A descoberta das Gêmeas Wyat escrita por Hailuana


Capítulo 1
As colecionadoras de Crimes


Notas iniciais do capítulo

OIe pessoas
Bem essa história foi feita para um desafio em outra plataforma mais que agora resolvi postar aqui para ver a reação de vocês, já que pretendo desenvolver esse projeto para meu futuro livro, por isso é indispensável a opinião de vocês,
Leiam e me deixem saber o que acharam por favor.



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— De novo não. – Um homem alto e de corpo grande bradou furioso batendo a mão sobre a mesa de madeira, que rangeu como se tivesse sentido dor.

Um rapaz mais novo, com rosto bonito e olhar um tanto que admirado, acenou positivamente enquanto olhava a capa de um jornal que esbanjava a foto de duas lindas jovens de aparência quase idênticas.

— O que fizeram dessa vez? – O homem que agora não estava mais sentado, perguntou andando de um lado a outro com a expressão de que mataria o primeiro que aparecesse em sua frente.

— Elas roubaram a gigantesca biblioteca Pública Central de Seattle, senhor.- O rapaz que fora apelidado de Brown, seu sobrenome, disse, agora parecia estar com medo do chefe furioso.

— E o que elas roubaram dessa vez? Um livro? Ou uma estatueta? . – O rapaz negou como se temesse dizer. – Eu não entendo, se elas têm tanto dinheiro para equipamentos modernos, por que continuam roubando esse tipo de lugar? Não seria mais fácil comprar ou algo do tipo? – O Detetive Watson, devaneou.

— Senhor... – Chamou baixo tentando tirar o outro dos pensamentos. E assim que o fez, falou de uma vez para que o impacto fosse menor. –Elas não roubaram um livro ou algo parecido, elas roubaram: A biblioteca. Não sei como, mais elas literalmente a arrancaram do chão e levaram pelos ares com imensos helicópteros.

O detetive Watson se jogou novamente na cadeira agora perplexo e sem ação nenhuma com o que ouviu. O rapaz apenas mordeu a ponta do dedo, aquilo daria um trabalhão para recuperar e ainda mais para por no lugar. Aquelas garotas eram mesmo astutas e espertas, tinha quase uma admiração platônica, a única coisa que impedia isso, era o fato delas serem ladras internacionais e ele agente da INTERPOL.

Enquanto isso o jornal anunciava mais um grande furto das que estavam sendo chamadas: As gêmeas do Crime, que até então ninguém sabia de fato quem eram mesmo com inúmeras investigações.

                        Algumas horas depois

— O que estamos fazendo no meio de Tóquio, Brown? – O detetive perguntou zangado.

— Recebemos uma encomenda das garotas senhor, estava dormindo, por isso tomei a liberdade de pedir ao piloto do avião que mudasse a escala.

— E por que raios Tóquio? – Watson, continuava revoltado, alguns diziam que nunca tinham o visto sorrir. E Tóquio com certeza não era uma de suas cidades favoritas no mundo, gente demais para o gosto do detetive.

— A mensagem das irmãs do crime veio dentro dessa caixa de livros senhor, e diz: “Para se ler um bom livro são necessárias três coisas: Uma boa música, um ótimo chocolate quente e um lugar calmo. Mais para tantos livros onde poderíamos encontrar muitos aparelhos de música?”

Watson passou a mão pelo rosto, começava a sentir frio já que não havia ido preparado para ir pro Japão que naquela época estava nevando. Tinham pegado um jato particular liberado pela agência para casos especiais, e nos últimos tempos aquelas irmãs estavam no topo da lista dos casos especiais.

— Eu não entendo. Por que sempre mandam essas dicas? Elas querem ser pegas? – Brown estava confuso.

— Não. Querem brincar de gato e rato, e pelo visto somos os ratos. – O detetive disse frustrado entrando em um dos cafés mais próximos, precisava de algo quente ou congelaria. – E por que decidiu que Tóquio devia ser nossa parada e não Seattle, onde a biblioteca foi roubada? – Perguntou bebericando uma caneca fumegante de chá preto.

— Bem, segui as pistas delas senhor. Já haviam roubado a biblioteca então não tínhamos mais o que fazer lá. E a pista fala de coisas para ler os livros que foram roubados, existe lugar melhor que misture música e tecnologia do que o Japão? – Brown era lógico e esperto, Watson gostava disso, mesmo não dizendo.

