As palavras de Tsunade faziam com que aquele dia infernal os acertassem em cheio. Sasuke e Sakura tinham seus próprios demônios, mas para o moreno tudo era em dobro. Não que ele medisse o que Sakura e todas as vítimas diretas ou indiretas sentiam, mas perceber que se ele não tivesse tentado manter um diálogo com aqueles homens as coisas poderiam ser diferentes.

— Se Sasuke não tivesse me ajudado, Sakura, duvido muito que eu estivesse aqui hoje.

A voz cheia de compaixão de Tsunade atravessou a redoma de sentimentos que Sasuke havia moldado ao seu entorno, acertando-o como se fosse uma lança fumegante.

— Como? – a voz dele saiu mais baixa do que a própria respiração descompassada, fazendo Sakura olhar para si.

— Definitivamente não se lembra de mim, não é? – o sorriso dela fez a lança entrar mais fundo. – Quando o caos se instalou estávamos numa área isolada da cidade, por isso o piloto conseguiu pousar naquele campo de centeio. Se você não tivesse conseguido imobilizar junto com outros passageiros aqueles homens, Sasuke, eles teriam explodido a aeronave.

A nova visão dos fatos e as palavras de Tsunade o fizeram se sentir rotundo, principalmente com o que ela bradou em seguida.