Fiquei bem mais íntima da Lily depois disso, passamos a conversar de madrugada e na aula. A minha proximidade repentina com ela me lembrou dum problema: Matheus; senti vontade de sarpar. Ele sempre foi meu melhor amigo, e da Lily também.

Fazia um bom tempo que eu não falava com o Matheus. Ou era o que parecia. Também não tinha muitas notícias dele. Estava bem curiosa sobre o que estava acontecendo na sua vida; podíamos até não ser mais amigos, mas eu ainda me importava muito com ele. A minha vontade de perguntar à Lily sobre ele era imensa, contudo tinha receio de que isso fosse piorar as coisas. Do jeito que ela era, ia acabar dando um jeito dele saber que eu o estava procurando; ele, poderia interpretar isso de uma maneira errada.

Fiquei presa nesses pensamentos até sentir um cutucão nas costas.

“Oi, Lu!” disse Lily, muito animada.

Cumprimentei-a. Então, eu fiquei nervosa, não sabia como iniciar o assunto. Falo? Não falo? Por fim, respirei fundo e perguntei como Matheus estava, se tinha notícias dele.

“Er, Lu, não sei se você sabe, mas... Ele quase parou no hospital outro dia, porque, bem... Ele começou a beber.”