Porém, eles não pareciam felizes e saudosos como ela estava, o aspecto era arrefecido. Logo, Melissa afastou-se sentindo um calor nas bochechas e a cabeça latejar. Para sua surpresa, sua mãe colocou a mão pela sua testa verificando a temperatura corporal e seu pai a pegou pela mão, levando para dentro do apartamento, então sentaram no sofá.

— O que estão fazendo aqui? - A curiosidade e a ansiedade por respostas a consumia. - Como me acharam? Onde estavam esse tempo todo? O que aconteceu? Por que...

— Filha... - Interrompeu, calma e sisuda, seguindo para onde esperava ser a cozinha pelo cheiro de massa que vinha de lá. - Descansa que eu vou preparar um chá para sua ressaca.

— Mas... - Sentiu tonteira, seu interior agitava numa confusão de sentimentos.

— Querida, nós voltamos e vamos cuidar de você. - Ele a puxou para um abraço e passou a afagar seus cabelos. - É o que importa por enquanto, tudo bem?

Melissa não conseguia controlar as lágrimas e os soluços, seu coração doía de uma intensidade que nem sabia que poderia, apertou o pai mais forte e só soltou quando todos os Grendene estavam juntos na mesma sala depois de tantos anos.