Clarke às vezes sentia como se tudo aquilo fosse uma anátema do universo. Uma maldição feita para ela, o resultado de todo o mal que cometeu desde que pisou na Terra.

Afinal, se existisse mesmo alguma divindade, essa seria a punição perfeita. Todos à quem ela tentou proteger durante todo esse tempo, seu povo, estavam fora de alcance, talvez mortos. Ela estava isolada, presa, com nada além da estática do rádio, sua culpa e as lembranças de dias que nunca voltariam para lhe fazer companhia. Nesses dias, ela não podia deixar de se perguntar quanto tempo ela aguentaria nesse inferno.