Hyoku escrita por Deby Costa


Capítulo 15
Dia 18 - Sarpar.


Notas iniciais do capítulo

Bom dia gente! Ontem mais uma vez fiquei sem internet a noite e não consegui postar, mas como o capitulo estava prontinho deixei a palavra de ontem e apenas encaixei a palavra do dia. " Vai que dá ruim de novo e não consiga postar" vai vendo meu povo.

Palavra do dia: Sarpar.

1.Erguer (ancorar), levantar ferro, fazer-se ao mar.

2.Palavra que indica quando uma pessoa vai embora e se despede.



**** Palavra de ontem: Excruciar ****

Atormentar, afligir muito, martirizar, torturar.


Boa leitura.




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— O que esta sentindo por essa gente se chama misericórdia.

 – Isso dói padre Damião?

— Gostaria de dizer que não, mas seria um mentiroso caso o fizesse, entretanto não deve se excruciar com tal sentimento. Sentir piedade por alguém não é algo ruim só demonstra que você tem um bom coração.  

— Mesmo que esse alguém seja um negro?

— Principalmente se for um negro menino Fontaine.

  Tantos anos passaram e as catequeses de Damião ainda estavam enraizadas em sua mente. Poderia culpa-las por se tornar médico. Quando pequeno ao ver os escravos sofrendo de banzo sofria junto. Aquela era a dita misericórdia de que o sacerdote tanto falava em seus sermões.

— Teu pai não ira te perdoar novamente. – Enzo continuou fitando o altar da capela, mas não ignorou a presença do sacerdote atrás de si.  

— Não me importo mais com ele. Há anos Giovanni Fontaine obrigou-me a sarpar dessa terra levando a promessa de trata-los dignamente, no entanto Iana foi morta e Zaki foi açoitado até quase, por tentar salva-la de tal infortúnio. 

— Onde ele está?  – A preocupação do sacerdote era genuína, entretanto jamais contaria.  

— Ele está seguro.

— Por que veio Enzo?

— Onde estão meus irmãos?


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Notas finais do capítulo

Gente, logo saberemos o segredo do casebre e da joia que Enzo carrega em seu pescoço. Não se preocupem.

Curiosidades:
Muitos escravos recusavam seus destinos. No início resistiam de diversas formas: suicidavam-se, não cumpriam ordens, fugiam, revoltavam-se e até assassinavam seus algozes. Contudo um dos maiores desesperos dos senhores de escravos – além da resistência –, por se tornar um grande prejuízo em suas finanças era uma doença nomeada banzo, que usei no capítulo.
O banzo era uma profunda depressão que acometia muitos negros levando-os a morte por inanição.

No dicionario encontramos essa definição para banzo: Nostalgia mortal ou patológica dos escravos negros africanos levados para longe da sua terra.



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