Sonho escrita por Karinix
Notas iniciais do capítulo
HEY! Eu sei, eu sei. minha fic narusasu ta mofando de tao parada mas deixa eu explicar: começei a trabalhar faz um mes, e tipo, estudo a tarde e faço curso a noite. conclusao? nao tenho mais tempo. passei por uma mudança radical em apenas tres dias, onde mudei de horario na escola e começei a me organizar pro trabalho. fiz essa one durante o fim de semana passado e termeinei ela hoje de tarde, fui almoçar em pqp e acabei levando o notebook pq n tinha nada pra fazer. quem leu minha outra fic de IE e leu as notas, sabe q eu comentei de alguns projetos de outro casais e to trabalhando nisso. enfim, so passei pra dizer que a Karine aki n esta morta e meu perfil ainda esta ativo. eu tava de boa indo pro hospital (sim, eu trabalho no hospital daqui da cidade como recepcionista) de manha, quando essa musica entrou na playlist e na hore imaginei o Kirino e o Shindou. levei quatro dias pra escrever ela no meu caderno do curso e mais dois fins de semana pra passar pro not. espero que gostem.
LEMBRETE: usei apenas a segunda parte da musica, nao ela inteira pq n ia dar. por isso nao estranhem se ela estiver curta. caso tenham curiosiadade o nome dela é E Era Eu - Wilian e Marlon.
bjocas.
Éramos inseparáveis
Constantemente sendo separados
Mas o destino não favoreceu
Que houvesse essa história entre você e eu
— Eu... eu vou me casar Shindou.
O ex-capitão perdeu o fôlego, sentindo-se tonto e frágil de repente. Suas mãos soaram frio, a linha da coluna arrepiada.
— C-como?
— Vou me casar – Kirino repetiu, todo sorrisos – Foi meio repentino, mas Kariya me pediu quando estávamos na França. Confesso que quase tive um treco, eu estava olhando pra Torre Eiffel e depois vi ele ajoelhado e... – o rosado tagarelava, embora não percebesse o atordoamento do amigo e sua falta de atenção.
E de fato, Shindou não escutava absolutamente nada. Sua mente estava presa à frase inicial, a notícia que mudara completamente sua realidade.
— Shindou? – o mais novo tentou, percebendo o silêncio do amigo.
— Ah, sim? – sorriu amarelo, forçando-se a voltar para a realidade – Parabéns, você merece.
— Takuto? – sua expressão era perplexa, estava confuso o suficiente para chama-lo pelo primeiro nome sem perceber – Você está bem?
— Claro que sim, por que não estaria?
— Vou me casar com Kariya. O fungo parasita, o bolor tóxico, a ameba inútil! – citou alguns dos apelidos com que Shindou se dirigia à Kariya – Você sempre detestou ele, desde o colegial. Porque está me dando parabéns, se vou me casar com ele. Você fez o maior escândalo quando te disse que estávamos namorando.
O moreno baixou o olhar.
Sei que somos amigos há bastante tempo
Mas mesmo assim não pude evitar o sentimento
Ao te ver com outro assim
Você tão sorridente
E ele ouvindo um sim
— Sua felicidade é o que importa, não interessa a quem escolha.
— O que?
— Nada. É só... – respirou fundo – Seja feliz com Kariya, você sabe o que faz.
— Shindou?! – Kirino estava cada vez mais confuso.
— E-eu preciso ir – disse se afastando.
— Ei, me explique isso! Espere Shindou! – mas era tarde, o mais velho se fora, correu para o próprio carro, entrara, dera a partida e seguira pela avenida, deixando o rosado para trás.
Ele que havia se preparado tanto para aquele momento, havia planejado tudo. Escolhera um dia bom, como calor e sol como Shindou gostava, um lugar especial para os dois, fora naquele parque que eles se conheceram na infância, e treinou várias vezes como falaria a notícia, repetindo incontáveis vezes em frente ao espelho do seu banheiro, chegando ao ponto de Kariya o chamar de louco por ficar falando com o próprio reflexo.
