O ruivo pode somente suspirar. Conversaram mais um tempo, pois aquela aula era a última do currículo naquele dia. Severus explicitou ao garoto que o perdoava dos erros que cometera ao não aceitar a relação de Harry consigo, mas já ciente dos problemas que ele possuía com o tema e alguns outros assuntos deixou aberta as portas para caso Ronald sentisse necessidade de conversar. Mas pelo horário já largo da noite, dispensou-o. No entanto antes que o garoto chegasse as portas, virou-se para ele e ditou:

— Eu agradeço professor pela conversa de hoje, mas não deixarei que machuque meu amigo. Harry é para mim um irmão e vale mais do que minha vida.

E saiu deixando a última palavra no ar. Severus continuou a fitar o rotundo batente da porta antes de girar sobre os pés e continuar o que começara antes da conversa. Após organizar a sala, rumou para seu quarto e antes de atravessar a porta notou a presença de certa cabeleira negra e revolta deitada sobre seu sofá com a face serena e as hastes do óculos levemente amassada pela posição. Pensou nas palavras que ouvira do ruivo, e sorrindo rumou para o lado de seu amado.