Saving Love escrita por Candy S


Capítulo 21
Capítulo 21




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Já era dia quando fui para a casa do meu pai. Tínhamos passado a noite toda no STAR Labs pensando no nosso próximo passo contra Savitar.

Abri a porta de casa e minha irmã estava sentada no sofá apreensiva.
— Daph! - ela veio me abraçar. - O papai disse que você estava bem agora. Eu não consigo entender o que está acontecendo, mas eu fico feliz que esteja tudo bem.
— É pequena... Eu só vim aqui dizer que está tudo bem e guardar uma coisa.
— Você já vai?
— É... Você pode guardar isso para mim? - disse, a entregando as baquetas de HR.
— Sim. - ela me abraçou forte.

Meu pai veio em seguida me abraçar. Foi como se ele não me visse há anos.
— Meu Deus! - ele falava no meu ouvido ainda me abraçando. - O que aconteceu, filha? Como conseguiram... O que aconteceu? - sua voz estava sumindo em meio as lagrimas.
— O HR me salvou. Ele morreu no meu lugar. - sentia a emoção me tomando novamente.
— Eu sinto muito por sua perda. HR parecia ser muito legal. Mas eu estou tão feliz que esteja bem, minha pequena.
— Me desculpa por não ter dado notícias ontem. Eu não conseguia pensar em mais nada.
— Tudo bem, filha. O importante é que você está bem.

Meu pai tirou algo do bolso e colocou em minha mão. Era minha aliança.
— Obrigada por ter guardado! Agora eu preciso ir. Nós temos muito o que fazer ainda.
— Você me promete que vai ter cuidado? Me promete também, Allen?
— Claro, Sr. Dean.
— Vai ficar tudo bem, pai. - disse o abraçando novamente.
                                                                                     ...
— Pela milésima vez, me perdi na confusão de viagem no tempo. O que aconteceu agora com o Savitar? Daphne não morreu, então isso muda as coisas, certo? – Joe disse.

Tínhamos voltado ao STAR Labs e conversávamos sobre o que tinha acontecido.
— Se a Daphne não morreu, então o meu eu do futuro não entra no caminho obscuro e nunca cria remanescentes do tempo.
— E se o você do futuro não cria os remanescentes, então o Savitar nunca nasceu. - Iris disse.
— Exatamente. Quando o paradoxo temporal o pegar, então ele será apagado da existência. - Julian completou.
— Mas eu o vi. Ele não desapareceu.
— Ainda não. Mas ele vai, Joe.
— Alguma noção de quanto tempo vai levar?
— Talvez algumas horas.
— Ele pode causar muitos danos em algumas horas.
— Pessoal, não podemos sentar e esperar ele desaparecer. - Iris comentou.
— É verdade. Ele não vai apenas esperar o paradoxo e desaparecer. Ele pegou a bazuca por algum motivo. - Julian falou.
— Ele quer ser um deus, então deve precisar da bazuca e da Caitlin para atingir o seu objetivo. - Barry disse.

Wally entrou no salão principal.
— Procurei Savitar e Caitlin por toda a floresta. Eles se foram e levaram o Cisco.
— Temos que achá-los.

Todos se espalharam pelo laboratório, tentado fazer algo que ajudasse.

Estava sentada, pensativa, quando Barry chegou.
— No que está pensando?
— Nada demais.

Ele se sentou ao meu lado.
— Tem certeza que não é nada?
— É só que... Eu estava pensado... Nós estamos aqui sentados agora... com nossa raiva do Savitar, tentando pensar em como machuca-lo ou talvez matá-lo... Mas eu acho que o ódio não vai resolver dessa vez.
— Como assim?
— É que as vezes a questão não é quem soca mais forte, ou corre mais rápido, Barry.
— Então o que sugere que eu faça?
— Barry, quando o Savitar me levou para o galpão, eu olhei nos olhos dele. Eu vi a dor nele, mas também vi que lá no fundo ele não queria fazer aquilo.
— Quer que eu fale com ele, então? É isso?
— É, é exatamente isso. O que tem a perder? E sinceramente, acho que ele pode se surpreender, porque...
— É a última coisa que ele esperaria.
— É.
— Você tem razão. Talvez funcione. - Barry saiu apressado, esqueceu até de se despedir.

