Eles “dialogavam” sob gritos  indignados e provocantes. Seria uma cena cotidiana, se os pais de ambos não estivessem vibrando a cada palavra.

— Você vai negar que me fazia colocar cola no sapato nos dias de prova? — Satsuki gritava, rindo ao ver o olhar desesperado dele pros pais.

— Mãe,vai a deixar falar assim, hein? — Ele colocou a cabeça no ombro retundo dela, desconsolado.

Era uma cena engraçada pela gritante diferença de altura.

— Você, seu moleque...  — Deu-lhe um tapa.

— Ai, mãe! Ô pai, defende ae.

O Sr Aomine apenas riu, acenando um não.

O ultraje de Aomine foi cortado pelos pais de Satsuki, que berraram um “sua vez”.

Ele tossiu, numa expressão séria.

— Satsuki me fazia gastar todo dinheiro do lanche comprando aquelas marmitas caras. Eu vivia falido! — chorou.

Satsuki arquejou.

— Eu nunc...

— Acredito em você, querido. — A Sra. Momoi confortou-o.

— Hey!

Todos gargalharam e continuaram o “jogo da verdade” pela tarde inteira.

***

Já era noite e Aomine deveria acompanha-la até o outro lado da cidade. Só aquilo divergia com seus planos, por isso suava de nervoso.

— Quer ir lá pra casa?

— Claro, Daiki. — Sorriu ela, charmosa.

Ele aturdiu-se pela forma que foi chamado. Aquele “Daiki” parecia ter milhões de significados.