Mas tudo dera extremamente errado e Kirino não sabia onde e quando havia cometido o erro. A reação de Shidou não ajudava em nada a entender o que havia acontecido. O fato de Takuto ter aceitado o casamento, era mil vezes pior que se opor. Significava que algo havia acontecido com o moreno, algo que Kirino não fazia a mínima ideia do que era.
Confuso, Kirino suspirou e foi para casa, pensando em alguma maneira de falar com o moreno.
(~)
Na porta da igreja
No seu casamento
Você ali feliz
E eu morrendo aqui por dentro
Tomou outro gole do wisk, embora não sentisse mais o arder da bebida em sua garganta. Já havia perdido as contas de quantas doses pedira ao garçom, mas não importava, estava bêbado e sem ânimo para festar.
— Você está horrível.
— Cale a boca.
Ibuki o fitava com um sentimento que não sabia identificar. Pena, tristeza, esperança... amor? Realmente não sabia o que se passava na mente do albino.
— Se continuar assim, Kirino logo perceberá. Agradeça à Kariya por obrigar o pobre coitado a cumprimentar todos os convidados, Kirino está louco para conversar com você.
— Eu já mandei você calar a boca? Se não, cale a droga da boca! – rosnou.
— Você piorou muito desde aquele dia, está se matando lentamente com esse vício.
— E você acha que eu não sei? – murmurou.
Um ano, já havia se passado um longo e torturante ano para Shindou.
Após ir embora do parque naquele triste dia, o moreno chegara em casa e chorara por horas seguidas, até chegar ao ponto de desmaiar de exaustão. Fizera de tudo para evitar o rosado por dias, plano que dera certo até o próprio Kirino acampar na porta de seu apartamento, exigindo uma explicação plausível.
Mas, como explicar o fato que era apaixonado pelo melhor amigo? Como revelar um sentimento escondido durante anos?
Dera uma desculpa qualquer e tentara voltar ao normal. Teatro que se quebrou ao ouvir o pedido para ser padrinho da cerimônia. Desde então, afogava suas mágoas na bebida. Passara a ser frequentador assíduo de vários bares da cidade, aumentando seu vício.
— Devia ter contado à ele.
— Quieto.
— Devia mesmo ter contado à ele.
— Ibuki, por favor. Eu já estou com problemas demais, não acha? Se realmente me ama, deixe-me sofrer em paz.
O albino desviou os olhos, fitando as pessoas se divertindo.
— Você realmente o ama, não é mesmo?
— Mais que a minha vida.
— Ei, Shindou! – Kirino surgiu do meio dos convidados, de mãos dadas com o esposo. Seu cabelo cor-de-rosa estava preso no alto por um rabo-de-cavalo, o terno cinza contrastando com o negro de Kariya.
— Oi, Kirino. Parabéns pelo casamento, foi uma linda cerimônia.
— Obrigado – sorriu – Fico feliz que tenha decidido ficar um pouco na festa, não seria o mesmo sem você.
— Bobagem, um convidado a menos não faria diferença. Além do mais, agora você tem seu marido para lhe acompanhar – doía dizer marido, era como se a palavra o cortasse por dentro.
— Sabe que isso é mentira, você é meu padrinho e melhor amigo, faria muita diferença sem você.
Não respondeu, mas terminou sua dose de wisk, pedindo outra em seguida.
— Vá devagar com a bebida Shindou – os olhos verdes brilharam em malícia – Mas não é nada com que você não esteja acostumado.
— Kariya, seu...
— Pare Ibuki, não vá bater no noivo, não ficaria bem para você – o ex-atacante interviu.
— O que isso quer dizer Kariya? Por que Shindou estaria...- as peças se ajuntaram em sua mente – Você não faria isso, faria Shindou?
— Não é da sua conta.
— É claro que é da minha conta! Você é meu amigo!
— E o que isso importa! – encarou-o com raiva – Vai mudar alguma coisa?
— Olhe como fale com Ranmaru!
— Não se intrometa seu imbecil!
