— Hey. Grande dia amanhã, hm? – Draco forçou um sorriso na hora de dar boa noite ao filho.

— É. – Scorpius concordou, parecendo tão desconfortável quanto o pai. Deitado em sua cama debaixo do grosso cobertor de linho, ele parecia menor do que de fato era. Aproximando-se, Draco não pôde evitar sentir uma pontada dolorida no peito.

Ele se aproximou para pousar a mão na cabeça do filho por um instante. Não era muito afeito a beijos ou abraços, de modo que aquele era o jeito que havia encontrado para demonstrar carinho.

— Eu estou apavorado, pai. – Scorpius sussurrou depois de meio minuto de silêncio.

— Eu também. – Draco confidenciou de volta, para a surpresa do menino.

— Mesmo?

— Sim. – ele engoliu a seco. – Mas sua mãe acha que você vai se sair bem e ela é a pessoa mais esperta que nós conhecemos.

Scorpius abriu um sorriso rotundo.

— É verdade.

— Além disso, você se parece muito com ela. – aquela parecia a maior e mais sincera conversa que eles haviam tido até então.

— Não sei. – Scorpius disse, agarrando a mão do pai em um impulso. Na ultima vez que isso aconteceu ele devia ter menos de três anos. Seus dedos estavam gelados.

— Você vai descobrir. Lá. – Draco prometeu.