Andando pelos corredores do Hospital, Adam permite-se liberar sua dor em forma de lágrimas, molhando o seu belo e jovial rosto. Ele não conseguia acreditar que tinha pouco tempo de vida, pois tudo aquilo assemelhava-se à um pesadelo horrível do qual ele iria acordar logo.

O que o fazia pensar que tudo aquilo era um pesadelo? Simples. O ódio por Jack tornar-se um sentimento totalmente oposto do que ele havia planejado para vingar-se dele. 

− Por qual razão tinha que ser eu? − Questionou-se em um tom embargado pelo choro silencioso, deslizando seu corpo por uma das paredes, sentando-se no chão com a cabeça pousada nos joelhos.  – O que eu fiz de tão errado para merecer essa porra?

Jack, que correu atrás do primo pelos corredores, após perdê-lo de vista por alguns breves momentos, avista Sebastian no balcão de recolha de exames de sangue, fazendo com que um arrepio percorresse por toda a extensão do corpo do jovem.

Não querendo iniciar um diálogo com o ex-namorado, Jack caminha pelos corredores até avistar Adam encolhido em um canto, chorando pela recém descoberta de sua doença.

− Eu nunca lhe deixarei. – Prometeu Jack. – Não adianta pleitear.

Adam o abraça desesperado.