Eu sei
Que era pra ser
Só eu e você
A festa rolava animadamente. Todos os convidados estavam se ocupando em dançar, comer ou conversar. Ninguém percebera o clima pesado que se instalara no canto do bar, onde os noivos e o padrinho discutiam.
— Por que você está assim? – perguntou sussurradamente – Você mudou Shindou, não é o mesmo Shindu de antes, não é mais meu melhor amigo.
— Não sou seu melhor amigo à tempos Kirino – virou a dose de tequila – Não depois de Kariya entrar na sua vida.
— O que...
— Kirino, acredito que Shindou não está em seu melhor juízo – Ibuki interferiu – Por mais que sua volta à bebedeira tenha lhe dado resistência ao álcool, ele já está bebendo à algum tempo.
— Mas eu não estou... – o moreno começou a protestar.
— Vou leva-la para casa, será melhor que passarmos por um escândalo – continuou normalmente.
— Concordo com Ibuki – Kariya cruzou os braços – Não precisamos de bêbados na nossa festa de casamento— frisou as palavras.
— Kariya! – o rosado repreendeu.
— Vamos Shindou, está tarde.
O padrinho se levantou, tonto pela situação e pela bebida. Estava cansado, física e mentalmente, brigar não ajudaria em nada.
— Eu já vou pra casa – Ibuki tinha razão, seus reflexos estavam lentos pra caramba e sua voz enrolada – Mais uma vez: parabéns pelo casamento Kirino, Kariya. Sejam felizes e boa vida.
— Mas Shindou...
— Chega Kirino! – sua voz firmou-se – Vou pra casa e nada nem ninguém vai me impedir. Você tem uma festa para curtir e uma lua-de-mel para ir, não se preocupe comigo.
Kariya agarrou o braço do marido.
— Deixe ele querido, os outros logo irão perceber nossa ausência.
— Já que vai embora, vou te acompanhar até o carro. Não pode me impedir.
Kirino foi irredutível em sua decisão, seguiu Shindou e Ibuki pelo salão e depois pelo estacionamento. Ibuki foi logo entrando no carro, um cigarro nos lábios.
— Você está bem? – os olhos azuis estavam preocupados – Nos últimos dias parecia distante.
— Não é nada – murmurou.
— Takuto...
— Quer a verdade? – suspirou, estressado – A verdade é que voltei a beber por sua causa, para tentar esquecer o fato que meu melhor amigo sempre será meu amigo e nada mais que isso, tentar esquecer que ele ama outro e que se casou com outro. Fora ter que ajudar a preparar toda a cerimônia, testemunhando de perto, a alegria da pessoa que amo em se casar, e posteriormente assisti-lo em dizer sim.
O rosado estava paralisado, os olhos arregalados, a respiração falha.
Jamais imaginaria aquilo, aquele motivo. Nunca sequer suspeitara dos sentimentos do amigo, sempre o imaginou como um irmão. Seus sentimentos eram puramente fraternais.
— Shindou, eu... – sua fala foi interrompida pelos lábios do moreno, lábios ansiosos e furiosos.
No impulso, Shindou fez aquilo que mais sonhara nos últimos anos. Desajeitadamente, seus lábios moviam-se com ânsia sob os do rosado. Alguns segundos, que mais se pareceram anos, depois afastou-se o suficiente para colar as testas.
— Sempre amei você Ranmaru e sempre amarei – colou os lábios mais uma vez e correu, entrou no carro e fechou a porta com força – Vamos – ordenou. Ibuki jogou o cigarro pela janela e pisou fundo no acelerador.
A última visão que Shidou teve de Kirino, fora a dele parado, a expressão assustada.
— O que vai fazer agora?
— Me leve a um hotel qualquer para eu passar a noite, amanhã arrumo minhas coisas e me organizo melhor. Vou embora do país.
— Vai pra onde?
— Não faço ideia.
Passaram algumas quadras em silencio.
— Fez bem em contar à ele, antes tarde do que nunca.
