Ponderação. Sopesa. Calmaria. Tudo sumiu de sua mente, ficando apenas um vestígio de caos. Sentiu-se agitado, traído. Ninguém tinha culpa, exceto ele mesmo, por alimentar esperanças. De onde tirou que Mikaru apareceria ali do nada? Ele com certeza iria na empresa primeiro e só depois visitaria o café.

Suspirou frustrado, tentando recobrar a calma, as mãos tremendo de leve, assim como seu coração. Depois, veio um riso nervoso. Por que se sentia tão estranho com tudo a respeito daquele homem?!

— Kurosaki? – sobressaltou-se ao ouvir seu nome, dando de cara com a supervisora ao seu lado, analisando-o – Aconteceu alguma coisa? Você parou de repente…

— Ah… não, eu… nada…

— Não se sente bem? Vai lá pros fundos descansar, eu te cubro aqui.

— Obrigado… – não gostava de enrolar no trabalho, mas precisava se acalmar.

Pouco depois que chegou à sala de descanso, Hayato apareceu na porta, batendo de leve antes de entrar.

— Disseram que estava passando mal. Quer ir embora?

— Não, eu… vi ele. – ergueu o olhar para o patrão, esperando que ele negasse suas suspeitas – Será que estou ficando louco? Eu vi ele entrar no salão!

— Não está louco. Está apaixonado e com saudades. Ele vai voltar.

— Em uma semana! – gemeu contrariado.