— E o que acha que elas irão roubar dessa vez?

— Essa é a questão. O Japão é responsável pelas grandes invenções ligadas à música: cd, dvd, blu-ray e outras. Mais onde encontraríamos tudo isso? Digo a maioria dessas coisas foram trocadas pelo celular ou computador. – Analisou , era sua especialidade, tentar pensar como os criminosos que perseguia, mais aquelas irmãs eram mentes realmente brilhantes.

— Mais que droga, elas não podiam roubar apenas um Iphone? – Perguntou largando a xicara vazia sobre a mesa.

— Esse não é o estilo delas. – O detetive já ia perguntar ao jovem Brown desde quando ele admirava o estilo de ladrões, mais foi interrompido pelo mesmo.

— Já sei. É tão obvio, não sei como não pensei nisso antes. – Bateu na testa se auto recriminando. – Elas devem estar no Miraikan Museum. – Disse já se levantando e pegando a chave do carro alugado.

— Onde? – Watson perguntou confuso. Por isso formavam uma boa dupla, Brown era a mente e ele os punhos.

— O museu mais moderno do mundo, cheio de tecnologia, com certeza deve haver algum aparelho de som super potente por lá ou algo do tipo. – Disse rápido arrancando com o carro em direção ao museu.

Pouco tempo e já chegavam ao museu. Talvez tarde demais na verdade, já que esse já tinha sido erguido do chão e era levado nos ares. As gêmeas estavam no teto do museu, que estava fechado e vazio na hora do roubo.

—- Me desculpe por não ficar detetives, mais temos mais alguns lugares para ir. – Uma delas disse sarcástica em pendurada na corda do helicóptero.

— Tomem, quem sabe conseguem nos alcançar antes do próximo crime? – A outra riu e jogou um pendrive, antes de ser totalmente erguida e entrar no helicóptero.

Watson agarrou o pendrive com agilidade, impedindo que ele se espatifasse no chão. Correram e colocaram no som do carro, torcendo para que fosse uma mensagem de áudio, e acertaram em cheio.

— “Que pena detetives não foi dessa vez, mais quem sabe podem descobrir o próximo local? Hum, adoramos chocolate.”

— Descobrir? Chocolate.? Onde descobriram o chocolate senhor? – William Brown, perguntou agitado.

— Essa eu sei, ninguém sabe ao certo mais provavelmente na América Central.- Disse orgulhoso por estar ajudando de fato pela primeira vez.

— Mais isso não ajuda muito. – Watson murchou.

— Mais vamos lembrar-nos da primeira dica delas. – O detetive irritado parou para por tudo em ordem. – Tudo isso tem haver com leitura não? – O jovem William acenou positivamente. – Roubaram a maior biblioteca, depois o maior museu tecnológico com aparelhos de som, então vão querer o melhor chocolate do mundo que é...

— Belga. – Brown completou. – Muito bem detetive está começando a pensar como elas.

Watson não teve certeza se aquilo fora um elogio, mais partindo de alguém que parecia fissurado pelas irmãs, devia ser. Assim partiram correndo para a Bélgica no mesmo jatinho que os tinha levado para Tóquio.

************

Há alguns meses esses detetives haviam sido encarregados de buscar e apreender as gêmeas Wyat, que até então ninguém sabia ao certo quem eram. As irmãs eram ardilosas e escorregadias, sempre achavam forma de escapar, mesmo que nem sempre com o que pretendiam roubar, e era o que ainda garantia o emprego dos detetives, geralmente eles conseguiam de volta tudo que era roubado.

— Dessa vez elas foram longe. Digo, não será nada fácil colocar uma biblioteca e um museu no lugar novamente. E como elas conseguiram fazer isso sem os destruir? Parece coisa de filme. – William comentava gesticulando, enquanto rumavam sentido a Bélgica.

—Com o dinheiro que elas parecem ter qualquer coisa impossível pode ser realizada Brown. – Edgar Watson, disse enquanto foleava o catálogo com as maiores e mais famosas fábricas de chocolate Belga.

— Não entendo porque ainda procura as coisas dessa forma, o computador é tão mais rápido e preciso. – O detetive assistente disse.

— Não sou fã desses trecos que podem quebrar facilmente. – Fez bico.

Nada mais foi dito, pois o piloto anunciou que haviam chegado e iam posar. Haviam ido para Bruxelas que é considerada a capital do chocolate.

