Os dedos de Benjamin brincavam com os cabelos da minha nuca, causando-me diversos arrepios, era tão bom! O cheiro da maconha pairava no ar e os efeitos eram visíveis. Eu me sentia extremamente sensível ao toque, risos escapavam sem motivo algum.

Era inevitável não pensar no poema que eu lera alguns dias antes. Afinal, era destinado para uma mulher. Eu podia jurar que ele era hétero, mas era só uma ilação baseada no poema.

— Estou confuso...

— Eu troco os gêneros dos meus poemas. – comentou como se lesse meus pensamentos – Não é qualquer jornal que aceita publicar os poemas de um cara gay.