— Por favor Ibuki, não quero falar sobre isso enquanto não entender tudo o que aconteceu.
— Você que manda – acelerou pela avenida.
(~)
Mas eu acordei
Mas eu acordei
E era eu deitado em sua cama
E era eu dizendo que te ama
Shindou acordou sufocado por lençol e cabelo. A respiração ofegante e o coração acelerado o despertaram completamente. Olhou para o lado, observando o dono dos fios de cabelo que o sufocavam.
Kirino dormia tranquilamente, as pálpebras fechadas e o rosto sereno. Os fios cor-de-rosa espalhavam-se pelo travesseiro, chegando até seu lugar. Suspirou, tentando se acalmar. Rodou na cama, pousando os pés no chão gelado.
— Takuto? – a voz sonolenta perguntou, sua agitação acabou acordando o marido – Aconteceu alguma coisa?
— Não é nada, foi apenas um sonho.
A cama rangeu e balançou suavemente, o abajur fora aceso. Ao se virar, Shundou se deparou com um par de olhos azuis preocupados.
— Algum pesadelo?
Riu por um instante, negando com um aceno.
— Sonhei que você havia se casado com Kariya, eu era apaixonado por você e você por ele. Além de ajudar com a cerimônia, fui seu padrinho. Me confessei no estacionamento do salão da festa, te beijei e fugi com Ibuki.
— Com Ibuki? – estremeceu ao ouvir o nome – Ele está morto á anos. Mas o mais engraçado nisso tudo, é o fato de eu me casar com Kariya. Isso é muito sem noção.
— Eu sei – riu mais uma vez – Além de Ibuki estar morto e enterrado, Kariya está muito bem com Kagenhama.
— Todos sabemos – tombou a cabeça.
Os fios compridos caíam desarrumados sob os ombros estreitos, havia uma marca de travesseiro em sua bochecha e olheiras abaixo dos olhos, usava uma calça moletom e uma velha blusa social. Kirino estava lindo.
— Fico feliz que tenha sido apenas um sonho, não sei se realmente aguentaria te ver com outro – ergueu as pernas para cima do colchão.
— Estamos amarrados um a outro para sempre, lembra? – sorriu ao desligar o abajur – É literalmente uma corda no pescoço.
— Uhum – tombou o corpo para trás e puxou o esposo para seu peito, respirando o cheiro de morango que o cabelo cor-de-rosa tinha – Eu morreria se você se afastasse, o nó apertaria e eu sufocaria.
— Comigo também, sabe disso – o sono voltava lentamente.
Ficaram alguns segundos em silêncio.
— É estranho pensar que o sonho poderia ter se tornado realidade – Shindou comentou, brincando com uma mecha do cabelo colorido – Se eu não tivesse tomado coragem naquele dia.
— Kariya realmente gostava de mim, embora não fosse reciproco. Acredito que eu poderia ter me apaixonado por ele, caso você não tivesse me beijado primeiro.
— Que bom que fiz a coisa certa – beijou sua testa - Agora você está aqui, em meus braços e não vai sair tão fácil.
— Bobo, não sairia mesmo que quisesse.
— De qualquer forma, é melhor voltarmos á dormir. Amanhã será um novo dia e tudo isso não passou de um sonho.
— E pensar que terei que enfrentar aquela pilha de relatórios – gemeu.
— E eu tenho várias consultas.
— Mas nada que não demos conta – bocejou.
— Sim – sua respiração fora ficando mais lenta – Boa noite, Ranmaru.
— Boa noite, amor – bocejou novamente.
E voltaram a dormir, amarrados pelo resto de suas vidas um ao outro.
Era você recitando aquele sim
Era o destino reservando teu sorriso só pra mim
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
e é isso. n sei quando irei voltar e muito menos quando atualizarei Onde Mora a Felicidade?, por isso me desculpem o atraso enorme. so postei essa one pra atualizar o perfil. espero que tenham gostato e entendido - ta fazendo sendina na minha cabeça, n sei se vcs lendo vao entender igual -. ate a proxima. Bjss da Káah.