A máscara descartável foi usada para reforçar a mentira da doença, mas não foi capaz de esconder o brilho no olhar de Katsuya quando chegou para trabalhar no dia seguinte.

Mikaru lhe deu carona, deixando-o a algumas esquinas de distância para não levantarem suspeitas e seguiu outro caminho, chegando depois ao estabelecimento, cumprimento alguns funcionários pelo caminho até a sala da gerência.

Hayato conferia a nova remessa de doces que prepararam para o Halloween, alguns com formatos e cores exóticos, em especial um rotundo de cor alaranjada.

— Katsuya, leve alguns pro Mikaru aprovar. Veja se ele precisa de ajuda, não é bom você ficar no salão. – com muito esforço Hayato conseguiu esconder o riso e vinha fazendo isso desde a manhã.

— Sabe, é impressão minha ou o Katsu fica olhando com segundas intenções pro carrasco? – questionou uma colega, recebendo olhares atônitos.

— Não o chame assim. Se preferir, você pode levar. – ofereceu Hayato, tentando contornar a situação, recebendo uma negação vigorosa.

— Não, obrigada. Tenho medo dele.

— Por isso ofereci pro Katsuya. Ele não tem medo e está doente, não pode ficar aqui.

A ordem não foi contestada e o rapaz tratou logo de obedecer, dessa vez trancando a sala ao entrar.