Se passaram algumas horas até que ele voltasse. Atrás dele vinha Savitar, sem sua armadura, apenas como... Barry.
— O que ele faz aqui? - Iris perguntou.
— Está tudo bem.
— Se você fizer algo em direção a Daphne...
— Ele não vai. Matar a Daphne não pode salva-lo mais.
— Onde estão o Cisco e a Caitlin? - Julian perguntou.
— Estão a salvo. - Barry respondeu.
— Eu perguntei a ele. - Julian olhava para Savitar, furioso.
— Mostrem que podem me ajudar e aí direi onde seus amigos estão.
— Ou nos diz agora, ou irá desaparecer. - Joe disse.
— Não acredito nisso. O que ele faz aqui? Ele é um monstro. - Wally enfatizou.

Me aproximei de Savitar.
— Daphne, fique longe dele...
— Olhe para mim. - eu o disse. - Está tudo bem, só... olhe para mim.

Ele finalmente me olhou e eu coloquei minha mão em seu rosto. Ele pareceu relaxar.
— Deveria ter medo de mim.
— Eu não tenho. Não mais. Nós vamos te ajudar, ok?
— Obrigado.
— Bem, já que o nosso convidado está com os nossos cientistas, com qual problema temporal podemos te ajudar? - Julian disse irritado.
— A Tracy construiu a armadilha que o prendeu... então talvez ela possa ajudar.
— Vamos até ela, então.

Eu e Barry levamos Savitar ao laboratório para esperar por Tracy.
— É estranho voltar aqui. - ele disse, olhando tudo.
— Você se lembra do STAR Labs?
— Eu me lembro de tudo. Aqui nós tivemos a ideia do inibidor cerebral para usar contra DeVoe.
— Quem?
— Vocês ainda não chegaram lá. – ele cruzou os braços. - Então, como isso vai funcionar? Onde vou viver?
— O que você quer dizer? - Barry indagou.
— Wally e eu vamos ser colegas de quarto? Eu devo voltar ao time Flash e lutar contra alguns ladrões? Que tipo de vida eu deveria levar?
— Eu não cheguei a esse ponto ainda.
— Como vão me explicar no casamento? Eu sento do lado da noiva ou do noivo?
— Nós não temos todas as respostas. Mas vamos dar um jeito. Juntos.
— Não. Não juntos. - ele me olhava agora. - Você vai passar o resto dos seus dias com ele. Mas eu me lembro de te dar esse colar... De ter te pedido em casamento. Desculpem, mas eu não posso fazer isso. - ele disse saindo.

Me coloquei em sua frente, o parando.
— Sim, você pode. Eu estarei aqui por você.
— Eu tentei te matar. Eu matei HR.
— E vai ter que viver com isso. Mas não vamos desistir de você. Não é o que fazemos. Há uma saída para todos nós. - segurei sua mão. - Onde estão Cisco e Caitlin?

Ele me olhou e parecia começar a aceitar a ideia de ficar.
— Eu vou trazê-los para casa. - ele disse, saindo correndo em seguida.

Olhei para Barry e ele sorriu em aprovação.

De repente, um alarme começou a soar. Voltamos para o salão principal.
— O que é isso?
— Há energia radiando na sala da fenda. E não é energia da fenda. - Iris disse, olhando um dos monitores.
—É a Pedra Filosofal. Está soltando sua energia. - Julian falou.
— Savitar. Foi ele.
— Parece que vai explodir. - Joe parecia aflito.
— Wally, tire todos daqui. - Barry disse.

Enquanto Wally levou Joe e Julian, Barry levou Iris e a mim para o lado de fora.

