O homem atendeu a puxando para apresentar seu museu pessoal, porém não era esse o motivo da visita.

— Não me importo com sua moeda besante ou seu enorme cavalo-marinho. Vim aqui para te contratar.

— Não atendo criminosos, aceito apenas dinheiro limpo. - Sorriu. - Sinto muito, só que não.

— Meu dinheiro é limpo! - Defendeu, fina. - Batalhei duro para chegar aonde estou, passei fome, frio...

— Nem vem com discurso pronto de rico que já foi pobre. - Continuava sorrindo. - Hoje você passa fome de fast-food e frio na Europa. E foi seu Pedro quem me revelou.

Sentiu um aperto no peito e um embrulho no estômago.

— Estou zoando. Toda a elite fofoca.- Deu risada. - Vou atrás dessa pessoa que você diz que tem te traído. Sabe, já está chato para quem lê, eles estão curiosos também.

— Agradeceria se não tivesse enrolado tanto.

Sentaram para começar.

— Suspeita de família?

— Quem?

— Amigos?

— Oi?

— Namorados?

— Não!

— Alguém que queira pisar em você?

— Muita gente.

— Assim fica difícil, você não sabe nada. - Cruzou os braços.

— Se soubesse não teria pedido sua ajuda.

— Claro, vou investigar. Confie em mim!

Complicado, pensou e partiu sem despedidas com certa irritação da situação.