— Para onde vamos chefe? Bruxelas não é tão pequena. – Brown coçou a cabeça.

— Para o Pierre Marcolini, uma das lojas mais caras e sofisticadas. Viu só os panfletos ajudam mesmo. – Esbanjou um sorriso um tanto que assustador, pelo fato de não ser costume seu sorrir.

William deu de ombros e seguiram para a dita loja. Dessa vez diferente de todas nos últimos meses, eles chegaram ao local do crime antes das irmãs decolarem.

— Vamos Brown, dessa vez vamos pega-las. – Watson correu já com a arma em mãos, mesmo sabendo que as irmãs nunca andavam armadas ou machucavam alguém propositalmente.

Em questão de segundos as irmãs já haviam sido detidas e agora estavam algemadas dentro do carro da Interpol local.

— Foi fácil demais. – Wiliam comentou em voz alta mais claramente estava perdido em pensamentos.

— O que? Fácil? Depois de quase seis meses perseguindo elas? – Watson ficou perplexo.

— Essa é a questão chefe, depois de tantas provas da inteligência delas, serem pegas antes de conseguirem roubar a imensa fonte de chocolate da loja, sem resistência, capangas ou nada parecido, não é do feitio delas.

— Você está louco. – Murmurou e se virou para olhar pela janela do carro.

Chegaram a sede mais próxima da agencia e foram interrogadas pelos detetives.

— Demoramos, mais finalmente pegamos vocês. – Watson disse orgulhoso , olhando as belas irmãs sentadas em sua frente.

— Pegaram? – Riram sarcásticas.

— Queremos mesmo é saber quem são e o porquê de tudo isso. – Wiliam estava curioso.

— Bem vamos nos apresentar então. Somos as Gêmeas Wyat, Helena e Heloise, filhas órfãs de um dos casais mais ricos do mundo, que certa vez decidiram serem as maiores ladras de todos os tempos. – Helena que era mais velha por dois minutos as apresentou.

— Porque todo esse teatro? Dinheiro? –Watson queria saber.

— Dinheiro? Não. Dinheiro é sem graça. Fazemos isso pela emoção, adrenalina e ... – Heloise deixou a última frase suspensa enquanto olhava sedutora para William.

— E o que? – Brown se viu perguntando rápido demais.

— Bem, gostamos dos holofotes, mais sermos famosas pelos meios convencionais não vale, sem dizer que há muitos inconvenientes como os paparazzi. – Helena sorriu, e disfarçadamente olhou para o pulso.

— Pois não se preocupem, para onde vão não há fotografo algum. – Watson falou enraivecido pelo cinismo das irmãs.

— Hey, detetive bonitinho, por que não tira essas algemas de mim? Vão ficar marcas, tenho uma pele sensível sabe? – Heloise se jogou toda para frente com as mãos erguidas em frente a Brown, mostrando mais do que deveria dos seios.

— E por que eu faria isso? – Perguntou sentindo o coração bater mais forte.

— Por que vamos escapar de qualquer jeito, e isso só ajudaria a não termos marcas. – Fora Helena quem disse.

— São loucas. – Watson bradou.

— Quanta ingratidão. Deixamos que nos pegassem para poderem ser os primeiros...

— Primeiros a que? – Wiliam não conseguia controlar a língua e quando via já havia falado.

— A descobrirem as irmãs Wyat. – Heloise completou sua fala com um imenso sorriso no rosto.

Antes que Watson pudesse retrucar Helena olhou novamente para o pulso, onde havia um relógio que ainda não tinha sido confiscado graças à urgência de prendê-las. Um som de janela estilhaçando foi ouvido, nos poucos segundos em que os detetives olharam para trás para ver de onde vinha o som, as irmãs sumiram.

— Onde... – A frase foi interrompida.

— Hey detetive bonito, não se esqueça de dizer ao jornal que nós demos uma entrevista exclusiva para vocês... – Heloise falou enquanto era erguida e passava por um imenso buraco que agora havia no teto.

— Ah, e se querem um titulo para matéria, esse seria perfeito. – Helena tirou um papel dos seios, pois sem saber como, elas já estavam com as mãos livres, e jogou para William.

“ A descoberta das Gêmeas Wyat: Colecionadoras de crimes”.

Watson gritou de ódio depois de Brown ler e as irmãs sumirem bem em frente aos seus olhos.


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez digo
COMENTEM
preciso de verdade de opiniões.
obrigada desde já
bjs



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