foi dramática demais! — Opinou Molly.

Laura riu sem graça e perguntou:

— Vocês sabiam disso?

— Não. — Afirmou Renata. — Estávamos indo para o bar, mas decidimos voltar para te esperar. O campus estava muito vazio, achamos perigoso você ficar aqui.

— Aí quando nós estávamos voltando para o auditório, ouvimos a conversa de vocês. — Completou Eduardo. — Não queríamos atrapalhar.

— E também queríamos ouvir tudo! — Afirmou Sakura rindo.

— Minha barriga tá rocando! — Reclamou Molly. — Bora comer!

— Gostaria de me acompanhar? Perguntou Miguel levantando-se e estendendo a mão para Laura.

— Claro que sim!

Os seis saíram do auditório e aproveitaram a noite mais romântica, emocionante, dramática, cheia de encontros e desencontros de suas vidas e finalmente ambos descobriram o que tinha depois do amor: a vontade de estar perto um do outro.


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Notas finais do capítulo

A história acaba por aqui! Obrigada por acompanharem! Até a próxima! : )



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