— Ele está sendo dramático. – contestou Mikaru, tentando disfarçar o alívio na voz.

— Claro, porque você não se corrói de vontade de falar com ele. – a ironia, por sua vez, era visível no timbre de Shiroyama.

— Estou ocupado trabalhando.

— Devia deixar seu orgulho de lado e fazer as coisas como tem vontade.

Mikaru reclamou durante algum tempo, tentando esclarecer que estava feliz com o modo como levava tudo, mas ele tinha a desvantagem a respeito de Takeo conhecê-lo bem demais.

— Está agindo como um velho, com atitudes arcaicas pra sua idade!

— Oh, obrigado, senhor sabichão! Vou pagar seus conselhos com uma moeda besante.

— Mikaru, por que esse medo em mostrar o que sente? Não é como se todas as suas experiências tivessem sido ruins. Nosso namoro foi legal, você comentou de casos quando estava fora. Não pode levar em consideração aquele cara da empresa, aquilo foi abuso. Katsuya se humilha por um pouco da sua atenção!

— Não sei, Shiro… às vezes tenho medo dele ser bom demais pra mim e perceber isso.

— Mas ele já sabe! Sabe o quanto você pode ser ruim e ainda gosta de você! Está passando da hora de dar uma chance pra ele e se confessar!