O espinho do anzol escrita por Lostanny


Capítulo 22
Rebotalhos.


Notas iniciais do capítulo

Palavra do dia (22/10): Rebotalhos (restos).

Vou responder os comentários quando tiver tempo, ok? :3

Nos vemos!



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Os rebotalhos eram uma constante na vida de Laércio: não era visto como um parente pelos que o adotaram. Contudo, como um dever, porque não podiam ver os conhecidos (os pais que o geraram) cuidando dele nas poucas condições que tinham.

Provavelmente deveriam ter considerado apenas a questão econômica, pois se aquela relação tivesse melhorado com o decorrer do tempo... mas nunca conseguia um olhar além do de obrigação, o que sobrepunha a afeição que poderiam ter por ele, o que terminou por esfriar aquele coração no peito.

Quando conheceu Elias, provavelmente o único amigo que realmente chegou a ter quando vivo, já não conseguia pensar além dos rebotalhos, as mãos, o corpo, a mente estavam contaminados, corroídos por desilusões, e indiferenças.

Mesmo que uma parte dele ainda quisesse entender algo além dos fragmentos que possuía, não conseguia, mesmo com as pinceladas de luz daqueles olhos. Provavelmente não enxergava que estava quebrando Elias também além dele mesmo.

Não entendeu aquele tocar de lábios entre eles... Lhe era como uma brisa vazia, sem qualquer alteramento na temperatura do corpo. E quando procurou entender era tarde. Elias já tinha quebrado irremediavelmente.

Apenas pode sentir o caminho de mar pelo rosto com infelicidade.


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Notas finais do capítulo

Até!