Uma explosão azul tomou conta do céu.
— Meu Deus!
— Ele estava tentando nos matar?
— Eu não sei. - Barry disse.
— O que vamos fazer agora? - Wally perguntou.
— Vamos para a minha casa.

E assim fizemos. Chegando lá, percebi que todos estavam nervosos com a situação.
— Ele não vai desistir. - Joe disse.
— Precisamos de ajuda. - falei. - Precisamos do Cisco.
— Acho que sei o que fazer. - Barry disse, saindo correndo.

Alguns minutos depois, ele voltou.
— O que foi fazer?
— Logo vão descobrir.

Uma fenda então começou a se abrir. De lá saíram Cigana e Cisco.
— Meu Deus! - o abracei.
— Pensei que algo tivesse acontecido. - Cisco disse surpreso, retribuindo meu abraço. - O duas-caras disse que estavam mortos.
— Estamos bem.
— Cigana. Obrigada!
— Não há de que. Vim para ajudar.
— Ótimo, por que sei o que Savitar está tramando.
— E o que é?
— Ele quer se tornar imortal, por isso precisava de mim e da bazuca. Mas é claro que eu a sabotei. - ele disse rindo. - Ele vai ter uma surpresinha quando usá-la e nós veremos um amigo nosso novamente.
— Você está falando do Jay?
— Exatamente.
— Cisco! - disse rindo.
— Então é isso, pessoal. Vamos deter o Savitar. - Barry disse. - Cisco, Wally, Cigana... Vamos atrás do Savitar.

Quando Barry estava prestes a sair, fui até ele.
— Savitar já está condenado. Ele não tem mais nada a perder, então cuidado, Barry. Me promete?
— Claro. - ele beijou minha testa, indo embora.
                                                                                     ...

Algumas horas já tinham se passado e eu estava nervosa.
— Ei, relaxa. - Iris disse.
— Eu não consigo! Por que ele fez isso, Iris? Nós íamos ajuda-lo.
— Eu acho que, na verdade, ele não quer ser ajudado.
— O que será que está acontecendo? Será que eles estão precisando de ajuda?
— Com certeza não da nossa.
— Eu vou atrás deles.
— O quê?

Fui até umas das cômodas e peguei uma arma.
— Desde quando tem uma arma aqui?
— Desde que Marcus mandou me matar.
— Daphne, é loucura ir atrás dele.
— Não me importo.
— Pai! - Iris disse.
— O que quer que eu faça? Prenda ela? - Joe falou.
— Iris, eu vou atrás deles. Se quiser venha comigo.

Ela bufou.
— Tá!

 

Fomos até o local onde Savitar, Barry, Cisco, Cigana, Wally e, agora solto, Jay estavam. De longe, eu e Iris ficamos escondidas atrás de uma árvore e víamos Savitar no chão e a sua armadura apontando suas lanças para ele.
— Se o Savitar está ali, quem está na armadura? - perguntei confusa.
— É o Barry!
— Vá em frente! - Savitar dizia rindo. - Você me mata, então se torna eu. De qualquer jeito eu vivo!

A armadura então começou a se romper e quebrar. Barry tinha a destruído.
— Nunca deixarei que a dor e as trevas determinem quem eu sou. Nunca serei você.

Barry deu um soco em Savitar, que caiu no chão. Barry deu as costas para ele, que por sua vez, mesmo fraco, começava a tentar se levantar.
— Ele vai mata-lo. - saí de trás da árvore e apontei a arma em direção a Savitar.

O meu dedo já estava no gatilho, mas eu não conseguia puxa-lo. Comecei a lembrar de Anthony e da sensação que senti depois de matar alguém.

Savitar já estava de pé e pronto para correr em direção a Barry. Foi quando Iris tirou a arma da minha mão e atirou nele sem nem hesitar. Barry olhou surpreso para trás e vimos Savitar sumindo da nossa frente.

Corri até Barry e o abracei.
— Acabou. - ele dizia no meu ouvido. - Finalmente acabou.


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